Leituras Bíblicas
“Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna” (Jo 6,68)!
Dia 02 de fevereiro de 2010
Terça feira – Festa da Apresentação do Senhor
Dia Mundial da Vida Consagrada – Leia homilia do Papa Bento XVI (02.02.2006) sobre o significado desta data clicando: http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/homilies/2006/documents/hf_ben-xvi_hom_20060202_presentation-lord_po.html
A Igreja celebra hoje: Maria Domenica Mantovani (Madre Maria Josefina da Imaculada) Bem aventurada (1862-1934) – Leia sua vida clicando: http://www.paulinas.org.br/diafeliz/santo.aspx?Dia=2&Mes=2
Livro de Malaquias (3,1-4)
«Eis que Eu vou enviar o meu mensageiro, a fim de que ele prepare o caminho à minha frente. E imediatamente entrará no seu santuário o Senhor, que vós procurais, e o mensageiro da aliança, que vós desejais. Ei-lo que chega! –, diz o Senhor do universo.
Quem suportará o dia da sua chegada? Quem poderá resistir, quando ele aparecer? Porque ele é como o fogo do fundidor e como a lixívia das lavadeiras.
Ele sentar-se-á como fundidor e purificador. Purificará os filhos de Levi e os refinará, como se refinam o ouro e a prata. E assim eles serão para o Senhor os que apresentam a oferta legítima.
Então, a oferta de Judá e de Jerusalém será agradável ao Senhor como nos dias antigos, como nos anos de outrora.
Livro de Salmos (24,7.8.9.10)
Ó portas, levantai os vossos umbrais! Alteai-vos, pórticos eternos, que vai entrar o rei glorioso.
Quem é esse rei glorioso? É o SENHOR, poderoso herói, o SENHOR, herói na batalha.
Ó portas, levantai os vossos umbrais! Alteai-vos, pórticos eternos, que vai entrar o rei glorioso.
Quem é Ele, esse rei glorioso? É o Senhor do universo! É Ele o rei glorioso.
Evangelho segundo S. Lucas (2,22-40):
Quando se cumpriu o tempo da sua purificação, segundo a Lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém para o apresentarem ao Senhor, conforme está escrito na Lei do Senhor: «Todo o primogénito varão será consagrado ao Senhor» e para oferecerem em sacrifício, como se diz na Lei do Senhor, duas rolas ou duas pombas.
Ora, vivia em Jerusalém um homem chamado Simeão; era justo e piedoso e esperava a consolação de Israel. O Espírito Santo estava nele.
Tinha-lhe sido revelado pelo Espírito Santo que não morreria antes de ter visto o Messias do Senhor.
Impelido pelo Espírito, veio ao templo, quando os pais trouxeram o menino Jesus, a fim de cumprirem o que ordenava a Lei a seu respeito.
Simeão tomou-o nos braços e bendisse a Deus, dizendo:
«Agora, Senhor, segundo a tua palavra, deixarás ir em paz o teu servo,
porque meus olhos viram a Salvação
que ofereceste a todos os povos,
Luz para se revelar às nações e glória de Israel, teu povo.»
Seu pai e sua mãe estavam admirados com o que se dizia dele.
Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua mãe: «Este menino está aqui para queda e ressurgimento de muitos em Israel e para ser sinal de contradição; uma espada trespassará a tua alma. Assim hão de revelar-se os pensamentos de muitos corações.»
Havia também uma profetisa, Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser, a qual era de idade muito avançada. Depois de ter vivido casada sete anos, após o seu tempo de donzela, ficou viúva até aos oitenta e quatro anos. Não se afastava do templo, participando no culto noite e dia, com jejuns e orações.
Aparecendo nessa mesma ocasião, pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém.
Depois de terem cumprido tudo o que a Lei do Senhor determinava, regressaram à Galileia, à sua cidade de Nazaré.
Entretanto, o menino crescia e robustecia-se, enchendo-se de sabedoria, e a graça de Deus estava com Ele.
Comentário ao Evangelho do dia feito por
Bem-aventurado Guerric d’Igny (c. 1080-1157), prior cisterciense
1º Sermão para a Purificação (a partir da trad. cf SC 166, pp. 309ss.)
«Simeão tomou-o nos braços e bendisse a Deus»
«Tende na mão as vossas lâmpadas acesas» (Lc 12,35). Mostremos assim, através deste sinal visível, a alegria que partilhamos com Simeão, que tem nas mãos a luz do mundo. […] Sejamos ardentes pela nossa devoção e luminosos pelas nossas obras, e, com Simeão, levaremos Cristo em nossas mãos. […] Hoje a Igreja tem o hábito tão belo de nos fazer levar velas. […] Por conseguinte, quem é que hoje, tendo a sua vela acesa na mão, não se lembra do bem- aventurado ancião? Nesse dia, ele tomou Jesus nos braços, o Verbo presente na carne, semelhante à luz na cera, testemunhando que Ele era «a Luz para se revelar às nações». É verdade que o próprio Simeão era «uma luz ardente e brilhante», que prestava homenagem à luz (Jo 5,35; 1,7). Foi por isso que ele veio ao Templo, conduzido pelo Espírito, do qual estava repleto, «para receber, ó Deus, a tua misericórdia no meio do teu Templo» (Sl 47,10) e para proclamar que ela era a misericórdia e a luz do teu povo.
Ó ancião cintilando de paz, não tinhas apenas a luz em tuas mãos, foste penetrado por ela. Tu estavas tão iluminado por Cristo, que vias antecipadamente como Ele iluminaria as nações […], como resplandeceria hoje o brilho da nossa fé. Regozija-te agora, santo ancião; vê hoje o que tinhas entrevisto antecipadamente: as trevas do mundo dissiparam-se; «as nações caminham à sua luz»; «toda a terra está repleta da sua glória» (Is 60,3; 6,3).