«Ser rico aos olhos de Deus» – São Basílio (c. 330-379), monge e Bispo, Doutor da Igreja

Leituras Bíblicas

“Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna” (Jo 6,68)

Dia 01 de agosto de 2010

18º Domingo do Tempo Comum – Ano C

A Igreja celebra hoje: Santo Afonso Maria de Ligório (1696-1787) – Leia sua vida clicando: http://www.paulinas.org.br/diafeliz/santo.aspx?Dia=1&Mes=8

Livro de Eclesiastes 1,2.2,21-23:

Ilusão das ilusões – disse Qohélet – ilusão das ilusões: tudo é ilusão.
Porque há quem se esforce com sabedoria, conhecimento e bom êxito, para deixar o fruto do seu labor a outro que não se esforçou. Também isto é ilusão e grande mal.
Pois que resta ao homem de todo o seu esforço, de toda a azáfama com que se afadigou debaixo do Sol?
Todos os seus dias são apenas dor e todo o seu trabalho, apenas tormento; mesmo durante a noite o seu coração não se aquieta. E também isto é ilusão.

Livro de Salmos 90(89),3-4.5-6.12-13.14.17:

Tu podes reduzir o homem ao pó, dizendo apenas: "Voltai ao pó, seres humanos!"
Mil anos, diante de ti, são como o dia de ontem, que passou, ou como uma vigília da noite.
Tu os arrebatas como um sonho, ou como a erva que de manhã verdeja,
como a erva que de manhã brota vicejante, mas à tarde está murcha e seca.
Ensina-nos a contar assim os nossos dias, para podermos chegar ao coração da sabedoria.
Volta, Senhor! Até quando…? Tem compaixão dos teus servos.
Sacia-nos pela manhã com os teus favores, para podermos cantar e exultar todos os dias.
Venham sobre nós as graças do Senhor, nosso Deus! Confirma em nosso favor a obra das nossas mãos; faz prosperar a obra das nossas mãos.

Carta aos Colossenses 3,1-5.9-11:

Portanto, já que fostes ressuscitados com Cristo, procurai as coisas do alto, onde está Cristo, sentado à direita de Deus.
Aspirai às coisas do alto e não às coisas da terra.
Vós morrestes e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus.
Quando Cristo, a vossa vida, se manifestar, então também vós vos manifestareis com Ele em glória.
Crucificai os vossos membros no que toca à prática de coisas da terra: fornicação, impureza, paixão, mau desejo e a ganância, que é uma idolatria.
Não mintais uns aos outros, já que vos despistes do homem velho, com as suas ações,
e vos revestistes do homem novo, aquele que, para chegar ao conhecimento, não cessa de ser renovado à imagem do seu Criador.
Aí não há grego nem judeu, circunciso e incircunciso, bárbaro, cita, escravo, livre, mas Cristo, que é tudo e está em todos.

Evangelho segundo S. Lucas 12,13-21:

Dentre a multidão, alguém lhe disse: «Mestre, diz a meu irmão que reparta a herança comigo.»
Ele respondeu-lhe: «Homem, quem me nomeou juiz ou encarregado das vossas partilhas?»
E prosseguiu: «Olhai, guardai-vos de toda a ganância, porque, mesmo que um homem viva na abundância, a sua vida não depende dos seus bens.»
Disse-lhes, então, esta parábola: «Havia um homem rico, a quem as terras deram uma grande colheita.
E pôs-se a discorrer, dizendo consigo: ‘Que hei de fazer, uma vez que não tenho onde guardar a minha colheita?’
Depois continuou: ‘Já sei o que vou fazer: deito abaixo os meus celeiros, construo uns maiores e guardarei lá o meu trigo e todos os meus bens.
Depois, direi a mim mesmo: Tens muitos bens em depósito para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te.’
Deus, porém, disse-lhe: ‘Insensato! Nesta mesma noite, vai ser reclamada a tua vida; e o que acumulaste para quem será?’
Assim acontecerá ao que amontoa para si, e não é rico em relação a Deus.»

Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Basílio (c. 330-379), monge e Bispo de Cesareia da Capadócia, Doutor da Igreja
Homilia 6, sobre as riquezas; PG 31, 261ss. (a partir da trad. Luc commenté, DDB 1987, p. 109 rev.)

«Ser rico aos olhos de Deus»

«O que hei-de fazer? Onde encontrarei que comer? Que vestir?» Eis o que diz este rico. O seu coração sofre, a inquietação devora-o, porque aquilo que regozija os outros acabrunha o avarento. O fato de todos os seus celeiros estarem cheios não é para ele motivo de felicidade. O que atormenta dolorosamente a sua alma é esse excesso de riquezas, transbordando dos seus celeiros. […]

Considera, homem, quem te cumulou com a sua generosidade. Reflete um pouco sobre ti mesmo: Quem és tu? O que é que te foi confiado? De quem recebeste este cargo? Porque foste tu escolhido, de preferência a muitos outros? O Deus de bondade fez de ti Seu administrador; tu és responsável pelos teus companheiros de trabalho: não penses que tudo foi preparado apenas para ti! Dispõe dos bens que possuis como se eles pertencessem aos outros. O prazer que eles te proporcionam dura pouco, em breve eles te vão escapar e desaparecer, mas ser-te-ão pedidas contas rigorosas. Ora, tu guardas tudo, tens portas e fechaduras aferrolhadas; e embora tenhas tudo muito bem fechado, a ansiedade impede-te de dormir. […] 

«O que hei de fazer?» Havia uma resposta pronta: «Encherei as almas dos famintos; abrirei os meus celeiros e convidarei todos os que têm necessidade. […] Farei ouvir uma palavra generosa: Vós todos que tendes fome, vinde a mim, tomai a vossa parte dos dons concedidos por Deus, cada qual segundo as suas necessidades.»

 

 

 

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