Santo André, Apóstolo . Festa
30 de Novembro de 2019
Cor: Vermelho
Evangelho – Mt 4,18-22
Imediatamente deixaram as redes e o seguiram.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 4,18-22
18 Quando Jesus andava à beira do mar da Galiléia,
viu dois irmãos:
Simão, chamado Pedro, e seu irmão André.
Estavam lançando a rede ao mar, pois eram pescadores.
19 Jesus disse a eles: ‘Segui-me,
e eu farei de vós pescadores de homens.’
20 Eles, imediatamente deixaram as redes e o seguiram.
21 Caminhando um pouco mais, Jesus viu outros dois irmãos:
Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João.
Estavam na barca com seu pai Zebedeu
consertando as redes.
Jesus os chamou.
22 Eles, imediatamente deixaram a barca e o pai,
e o seguiram.
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
Bento XVI
papa de 2005 a 2013
Audiência geral de 14/06/06 (© copyright Libreria Editrice Vaticana)
Santo André imita a Cristo até na morte
Uma tradição […] narra a morte de André em Patras, onde também ele sofreu o suplício da crucifixão. Mas, naquele momento supremo, de modo análogo ao de seu irmão Pedro, pediu para ser posto numa cruz diferente da de Jesus. No seu caso, tratou-se de uma cruz decussada, isto é, cruzada transversalmente, que por isso foi chamada «cruz de Santo André». Eis o que o Apóstolo disse naquela ocasião, segundo uma antiga narração […]: «Salve, ó cruz, inaugurada por meio do corpo de Cristo, que se tornou adorno dos seus membros, como se fossem pérolas preciosas. Antes que o Senhor fosse elevado sobre ti, tu incutias um temor terreno. Agora, ao contrário, dotada de um amor celeste, és recebida como um dom.
Os crentes sabem, a teu respeito, quanta alegria possuis, quantos dons tens preparados. Portanto, certo e cheio de alegria venho a ti, para que também tu me recebas exultante como discípulo daquele que em ti foi suspenso […]. Ó cruz bem-aventurada, que recebeste a majestade e a beleza dos membros do Senhor! […] Toma-me e leva-me para longe dos homens e entrega-me ao meu Mestre, para que por teu intermédio me receba quem por ti me redimiu. Salve, ó cruz; sim, salve verdadeiramente!» Como se vê, há aqui uma profundíssima espiritualidade cristã, que vê na cruz não tanto um instrumento de tortura como, ao contrário, o meio incomparável de uma plena assimilação ao Redentor, ao grão de trigo que caiu na terra.
Devemos aprender com isto uma lição muito importante: as nossas cruzes adquirem valor se forem consideradas e aceites como parte da cruz de Cristo, se refletirem a sua luz. Só naquela cruz são também os nossos sofrimentos nobilitados e adquirem o seu verdadeiro sentido.
Com o Papa e toda a Igreja, neste mês de novembro rezemos na seguinte intenção:
Universal: Para que no Próximo Oriente, no qual diversas tradições religiosas partilham o mesmo espaço de vida, nasça um espírito de diálogo, de encontro e de reconciliação.