Leituras Bíblicas
“Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna” (Jo 6,68)!
Dia 03 de fevereiro de 2010
Terça feira da 4ª semana do Tempo Comum
Hoje a Igreja celebra: São Bráz (Século III) – Leia sua vida clicando: http://www.paulinas.org.br/diafeliz/santo.aspx?Dia=3&Mes=2
Livro de 2º Samuel (24,2.9-17):
Disse, pois, o rei a Joab, chefe do exército: «Percorre todas as tribos de Israel, de Dan a Bercheba, e faz o recenseamento do povo, de maneira que eu saiba o seu número.»
Joab apresentou ao rei a soma do recenseamento do povo. Havia em Israel oitocentos mil homens de guerra, que manejavam a espada e, em Judá, quinhentos mil homens.
Feito o recenseamento do povo, Davi sentiu remorsos e disse ao Senhor: «Cometi um grande pecado, ao fazer isto. Mas perdoa, Senhor, a culpa do teu servo, porque procedi como um insensato.»
Pela manhã, quando Davi se levantou, o Senhor tinha falado ao profeta Gad, vidente de Davi, nestes termos:
«Vai dizer a Davi: ‘Eis o que diz o Senhor. Dou-te a escolher entre três coisas; escolhe uma das três e a executarei.’»
Gad foi ter com Davi e referiu-lhe estas palavras, dizendo: «Que preferes: sete anos de fome sobre a terra, três meses a fugir diante dos inimigos que te perseguem, ou três dias de peste no teu país? Reflete, pois, e vê o que devo responder a quem me enviou.»
Davi respondeu a Gad: «Vejo-me em grande angústia. É melhor cair nas mãos do Senhor, cuja misericórdia é grande, do que cair nas mãos dos homens!»
O Senhor enviou a peste a Israel, desde a manhã daquele dia até ao prazo marcado. Morreram setenta mil homens do povo, de Dan a Bercheba.
O anjo estendeu a mão contra Jerusalém para a destruir. Mas o Senhor arrependeu-se desse mal e disse ao anjo que exterminava o povo: «Basta, retira a tua mão.» O anjo do Senhor estava junto à eira de Araúna, o jebuseu.
Vendo o anjo que feria o povo, Davi disse ao Senhor: «Fui eu que pequei, eu é que tenho culpa! Mas estes, que são inocentes, que fizeram? Peço que descarregues a tua mão sobre mim e sobre a minha família!»
Livro de Salmos [32(31),1-2.5.6.7]:
Feliz aquele a quem é perdoada a culpa e absolvido o pecado.
Feliz o homem a quem o SENHOR não acusa de iniquidade e em cujo espírito não há engano.
Confessei-te o meu pecado e não escondi a minha culpa; disse: "Confessarei ao SENHOR a minha falta"; e Tu me perdoaste a culpa do pecado.
Por isso, todo o fiel te invoca no tempo da angústia. E, mesmo que transbordem águas caudalosas, jamais o hão de atingir.
Tu és o meu refúgio: livras-me da angústia e me envolves em cânticos de libertação.
Evangelho segundo S. Marcos (6,1-6)
E partiu dali. Foi para a sua terra, e os discípulos seguiam-no.
Chegado o sábado, começou a ensinar na sinagoga. Os numerosos ouvintes enchiam-se de espanto e diziam: «De onde é que isto lhe vem e que sabedoria é esta que lhe foi dada? Como se operam tão grandes milagres por suas mãos?
Não é Ele o carpinteiro, o filho de Maria e irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? E as suas irmãs não estão aqui entre nós?» E isto parecia-lhes escandaloso.
Jesus disse-lhes: «Um profeta só é desprezado na sua pátria, entre os seus parentes e em sua casa.»
E não pôde fazer ali milagre algum. Apenas curou alguns enfermos, impondo-lhes as mãos.
Estava admirado com a falta de fé daquela gente. Jesus percorria as aldeias vizinhas a ensinar.
Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Atanásio (295-373), Bispo de Alexandria, Doutor da Igreja
Carta a Epicteto, 5-9 (a partir da trad. breviário, rev.)
«Não é Ele o carpinteiro, o filho de Maria?»
O Verbo, a Palavra eterna de Deus, «veio em auxílio da descendência de Abraão; por isso, teve de assemelhar-se em tudo aos seus irmãos» (Hb 2,16-17) e de tomar um corpo semelhante ao nosso. É por isso que Maria foi verdadeiramente necessária, para que Ele tomasse corpo nela, e o oferecesse por nós como sendo seu. […] Gabriel tinha-lho anunciado em termos cuidadosamente escolhidos. Não disse apenas: «Aquele que vai nescer em ti» […], disse: «Aquele que vai nascer de ti». […]
Tudo isto se fez assim para que o Verbo, assumindo a nossa natureza e oferecendo-a em sacrifício, a fizesse totalmente sua. Em seguida, quis revestir-nos da sua própria natureza divina, razão pela qual São Paulo afirma: «É necessário que este corpo corruptível se revista de incorruptibilidade e que este corpo mortal se revista de imortalidade» (1Cor 15,53). E tal não aconteceu de forma simulada, como supõem certos heréticos: nem pensar nisso! O Salvador tornou-se verdadeiramente homem, e foi daí que veio a salvação para todo o homem. […] A nossa salvação não é uma aparência, não é apenas para o corpo, mas para o homem todo, alma e corpo, e esta salvação veio do próprio Verbo.
Aquele que veio de Maria era, pois, humano por natureza, segundo as Escrituras, e o corpo do Senhor era um verdadeiro corpo; sim, um verdadeiro corpo, porque era idêntico ao nosso, porque Maria é nossa irmã, visto que todos descendemos de Adão.