Santo Alberto foi sem dúvida um dos maiores sábios de todos os tempos. Não apenas dominava como Mestre a Filosofia e a Teologia (matérias em que teve como discípulo a São Tomás de Aquino), mas estendia seu saber às ciências naturais.
Foi físico e químico, estudou astronomia, meteorologia, mineralogia, zoologia, botânica, escreveu livros sobre tecelagem, navegação, agricultura. Tão assombroso acúmulo de ciência não o impediu de ser um Frei dominicano, piedoso e observante.
Nomeado bispo de Regensburg, mostrou-se pastor zeloso e exemplar, mas logo que pôde pediu e obteve dispensa das funções episcopais e retornou a sua cela, de monge humilde e sábio Foi chamado o Doutor Universal. O grande filósofo e teólogo que dedicou sua vida na busca incansável do encontro da ciência com a fé, e que se destacou, principalmente, pela humildade e caridade.
Quando ainda jovem, quase desistiu da vida religiosa, sentia dificuldades no entendimento do estudo da teologia. Mas segundo ele próprio, foi Nossa Senhora que o fez perseverar. Devotíssimo da Virgem Maria, durante as orações ela o teria aconselhado a não desistir, pois, se o fizesse, pouco a pouco os dons que tinha recebido lhe seriam tirados. Desde então, dizia: “Minha intenção última está na ciência de Deus”.
Nasceu em 1206, na Alemanha, Alberto pertencia à influente e poderosa família Bolsadt, rica, nobre, cristã e de tradição militar. Piedoso desde a infância, Alberto recebeu uma educação muito aguçada, digna dos nobres.
Aos dezesseis anos, foi para a Universidade de Pádua, na Itália, onde, sob aos cuidados de Maria, completou os estudos superiores. Em 1229, tornou-se frade dominicano pregador. Ensinou nos principais pólos de cultura europeus de sua época, Itália, Alemanha e França. Em Paris, atraiu tantos estudantes e discípulos que teve de lecionar em praça pública.
Não estava interessado no poder e sim no saber, voltou para a vida simples no convento que ele fundara e ao ensino na Universidade de Colônia. Já entrado nos setenta anos, foi incumbido pelo papa Urbano IV de liderar as cruzadas na Alemanha e na Boêmia.
Em 1274, teve participação decisiva na união da Igreja grega com a latina, no segundo Concílio de Lyon.
Três anos antes de sua morte, santo Alberto Magno começou a perder a memória. Mandou, então, construir sua própria sepultura, e rezava o ofício dos mortos todos os dias. Morreu, serenamente, no dia 15 de novembro de 1280.
O papa Pio XI canonizou-o proclamou-o doutor da Igreja em 1931.
Dez anos depois, o papa Pio XII declarou-o padroeiro dos estudiosos das ciências naturais.
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São Leopoldo III
“O Pio”
1073-1113
Entre os antepassados de quase todas as casas reais quase sempre aparece a figura de um santo célebre. São Leopoldo é mais um bom exemplo, tendo o seu nome se tornado comum entre os reinantes da Áustria, até porque ele mesmo também foi um dos que recebeu a coroa.
Nascido em Melk no ano 1073, pertencia Leopoldo a família real da Áustria, donde recebeu ótima formação cristã e científica, que foi acompanhada por um monge e foi batizado com o nome de seu pai.
São Leopoldo era um jovem religioso, leal, reto de coração e que não escolhia lugar para elevar o coração em oração. Foi um exemplo de rei, cristão, esposo e pai. Em 1096, sucedeu a seu pai, como Leopoldo III, e assumiu o reino quando o país começava a ser uma grande potência européia.
Casou-se com a irmã do rei Henrique V da Alemanha, a princesa Inês, que era viúva e tinha três filhos. Com Leopoldo teve mais dezoito herdeiros, os quais, quando crescidos, povoaram conventos, mosteiros e episcopados como uma verdadeira semeadura de virtude cristã. Dele floresceram para a Igreja dois relevantes servidores, os santos Conrado, bispo de Salzburg, e Oto, bispo de Freising.
A sua vida privada foi similar e digna dos ascetas, por isso era chamado de “o Pio”. Os 40 anos do seu reinado foram justos e prósperos, apesar de ter guerreado contra os húngaros, os quais conseguiu expulsar. Sob seu comando, a cidade de Viena transformou-se em sede da Corte e em porto de grande importância. Ganhou o amor e o respeito do seu povo como governante hábil, firme, honrado, e caridoso, que o apelidou carinhosamente de “pai dos pobres”.
Como grande benfeitor da Igreja, a sua constante preocupação foi fundar e aparelhar igrejas e mosteiros. Ajudou, generosamente, o Mosteiro de Melk, sua cidade natal, e fundou o de Neuburg, em Viena, onde, foi sepultado.
A sua maior inspiração foi à fundação do mosteiro beneditino, a partir do que antes era uma simples capela dedicada à Virgem Maria. O local se tornou o Santuário de Mariazell, na atualidade é famoso como o mais antigo e mais importante santuário mariano de toda a Áustria.
Caminho constante dos mais simples peregrinos, dos reis e imperadores que iam para pedir, honrar e agradecer à Virgem Santíssima a sua proteção ao seu povo, a exemplo do seu fundador, rei Leopoldo III, fiel devoto de Maria Santíssima.
Morreu em Viena, com a fama de santidade, no dia 15 de novembro de 1136, em meio a um forte sentimento popular.
Foi canonizado, em 1486, pelo papa Inocêncio VIII.
São Leopoldo, o Pio, é o padroeiro da Áustria e sua festa é comemorada nacionalmente.
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