Dia 03 de maio de 2016 – SS. Filipe e Tiago, apóstolos – festa
Ano Santo Extraordinário da Misericórdia – Sede misericordiosos como vosso Pai é misericordioso (Lc 6,36)!
Evangelho segundo S. João 14,6-14:
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém pode ir até ao Pai senão por mim.
Se ficastes a conhecer-me, conhecereis também o meu Pai. E já o conheceis, pois o estais a vendo.»
Disse-Lhe Filipe: «Senhor, mostra-nos o Pai e isto nos basta».
Respondeu-lhe Jesus: «Há tanto tempo estou convosco e não Me conheces, Filipe? Quem Me vê, vê o Pai. Como podes tu dizer: ‘Mostra-nos o Pai’?
Não acreditas que Eu estou no Pai e o Pai está em Mim? As palavras que vos digo, não as digo por Mim próprio, mas é o Pai, permanecendo em Mim, que faz as obras.
Acreditai-Me: Eu estou no Pai e o Pai está em Mim. Acreditai ao menos pelas minhas obras.
Em verdade, em verdade vos digo: Quem acredita em Mim fará também as obras que Eu faço e fará obras ainda maiores, porque Eu vou para o Pai.
E tudo quanto pedirdes em meu nome, Eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.
Se pedirdes alguma coisa em meu nome, Eu a farei».
Comentário do dia
Santo Hilário (c. 315-367), bispo de Poitiers, doutor da Igreja
Sobre a Trindade, 7, 34-36
«Senhor, mostra-nos o Pai e isso nos basta»
Jesus disse: «Se ficastes a conhecer-Me, conhecereis também o meu Pai. E já O conheceis, pois O estais vendo.» Quem se vê é Jesus Cristo homem. Os apóstolos têm diante dos olhos o seu aspecto exterior, isto é, a sua natureza de homem, ao passo que Deus, liberto de toda a carne, não é reconhecível num miserável corpo carnal. Como é então que conhecer a Cristo é conhecer também o Pai?
Estas palavras inesperadas perturbam o apóstolo Filipe, pois a fraqueza do seu espírito humano não lhe permite compreender uma afirmação tão estranha. […] Então, com a impetuosidade que resultava da sua familiaridade e da sua fidelidade de apóstolo, ele diz ao Mestre: «Senhor, mostra-nos o Pai e isto nos basta.» Não é que deseje contemplar o Pai com os olhos físicos; mas pede para compreender aquilo que vê com esses olhos. Porque, vendo o Filho na sua forma humana, não compreende como foi que, desse modo, viu o Pai. […]
O Senhor responde-lhe então: «Há tanto tempo estou convosco e não Me conheces, Filipe?», repreendendo-o por ignorar quem Ele era. […] Porque é que não O tinham reconhecido, a Ele que há tanto tempo procuravam? É que, para O reconhecerem, tinham de reconhecer que a divindade, a natureza do Pai, estava nele. Na verdade, todas as obras que Ele tinha feito eram próprias de Deus: caminhar sobre as águas, dar ordens ao vento, realizar coisas impossíveis de compreender, como transformar a água em vinho e multiplicar os pães […], afugentar os demônios, curar doenças, dar remédio às enfermidades do corpo, corrigir malformações congênitas, perdoar os pecados, devolver a vida aos mortos. Tudo isso fora feito pelo seu corpo de carne, e tudo isso Lhe permite proclamar-Se Filho de Deus. Daí a sua reprimenda e a sua queixa: por causa da realidade misteriosa do seu nascimento humano, eles não se tinham apercebido da natureza divina que realizava estes milagres na natureza humana que o Filho tinha assumido.
Neste mês de maio, com o Papa e toda a Igreja, rezemos nas seguintes intenções:
Universal: Respeito pelas mulheres
Para que, em todos os países do mundo, as mulheres sejam honradas e respeitadas, e seja valorizado o seu imprescindível contributo social.
Pela Evangelização: O Rosário
Para que se difunda nas famílias, comunidades e grupos a prática de rezar o santo Rosário pela evangelização e pela paz.