Dia 30 de janeiro de 2018 – Terça-feira da 4ª semana do Tempo Comum
Ano do Laicato, instituído pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, tendo se iniciado no Domingo de Cristo Rei, 26 de novembro de 2017, e estendendo-se até o Domingo de Cristo Rei de 2018. Objetivo: “Como Igreja, Povo de Deus, celebrar a presença e a organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil; aprofundar a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão; e testemunhar Jesus Cristo e seu Reino na sociedade”.
Evangelho segundo S. Marcos 5,21-43:
Naquele tempo, depois de Jesus ter atravessado de barco para a outra margem do lago, reuniu-se uma grande multidão à sua volta, e Ele deteve-se à beira-mar.
Chegou então um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo. Ao ver Jesus, caiu a seus pés
e suplicou-Lhe com insistência: «A minha filha está morrendo. Vem impor-lhe as mãos, para que se salve e viva».
Jesus foi com ele, seguido por grande multidão, que O apertava de todos os lados.
Ora, certa mulher que tinha um fluxo de sangue havia doze anos,
que sofrera muito nas mãos de vários médicos e gastara todos os seus bens, sem ter obtido qualquer resultado, antes piorava cada vez mais,
tendo ouvido falar de Jesus, veio por entre a multidão e tocou-Lhe por detrás no manto,
dizendo consigo: «Se eu, ao menos, tocar nas suas vestes, ficarei curada».
No mesmo instante estancou o fluxo de sangue e sentiu no seu corpo que estava curada da doença.
Jesus notou logo que saíra uma força de Si mesmo. Voltou-Se para a multidão e perguntou: «Quem tocou nas minhas vestes?».
Os discípulos responderam-Lhe: «Vês a multidão que Te aperta e perguntas: ‘Quem Me tocou?’».
Mas Jesus olhou em volta, para ver quem O tinha tocado.
A mulher, assustada e a tremer, por saber o que lhe tinha acontecido, veio prostrar-se diante de Jesus e disse-Lhe a verdade.
Jesus respondeu-lhe: «Minha filha, a tua fé te salvou».
Ainda Ele falava, quando vieram dizer da casa do chefe da sinagoga: «A tua filha morreu. Porque estás ainda a importunar o Mestre?».
Mas Jesus, ouvindo estas palavras, disse ao chefe da sinagoga: «Não temas; basta que tenhas fé».
E não deixou que ninguém O acompanhasse, a não ser Pedro, Tiago e João, irmão de Tiago.
Quando chegaram a casa do chefe da sinagoga, Jesus encontrou grande alvoroço, com gente que chorava e gritava.
Ao entrar, perguntou-lhes: «Porquê todo este alarido e tantas lamentações? A menina não morreu; está dormindo».
Riram-se dEle. Jesus, depois de os ter mandado sair a todos, levando consigo apenas o pai da menina e os que vinham com Ele, entrou no local onde jazia a menina,
pegou-lhe na mão e disse: «Talitha Kum», que significa: «Menina, Eu te ordeno: levanta-te».
Ela ergueu-se imediatamente e começou a andar, pois já tinha doze anos. Ficaram todos muito maravilhados.
Jesus recomendou-lhes insistentemente que ninguém soubesse do caso e mandou dar de comer à menina.
Comentário do dia
Orígenes (c. 185-253), presbítero, teólogo
Homilias sobre o Levítico, n.º 4
«Se eu, ao menos, tocar nas suas vestes, ficarei curada.»
A propósito do oferecimento dos primeiros frutos da terra, a Lei dizia: «Tudo o que nele tocar tornar-se-á santo» (Lv 6, 11). Cristo imolado é o sacrifício único e perfeito, simbolizado e prefigurado por todos os sacrifícios da Antiga Lei. Aquele que toca a carne deste sacrifício fica imediatamente santificado; se estiver impuro, fica purificado; se estiver ferido, o ferimento é curado. Foi o que compreendeu a mulher que sofria de um fluxo de sangue. […] Porque compreendeu que estava verdadeiramente em presença da carne do Santo dos Santos, aproximou-se. Não se atreveu a tocar na própria carne, porque ainda não tinha compreendido o que é a perfeição; mas tocou nas franjas das vestes que tocavam naquela carne santíssima. E, porque lhes tocou com fé, saiu uma força da humanidade de Cristo, que a purificou da sua impureza e a curou da sua maldade. […]
Parece-me, pois, que este texto da Lei deve ser entendido da seguinte maneira: se alguém tocar na carne de Jesus com as disposições que referimos, se, cheio de fé e de obediência, se aproximar de Jesus como do Verbo encarnado, esse toca a verdadeira carne do sacrifício e é santificado.
Com o Papa e toda a Igreja, neste mês de janeiro, rezemos na seguinte intenção:
Pela evangelização: Minorias religiosas na Ásia
Para que, nos países asiáticos, os cristãos, bem como as outras minorias religiosas, possam viver a sua fé com toda a liberdade.