“Seu zelo e o sucesso de seus esforços causa­ram-lhe provações humilhantes, que lhe ensinaram a subir, dentro da noite escura, até à experiência mística do nada do homem diante da Majestade Divina”: São João da Cruz, Confessor e Doutor da Igreja, (+ Ubeda, Espanha, 1591), celebrado hoje, 14, roga por todos nós!

Colaborador de Santa Teresa d’ Ávila na reforma da Ordem carmelita e grande mestre da Mís­tica. Dele diz o Martirológio Ro­mano-Monástico: “seu zelo e o sucesso de seus esforços causa­ram-lhe provações humilhantes, que lhe ensinaram a subir, dentro da noite escura, até à experiência mística do nada do homem diante da Majestade Divina”.

Assim o seu nome de batismo era Juan de Yepes. Nasceu em Fontivaros, na província de Ávila, Espanha, em 1542, talvez em 24 de junho. Na infância, ficou órfão de pai, Gonzalo de Yepes, descendente de uma família Nobre e tradicional de Toledo-Espanha. Mas, devido ao casamento, foi deserdado da herança. A jovem, Catarina Alvarez, sua mãe, era de família pobre, considerada de classe “inferior”. Assim, com a morte do marido, obrigou-se a trabalhar para sobreviver, migrou para Medina, com os filhos.

Naquela cidade, João tentou vários afazeres. Foi ajudante num hospital, enquanto estudava gramática à noite num colégio jesuíta. Nesse período, sua espiritualidade aflorou, levando-o a entrar na Ordem Carmelita, aos vinte e um anos.

Foi enviado para a Universidade de Salamanca a fim de completar os estudos de filosofia e teologia. Mesmo aplicando-se somente aos estudos, encontrava tempo para visitar doentes em hospitais ou em suas casas, aixiliando-os como enfermeiro.

Ordenado sacerdote aos vinte e cinco anos, mudou o nome. Na época, pensou em procurar uma Ordem mais austera e rígida, por achar a Ordem Carmelita muito suave. Assim a futura santa Tereza de Ávila cruzou seu caminho. Com autorização para promover, na Espanha, a fundação de conventos reformados, possuía também autorização dos superiores gerais para fazer o mesmo com conventos masculinos. Tamanho era seu entusiasmo que atraiu o sacerdote João da Cruz para esse trabalho. Ao invés de sair da Ordem, passou a trabalhar em sua reforma, recuperando os princípios e a disciplina.

João da Cruz dedicou-se na formação dos noviços, assumindo o cargo de reitor de uma casa de formação e estudos, reformando, assim, vários conventos. Reformar uma Ordem, porém, o trabalho é mais árduo que fundá-la, e João enfrentou dificuldades e sofrimentos, para muitos, insuportáveis. Chegou a ser preso por nove meses num convento que se opunha à reforma. Os escritos sobre sua vida dão conta de que abraçou a cruz dos sofrimentos e contrariedades com prazer, o que é só compreensível aos santos. Aliás, esse foi o aspecto da personalidade de João da Cruz que mais se destacou no fim de sua vida.

Dizem que ele pedia, insistentemente, três coisas a Deus. Primeiro, dar-lhe forças para trabalhar e sofrer muito. Segundo, não deixá-lo sair desse mundo como superior de uma Ordem ou comunidade. Terceiro, e mais surpreendente, que o deixasse morrer desprezado e humilhado pelos seres humanos. Para ele, fazia parte de sua religiosidade mística enfrentar os sofrimentos da Paixão de Jesus, pois lhe proporcionava êxtases e visões. Seu misticismo era a inspiração para seus escritos, que foram muitos e o colocam ao lado de santa Tereza de Ávila, outra grande mística do seu tempo. Assim, foi atendido nos três pedidos.

Pouco antes de sua morte, João da Cruz teve graves dissabores por causa das incompreensões e calúnias. Foi exonerado de todos os cargos da comunidade, passando os últimos meses na solidão e no abandono.

Assim a morte chegou com uma penosa doença, em 14 de dezembro de 1591, com apenas quarenta e nove anos de idade, no Convento de Ubeda, Espanha.

Deixou como legado sua volumosa obra escrita, de importante valor humanístico e teológico. E sua relevante e incansável participação como reformador da Ordem Carmelita Descalça.

Foi canonizado em 1726 e teve sua festa marcada para o dia de sua morte.

São João da Cruz foi proclamado doutor da Igreja em 1926, pelo papa Pio XI.

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