Dia 04 de agosto de 2016 – Quinta-feira da 18ª semana do Tempo Comum
Ano Santo Extraordinário da Misericórdia – Sede misericordiosos como vosso Pai é misericordioso (Lc 6,36)!
Evangelho segundo S. Mateus 16,13-23:
Naquele tempo, Jesus foi para os lados de Cesareia de Filipe e perguntou aos seus discípulos: «Quem dizem os homens que é o Filho do homem?».
Eles responderam: «Uns dizem que é João Batista, outros que é Elias, outros que é Jeremias ou algum dos profetas».
Jesus perguntou: «E vós, quem dizeis que Eu sou?».
Então, Simão Pedro tomou a palavra e disse: «Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo».
Jesus respondeu-lhe: «Feliz de ti, Simão, filho de Jonas, porque não foram a carne e o sangue que te revelaram, mas sim meu Pai que está nos Céus.
Também Eu te digo: Tu és Pedro; sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.
Dar-te-ei as chaves do reino dos Céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos Céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos Céus».
Então, Jesus ordenou aos discípulos que não dissessem a ninguém que Ele era o Messias.
E começou a explicar aos seus discípulos que tinha de ir a Jerusalém e sofrer muito da parte dos anciãos, dos príncipes dos sacerdotes e dos escribas; que tinha de ser morto e ressuscitar ao terceiro dia.
Pedro, tomando-O à parte, começou a contestá-lO, dizendo: «Deus Te livre de tal, Senhor! Isso não há de acontecer!»
Jesus voltou-Se para Pedro e disse-lhe: «Vai-te daqui, Satanás. Tu és para mim uma ocasião de escândalo, pois não tens em vista as coisas de Deus, mas dos homens».
Comentário do dia
São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Homilia sobre S. Pedro e Sto. Elias
«Sobre esta pedra edificarei a minha Igreja»
Pedro ia receber as chaves da Igreja, mais ainda, as chaves dos céus; ia ser-lhe confiada a governação de um povo numeroso. […] Se, com a tendência que tinha para a severidade, Pedro tivesse permanecido sem pecado, como poderia ser misericordioso com os seus discípulos? Ora, por uma disposição da graça divina, caiu no pecado, por forma a que, tendo tido a experiência da sua própria miséria, pudesse ser bom para com os outros.
Repara bem: quem cedeu ao pecado foi Pedro, o chefe dos apóstolos, o fundamento sólido, a rocha indestrutível, o guia da Igreja, o porto invencível, a torre inabalável, ele que tinha dito a Cristo: «Mesmo que tenha de morrer contigo, não Te negarei» (Mt 26,35); ele que, por uma revelação divina, tinha confessado a verdade: «Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo».
Ora, narra o Evangelho que, na própria noite em que Jesus foi entregue, […] uma jovem disse a Pedro: «Tu também estavas com aquele homem»; ao que Pedro respondeu: «Não conheço esse homem» (Mt 26,69-72). […] Ele, a coluna, a muralha, cedeu perante as suspeitas de uma mulher. […] Jesus fixou nele o olhar […], Pedro compreendeu, arrependeu-se do seu pecado e desatou a chorar. E o Senhor misericordioso concedeu-lhe o seu perdão. […]
Ele foi submetido ao pecado para que a consciência da sua culpa e do perdão recebido do Senhor o levasse a perdoar aos outros por amor. Realizava assim uma disposição providencial, conforme à maneira divina de agir. Foi necessário que Pedro, a quem a Igreja seria confiada, a coluna das Igrejas, a porta da fé, o médico do mundo, se mostrasse fraco e pecador. Assim foi, na verdade, para que ele descobrisse na sua fraqueza uma razão para exercer a bondade para com os outros homens.
Neste mês de agosto, o Papa nos convida a rezarmos com ele nas seguintes intenções:
Universal: Fraternidade no desporto
Para que o desporto seja uma oportunidade de encontro fraterno entre os povos e contribua para a causa da paz no mundo.
Pela Evangelização: Viver o Evangelho
Para que os cristãos vivam o seguimento do Evangelho dando testemunho de fé, de honestidade e de amor pelo próximo.