Dia 21 abril de 2018 – Sábado da 3ª semana da Páscoa
Ano do Laicato, instituído pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, tendo se iniciado no Domingo de Cristo Rei, 26 de novembro de 2017, e estendendo-se até o Domingo de Cristo Rei de 2018. Objetivo: “Como Igreja, Povo de Deus, celebrar a presença e a organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil; aprofundar a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão; e testemunhar Jesus Cristo e seu Reino na sociedade”.
Evangelho segundo S. João 6,60-69:
Naquele tempo, muitos discípulos, ao ouvirem Jesus, disseram: «Estas palavras são duras. Quem pode escutá-las?».
Jesus, conhecendo interiormente que os discípulos murmuravam por causa disso, perguntou-lhes: «Isto escandaliza-vos?
E se virdes o Filho do homem subir para onde estava anteriormente?
O espírito é que dá vida, a carne não serve de nada. As palavras que Eu vos disse são espírito e vida.
Mas, entre vós, há alguns que não acreditam». Na verdade, Jesus bem sabia, desde o início, quais eram os que não acreditavam e quem era aquele que O havia de entregar.
E acrescentou: «Por isso é que vos disse: Ninguém pode vir a Mim, se não lhe for concedido por meu Pai».
A partir de então, muitos dos discípulos afastaram-se e já não andavam com Ele.
Jesus disse aos Doze: «Também vós quereis ir embora?».
Respondeu-Lhe Simão Pedro: «Para quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna.
Nós acreditamos e sabemos que Tu és o Santo de Deus».
Comentário do dia
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Homilia 25 sobre S. João, 14-16
«Também vós quereis ir embora?»
«Meu Pai é que vos dá o verdadeiro pão que vem do Céu, pois o pão de Deus é o que desce do Céu e dá a vida ao mundo» (Jo 6,32-33). […] Vós desejais este pão do céu, ele está à vossa frente e não o comeis. «Eu já vos disse: Vós vedes-Me e não Me acreditais» (Jo 6,36). «Que importa se alguns deles não creram? Acaso a sua incredulidade destruirá a fidelidade de Deus?» (Rm 3,3) Vede então: «Tudo o que o Pai Me dá virá a Mim e não repelirei aquele que vem a Mim» (Jo 6,37). Que interioridade é esta de onde não se sai? Um grande recolhimento, um doce segredo. Um segredo que não cansa, liberto da amargura dos maus pensamentos, isento do tormento das tentações e das dores. Não será num segredo destes que entrará aquele servo fiel que ouve dizer: « Entra no gozo do teu senhor» (Mt 25,21)?
«Não repelirei aquele que vem a Mim, porque desci do Céu não para fazer a minha vontade mas a daquele que Me enviou» (Jo 6,38). Mistério profundo! […] Sim, para curar a causa de todos os males, isto é, a soberba, o Filho de Deus desceu e fez-Se humilde. Porque és arrogante, ó homem? Deus fez-Se humilde por tua causa. Talvez te envergonhes por imitar a humildade de um homem; imita então a humildade de Deus. […] Deus fez-Se homem; tu, ó homem, reconhece que és homem: toda a tua humildade consiste em conheceres-te. E é porque Deus ensina a humildade que disse: «Desci do Céu para fazer a vontade daquele que Me enviou. […] Desci do Céu humilde, para ensinar a humildade como mestre de humildade. Aquele que vem a Mim tornar-se-á membro do meu Corpo; aquele que vem a Mim se tornará humilde. […] Não fará a sua vontade, mas a de Deus; por isso não será repelido como quando era arrogante» (cf Gn 3,24).
Neste mês de abril, com o Papa e toda a Igreja, rezemos na seguinte intenção
Universal: Responsáveis da economia
Para que os responsáveis pelo planejamento e pela gestão da economia tenham a coragem de rejeitar uma economia da exclusão e saibam abrir novos caminhos.