São João I, viveu uma vida de oração, oferecendo e sempre buscando ser dócil à vontade de Deus
O santo de hoje governou a Igreja por apenas dois anos e meio. Foi eleito Papa em 523. Nasceu na Toscana, Florência, no século V. De Florência foi para Roma e tornou-se um sacerdote, um presbítero cardeal. Com a morte do Papa, ele foi eleito o sucessor de Pedro.
Marcou a Igreja com muitos trabalhos pastorais, foi o precursor do canto gregoriano e da restauração de muitas igrejas, mas o objetivo dele como Papa, foi de confirmar a fé dos irmãos; sem dúvida nenhuma, era o serviço da salvação das almas.
Papa João I viveu num tempo e contexto político-religioso complexo. Quem reinava na Itália era Teodorico, um cristão ariano, ou seja, não era fiel à doutrina católica, mas se dizia cristão. Por outro lado, existia um conflito entre Teodorico e Justino; e os dois imperadores se chocavam. No meio deste contexto complexo, a vítima foi o Papa João I, que foi forçado por Teodorico a uma missão. Nunca um Papa tinha saído da Itália; ele foi o primeiro.
A missão não agradou, porque Teodorico queria que o Papa fosse o porta-voz de uma mensagem ariana, por interesses econômicos e políticos. Mas o que podemos perceber é que este homem santo, autoridade máxima da Igreja de Cristo, não perdeu sua paz, não perdeu sua obediência a Deus. Tornou-se santo em meio aos conflitos.
Ele viveu uma vida de oração, uma vida penitencial, oferecendo e sempre buscando ser dócil à vontade de Deus. Papa João I, por causa do ódio de Teodorico, foi aprisionado para morrer de fome e de sede. Foi mártir.
Hoje, podemos recordar este Pastor da Igreja como o pastor que, a exemplo de Cristo, deu a vida pelo rebanho.
São João I, rogai por nós!
São Félix de Cantalício
1515-1587
Félix Porro nasceu na pequena província agrícola de Cantalício, Rieti, Itália, em 1515. Filho de uma família muito modesta de camponeses teve de trabalhar desde a tenra idade, assim não podia estudar.
Na adolescência, transferiu-se para Cittaducale, para trabalhar como pastor e lavrador numa rica propriedade. Alimentava sua vocação à austeridade de vida, solidariedade ao próximo, lendo a vida dos Padres, o Evangelho e praticando a oração contemplativa, associada à penitência constante e à caridade cristã.
Aos trinta anos de idade entrou para os capuchinhos. E, em 1545, depois de completar um ano de noviciado, emitiu a profissão dos votos religiosos no pequeno convento de Monte São João. Pertenceu à primeira geração dos capuchinhos.
Os primeiros anos de vida religiosa passou entre os conventos de Monte São João, Tívoli e Palanzana de Viterbo, para depois, no final de 1547, se transferir, definitivamente, para o convento de São Boaventura, em Roma, sede principal da Ordem, onde viveu mais quarenta anos, sendo chamado de frei Félix de Cantalício.
Nesse período, trajando um hábito velho e roto, trazendo sempre nas mãos um rosário e nas costas um grande saco, que fazia pender seu corpo cansado, ele saía, para esmolar ajuda para o convento, pelas ruas da cidade eterna. Todas as pessoas, adultos, velhos ou crianças, pobres ou ricos, o veneravam, tamanha era sua bondade e santidade. A todos e a tudo agradecia sempre com a mesma frase: “Deo Gracias”, ou seja, Graças a Deus. Mendigou antes o pão e depois, até à morte, vinho e óleo para os seus frades.
Quando já bem velhinho foi abordado por um cardeal que lhe perguntou por que não pedia aos seus superiores um merecido descanso, frei Felix foi categórico na resposta: “O soldado morre com as armas na mão e o burro com o peso do fardo. Não permita Deus que eu dê repouso ao meu corpo, que outro fim não tem senão sofrer e trabalhar”.
Em vida, foram muitos os prodígios, curas e profecias atribuídos a frei Félix, testemunhados quase só pela população: os frades não julgavam oportuno difundi-los. Mas quando ele morreu, ficaram atônitos com a imensa procissão de fiéis que desejavam se despedir do amado frei, ao qual, juntamente com o papa Xisto V, proclamavam os seus milagres e a sua santidade.
Ele vivenciou o seguimento de Jesus descrito nas constituições da Ordem, na simplicidade do seu carisma, nunca servilmente. Conviveu com muitos frades e religiosos ilustres, sendo amigo pessoal de Felipe Néri, Carlo Borromeo, hoje também santos, e do papa Xisto V, ao qual predisse o seu papado.
No dia 18 de maio de 1587, aos setenta e dois anos, depois de oito anos de sofrimentos causados por uma doença nos intestinos, e tendo uma visão da Santíssima Virgem, frei Félix deu seu último suspiro e partiu para os braços do Pai Eterno.
O papa Clemente XI o canonizou em 1712. O corpo de são Félix de Cantalício repousa na igreja da Imaculada Conceição, em Roma.
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São Leonardo Murialdo
(1828-1900)
Origens
Leonardo Murialdo nasceu no dia 26 de outubro de 1828, na cidade de Turim, na Itália. Era filho de uma família rica, numerosa e tradicional. Com apenas cinco anos ficou órfão de pai. Por causa da situação de sua família, ele recebeu excelente formação religiosa e acadêmica. Sua mãe o educou e formou na fé. Mais tarde, ela o enviou para realizar seus estudos no famoso colégio dos Padres Scolapi.
Crise de identidade
A adolescência de Leonardo Murialdo foi marcada por uma crise de identidade. Ele ficou indeciso entre duas opções de vida: ser engenheiro ou tornar-se um oficial do rei. Seu coração solidário, porém, falou mais alto e ele não escolheu nenhuma dessas opções. Cortava o seu coração ver uma multidão de jovens empobrecidos, sem oportunidades, sem nenhuma perspectiva de vida. Por isso, ele escolheu o caminho da caridade. Ingressou no seminário com o sonho de ajudar a dar rumo na vida de muitos jovens.
Começando a realizar seu sonho.
Depois de muito estudo, Leonardo Murialdo conseguiu o doutorado em teologia no ano 1850. No ano seguinte, 1851, recebeu a ordenação sacerdotal. Já no início de seu ministério, ele se dedicou bastante ao catecismo das crianças, sabendo da importância crucial dessa formação. Além disso, criou inúmeros orfanatos para abrigar jovens órfãos e pobres da periferia.
Convite
A mentalidade avançada e aberta do Padre Leonardo Murialdo, juntamente com seu trabalho dirigido à juventude o levaram a ser convidado para assumir a reitoria do Colégio de Jovens Artesãos da cidade. E ele aceitou a missão com todo amor. Ao dirigir o colégio, Padre Leonardo conseguiu instaurar um clima de harmonia, moralidade, disciplina familiar e formação religiosa. Sua missão ali foi apoiada por colaboradores competentes, tanto leigos quanto religiosos.
Frutos
A política de trabalho do Padre Leonardo, assegurou o acesso a uma excelente formação cristã, bem como cultural e também profissional a um grande número de jovens. Ali, todos eram acompanhados de perto pelo Padre Leonardo. Costumavam ingressar com oito anos de idade e permaneciam recebendo formação até atingirem vinte e quatro anos. A partir de então, a grande maioria conseguia trabalho qualificado.
Fundação
A pedagogia de São Leonardo Murialdo, baseada no amor, na fé e na qualidade da formação dada, levou o pequeno colégio a se tornar famoso e a crescer bastante em tamanho. Por isso, ele começou a receber pedidos vindos de várias partes da Itália. Todos solicitavam a criação de colégios como os de Turim, para apoio à juventude. Foi, então, que São Leonardo fundou a Pia Sociedade Turinense de São José. Mais tarde, a obra ficou conhecida como Congregação de São José e se espalhou para várias partes do mundo, como Europa, Américas e África.
Morte
A dedicação total a essa nobre missão exigiam de São Leonardo Murialdo horas e horas de trabalho extenuante. Isso lhe causou graves problemas de saúde. Por isso, no dia 30 de março de 1900, depois de enfrentar inúmeras crises de pneumonia, São Leonardo faleceu. Sua canonização foi celebrada em 1970 pelo papa Paulo VI. A festa litúrgica de São Leonardo Murialdo foi instituída para 18 de maio.
Oração a São Leonardo Murialdo
“Ó Deus, que destes a São Leonardo Murialdo a grade de proporcionar a milhares de jovens um futuro feliz e cheio de dignidade, ajuda-nos a também dirigir nossa vida para o bem do próximo onde quer que estejamos, para a vossa glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo, amém. São Leonardo Murialdo, rogai por nós.”