4ª-feira da 32ª Semana Do Tempo Comum
13 de Novembro de 2019
Ofício do dia de semana e Missa à escolha.
Cor: Verde
Evangelho – Lc 17,11-19
Não houve quem voltasse para dar glória
a Deus, a não ser este estrangeiro.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 17,11-19:
11 Aconteceu que, caminhando para Jerusalém,
Jesus passava entre a Samaria e a Galiléia.
12 Quando estava para entrar num povoado,
dez leprosos vieram ao seu encontro.
Pararam à distância,
13 e gritaram: ‘Jesus, Mestre, tem compaixão de nós!’
14 Ao vê-los, Jesus disse:
‘Ide apresentar-vos aos sacerdotes.’
Enquanto caminhavam, aconteceu que ficaram curados.
15 Um deles, ao perceber que estava curado,
voltou glorificando a Deus em alta voz;
16 atirou-se aos pés de Jesus, com o rosto por terra,
e lhe agradeceu.
E este era um samaritano.
17 Então Jesus lhe perguntou:
‘Não foram dez os curados?
E os outro nove, onde estão?
18 Não houve quem voltasse para dar glória a Deus,
a não ser este estrangeiro?’
19 E disse-lhe: ‘Levanta-te e vai! Tua fé te salvou.’
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
São Bernardo (1091-1153)
monge cisterciense, doutor da Igreja
Sermões diversos, n.° 27
«Senão este estrangeiro?»
Feliz aquele leproso samaritano, que reconhecia que «não tinha nada que não tivesse recebido» (1Cor 4,7). Ele «salvaguardou o que lhe tinha sido confiado» (2Tm 1,12) e voltou para o Senhor, dando-Lhe graças. Feliz daquele que, a cada graça recebida, regressa Àquele onde se encontra a plenitude de todas as graças, porque se nos mostrarmos reconhecidos por tudo o que recebemos, preparamos em nós lugar para a graça […] em maior abundância. Com efeito, só a nossa ingratidão entrava o nosso progresso após uma conversão. […]
Feliz pois daquele que se olha como um estrangeiro e que dá grandes ações de graças pelas mais pequenas dádivas, segundo o pensamento de que tudo o que se dá a um estrangeiro e a um desconhecido é uma dádiva puramente gratuita. Pelo contrário, sentimo-nos infelizes e miseráveis quando, depois de nos termos mostrado inicialmente timoratos, humildes e devotos, esquecemos que o que recebemos era gratuito. […]
Peço-vos , pois, meus irmãos, ponhamo-nos sob a mão poderosa de Deus (1Pd 5,6) com cada vez maior humildade. […] Ponhamo-nos com grande devoção em ação de graças e Ele conceder-nos-á a única graça que pode salvar a nossa alma. Demonstremos o nosso reconhecimento, não apenas por palavras e de forma leviana, mas através das obras e na verdade.
Com o Papa e toda a Igreja, neste mês de novembro rezemos na seguinte intenção:
Universal: Para que no Próximo Oriente, no qual diversas tradições religiosas partilham o mesmo espaço de vida, nasça um espírito de diálogo, de encontro e de reconciliação.