«Se Deus nos reconciliou consigo pela morte de seu Filho quando ainda éramos pecadores, muito mais […] seremos salvos pela vida de Cristo ressuscitado» (Rm 5,10) – Papa Francisco Encíclica «Lumen fidei / A luz da fé», §§ 16-17

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Dia 23 de janeiro de 2019 – Quarta-feira da 2ª semana do Tempo Comum – Cor Litúrgica: Verde

 

Primeira Leitura (Hb 7,1-3.15-17)
Leitura da Carta aos Hebreus:
Irmãos,
1 Melquisedec, rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, saiu ao encontro de Abraão, quando esse regressava do combate contra os reis, e o abençoou.
2 Foi a ele que Abraão entregou o dízimo de tudo. E o seu nome significa, em primeiro lugar, “Rei de Justiça”; e, depois: “Rei de Salém”, o que quer dizer, “Rei da Paz”.
3 Sem pai, sem mãe, sem genealogia, sem início de dias, nem fim de vida! É assim que ele se assemelha ao Filho de Deus e permanece sacerdote para sempre.
15 Isto se torna ainda mais evidente quando surge um outro sacerdote, semelhante a Melquisedec,
16 não em virtude de uma prescrição de ordem carnal, mas segundo a força de uma vida imperecível.
17 Pois diz o testemunho: “Tu és sacerdote para sempre na ordem de Melquisedec”.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial (Sl 109)
Refrão: Tu és sacerdote eternamente segundo a ordem do rei Melquisedec!
— Palavra do Senhor ao meu Senhor: “Assenta-te ao lado meu direito até que eu ponha os inimigos teus como escabelo por debaixo de teus pés!” R.
— O Senhor estenderá desde Sião vosso cetro de poder, pois Ele diz: “Domina com vigor teus inimigos; R.
— tu és príncipe desde o dia em que nasceste; na glória e esplendor da santidade, como o orvalho, antes da aurora, eu te gerei!” Jurou o Senhor e manterá sua palavra: “Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem do rei Melquisedec!”R.

 

Evangelho (Mc 3,1-6)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo,
1 Jesus entrou de novo na sinagoga. Havia ali um homem com a mão seca.
2 Alguns o observavam para ver se haveria de curar em dia de sábado, para poderem acusá-lo.
3 Jesus disse ao homem da mão seca: “Levanta-te e fica aqui no meio!”
4 E perguntou-lhes: “E permitido no sábado fazer o bem ou fazer o mal? Salvar uma vida ou deixá-la morrer?” Mas eles nada disseram.
5 Jesus, então, olhou ao seu redor, cheio de ira e tristeza, porque eram duros de coração; e disse ao homem: “Estende a mão”. Ele a estendeu e a mão ficou curada.
6 Ao saírem, os fariseus com os partidários de Herodes, imediatamente tramaram, contra Jesus, a maneira como haveriam de matá-lo.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

 

Comentário do dia

Papa Francisco
Encíclica «Lumen fidei / A luz da fé», §§ 16-17 (trad. © Libreria Editrice Vaticana, rev);

«Se Deus nos reconciliou consigo pela morte de seu Filho quando ainda éramos pecadores, muito mais […] seremos salvos pela vida de Cristo ressuscitado» (Rm 5,10)

 

A maior prova da fiabilidade do amor de Cristo encontra-se na sua morte pelo homem. Se dar a vida pelos amigos é a maior prova de amor (cf Jo 15,13), Jesus ofereceu a sua vida por todos, mesmo por aqueles que eram inimigos, para lhes transformar o coração.

É por isso que os evangelistas situam na hora da Cruz o momento culminante do olhar de fé: naquela hora resplandece o amor divino em toda a sua sublimidade e amplitude. São João colocará aqui o seu testemunho solene, quando, juntamente com a Mãe de Jesus, contemplou Aquele que trespassaram (cf Jo 19,37): «Aquele que viu estas coisas é que dá testemunho delas e o seu testemunho é verdadeiro. E ele bem sabe que diz a verdade, para vós crerdes também» (Jo 19,35). […]

É precisamente na contemplação da morte de Jesus que a fé se reforça e recebe uma luz fulgurante; é aqui que ela se revela como fé no seu amor inabalável por nós, amor que é capaz de penetrar na morte para nos salvar. É possível crer neste amor que não se subtraiu à morte para manifestar quanto me ama; a sua totalidade vence toda e qualquer suspeita e permite-nos confiar-nos plenamente a Cristo. Ora, a morte de Cristo desvenda a total fiabilidade do amor de Deus à luz da sua ressurreição. Enquanto ressuscitado, Cristo é testemunha fiável, digna de fé (cf Ap 1,5; Hb 2,17), apoio firme para a nossa fé.

Com o Papa e toda a Igreja, neste mês de janeiro rezemos na seguinte intenção:
Os jovens na escola de Maria
Pelos jovens, especialmente os da América Latina, para que, seguindo o exemplo de Maria, respondam ao chamado do Senhor para comunicar ao mundo a alegria do Evangelho.

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