Na Solenidade do Sagrado Coação de Jesus, neste ano celebrada no dia 28 de junho, a Igreja celebra o Dia Mundial de Oração pela Santificação dos Sacerdotes, convocado pelo Santo Padre através da Congregação para o Clero. “Peçamos também sacerdotes santos, formados ‘segundo o Sagrado Coração de Cristo’”, dizia São João Paulo II. A Jornada Mundial de Oração possui o intuito de promover um momento de paz, espiritualidade e recolhimento por parte dos sacerdotes e de convocar todos os fiéis para o dia de oração por todo o clero do mundo, por sua santificação e resistência às provações e tentações. (Dom Rafael Biernaski, in artigo no Jornal da Diocese de Blumenau, edição de junho 2019, pág. 2)
4ª-feira da 12ª Semana Do Tempo Comum – 26 de Junho de 2019 – Cor: Verde
Evangelho – Mt 7,15-20
Pelos seus frutos vós os conhecereis.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 7,15-20:
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
15 Cuidado com os falsos profetas:
Eles vêm até vós vestidos com peles de ovelha,
mas por dentro são lobos ferozes.
16 Vós os conhecereis pelos seus frutos.
Por acaso se colhem uvas de espinheiros
ou figos de urtigas?
17 Assim, toda árvore boa produz frutos bons,
e toda árvore má, produz frutos maus.
18 Uma árvore boa não pode dar frutos maus,
nem uma árvore má pode produzir frutos bons.
19 Toda árvore que não dá bons frutos
é cortada e jogada no fogo.
20 Portanto, pelos seus frutos vós os conhecereis.
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
Papa Francisco
Exortação apostólica «Evangelii Gaudium / A alegria do evangelho» §§ 169-171 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev)
Toda a árvore boa dá bons frutos
Numa civilização paradoxalmente ferida pelo anonimato e, simultaneamente, obcecada com os detalhes da vida alheia, descaradamente doente de curiosidade mórbida, a Igreja tem necessidade de um olhar solidário para contemplar, comover-se e parar diante do outro, tantas vezes quantas forem necessárias. Neste mundo, os ministros ordenados e os outros agentes de pastoral podem tornar presente a fragrância da presença solidária de Jesus e o seu olhar pessoal.
A Igreja deverá iniciar os seus membros – sacerdotes, religiosos e leigos – nesta «arte do acompanhamento», para que todos aprendam a descalçar sempre as sandálias diante da terra sagrada do outro (cf Ex 3,5). Devemos dar ao nosso caminhar o ritmo salutar da proximidade, com um olhar respeitoso e cheio de compaixão, mas que ao mesmo tempo cure, liberte e anime a amadurecer na vida cristã. […]
Hoje mais do que nunca precisamos de homens e mulheres que conheçam, a partir da sua experiência de acompanhamento, o modo de proceder onde reine a prudência, a capacidade de compreensão, a arte de esperar, a docilidade ao Espírito, para no meio de todos defender as ovelhas a nós confiadas dos lobos que tentam desgarrar o rebanho. Precisamos de nos exercitar na arte de escutar, que é mais do que ouvir.
Escutar, na comunicação com o outro, é a capacidade do coração que torna possível a proximidade, sem a qual não existe um verdadeiro encontro espiritual. Escutar ajuda-nos a individuar o gesto e a palavra oportunos que nos desinstalam da cómoda condição de espetadores. Só a partir desta escuta respeitosa e compassiva se podem encontrar os caminhos para um crescimento genuíno, pode despertar o desejo do ideal cristão, o anseio de corresponder plenamente ao amor de Deus e o anelo de desenvolver o melhor de quanto Deus semeou na nossa própria vida.
Neste mês de junho, com o Papa e toda a Igreja, rezemos na seguinte intenção:
Pela evangelização: Pelos sacerdotes, para que, com a sobriedade e humildade da sua vida, se empenhem numa solidariedade ativa para com os mais pobres.