Sábado da 14ª Semana Do Tempo Comum
11 de Julho de 2020
Cor: Branco
Evangelho – Mt 10,24-33
Não tenhais medo daqueles que matam o corpo.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 10,24-33:
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
24 O discípulo não está acima do mestre,
nem o servo acima do seu senhor.
25 Para o discípulo, basta ser como o seu mestre,
e para o servo, ser como o seu senhor.
Se ao dono da casa eles chamaram de Belzebu,
quanto mais aos seus familiares!
26 Não tenhais medo deles,
pois nada há de encoberto que não seja revelado,
e nada há de escondido que não seja conhecido.
27 O que vos digo na escuridão, dizei-o à luz do dia;
o que escutais ao pé do ouvido, proclamai-o sobre os telhados!
28 Não tenhais medo daqueles que matam o corpo,
mas não podem matar a alma!
Pelo contrário,
temei aquele que pode destruir a alma e o corpo no inferno!
29 Não se vendem dois pardais por algumas moedas?
No entanto, nenhum deles cai no chão
sem o consentimento do vosso Pai.
30 Quanto a vós,
até os cabelos da cabeça estão todos contados.
31 Não tenhais medo! Vós valeis mais do que muitos pardais.
32 Portanto, todo aquele
que se declarar a meu favor diante dos homens,
também eu me declararei em favor dele
diante do meu Pai que está nos céus.
33 Aquele, porém, que me negar diante dos homens,
também eu o negarei diante do meu Pai que está nos céus.
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
Bento XVI
papa de 2005 a 2013
Audiência geral de 9/4/2008 (trad. © Libreria Editrice Vaticana, rev.)
São Bento, modelo para os dias que correm
[Segundo a Regra de São Bento], para ser capaz de decidir responsavelmente, o abade de cada mosteiro deve ser um homem que escuta «os conselhos dos irmãos» (Regra, 3,2), porque «muitas vezes Deus revela a solução melhor a um irmão mais jovem» (Regra, 3,3). Esta cláusula torna admiravelmente moderna uma Regra escrita há quase quinze séculos! Um homem de responsabilidades públicas, mesmo em pequenos âmbitos, deve ser sempre também um homem que sabe ouvir e aprender de quanto ouve.
[A Regra de São Bento] oferece indicações úteis não só aos monges, mas também a todos os que procuram um guia no seu caminho rumo a Deus. Pela sua ponderação, a sua humanidade e o seu discernimento entre o essencial e o secundário na vida espiritual, ela tem mantido a sua capacidade iluminadora até hoje. Paulo VI, tendo proclamado, a 24 de outubro de 1964, São Bento Padroeiro da Europa, pretendeu reconhecer a admirável obra realizada pelo santo, com a sua Regra, para a formação da civilização e da cultura europeias.
Hoje, a Europa, que acabou de sair de um século profundamente ferido por duas guerras mundiais e, depois pelo desmoronamento das grandes ideologias que se revelaram trágicas utopias, está em busca da própria identidade. Para criar uma unidade nova e duradoura, são sem dúvida importantes os instrumentos políticos, econômicos e jurídicos, mas é preciso também suscitar uma renovação ética e espiritual que se inspire nas raízes cristãs do continente, porque de outra forma não se pode reconstruir a Europa.
Sem esta linfa vital, o homem permanece exposto ao perigo de sucumbir à antiga tentação de querer remir-se sozinho, utopia que, de formas diferentes, causou na Europa do século XX, como revelou o papa João Paulo II, «uma regressão sem precedentes na história atormentada da humanidade» (Insegnamenti, XIII/1, 1990, p. 58). Procurando o verdadeiro progresso, encaremos pois, ainda hoje, a Regra de São Bento como uma luz para o nosso caminho. Esse grande monge continua a ser um verdadeiro mestre, em cuja escola podemos aprender a arte de viver o humanismo verdadeiro.
Com o Papa e toda a Igreja, neste mês de julho rezemos na seguinte intenção:
Intenção de oração universal – As nossas famílias
Rezemos para que as famílias de hoje sejam acompanhadas com amor, respeito e conselho.