Dia 31 de outubro de 2022
Segunda-feira da XXXI Semana do Tempo Comum
Cor litúrgica: Verde
EVANGELHO
Não convides teus amigos mas, os pobres e os aleijados.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 14,12-14:
Naquele tempo,
12
dizia Jesus ao chefe dos fariseus
que o tinha convidado:
“Quando tu deres um almoço ou um jantar,
não convides teus amigos, nem teus irmãos,
nem teus parentes, nem teus vizinhos ricos.
Pois estes poderiam também convidar-te
e isto já seria a tua recompensa.
13
Pelo contrário, quando deres uma festa,
convida os pobres, os aleijados,
os coxos, os cegos.
14
Então tu serás feliz!
Porque eles não te podem retribuir.
Tu receberás a recompensa
na ressurreição dos justos”.
Palavra da Salvação.
(Conferência Nacional dos Bispos do Brasil © Todos os direitos reservados.)
Comentário do dia
Santa Teresinha do Menino Jesus (1873-1897)
carmelita, doutora da Igreja
Manuscrito autobiográfico C, 28rº-vº (trad. ed. Carmelo 1996)
«E serás feliz por eles não terem com que retribuir-te»
Notei (e é muito natural) que as Irmãs mais santas são as mais amadas; procura-se conversar com elas, [e] prestam-se-lhes serviços sem que os peçam. […] As almas imperfeitas, pelo contrário, não são nada procuradas; as pessoas mantêm-se, sem dúvida, em relação a elas, dentro dos limites da cortesia religiosa, mas, receando talvez dizer-lhes algumas palavras pouco amáveis, evitam a companhia delas. […] Eis a conclusão que daí tiro: devo procurar, no recreio, nas licenças, a companhia das Irmãs que me são menos agradáveis, [e] exercer junto dessas almas feridas o ofício do Bom Samaritano [cf Lc 10,30-35].
Uma palavra, um sorriso amável, bastam, muitas vezes, para alegrar uma alma triste; mas não é exclusivamente para atingir esse objetivo que quero praticar a caridade, pois sei que bem depressa desanimaria: uma palavra que terei dito com a melhor intenção poderá ser interpretada completamente ao contrário. Assim, para não perder o meu tempo, quero ser amável para com todas (e em particular para com as Irmãs menos amáveis) para dar alegria a Jesus e corresponder ao conselho que Ele dá no Evangelho mais ou menos nestes termos: «Quando derdes um banquete, não convideis os vossos parentes nem os vossos amigos, não vão eles também convidar-vos, por sua vez, recebendo [vós] assim a vossa recompensa; mas convidai os pobres, os coxos, os paralíticos, e sereis felizes por eles não vos poderem retribuir, pois o vosso Pai, que vê no segredo, vos recompensará» [cf Mt 6,4].
Que banquete poderia uma carmelita oferecer às suas Irmãs, senão um banquete espiritual composto de caridade amável e alegre? Quanto a mim, não conheço outro, e quero imitar São Paulo, que se alegrava com os que encontrava alegres; é verdade que chorava também com os aflitos [cf Rm 12,15], e algumas vezes as lágrimas devem aparecer no banquete que quero oferecer, mas procurarei sempre que essas lágrimas se transformem em alegria [cf Jo 16,20], já que o Senhor ama os que dão com alegria [cf 2Cor 9,7].
Por uma Igreja aberta a todos
Rezemos para que a Igreja, fiel ao Evangelho e corajosa no anúncio, seja um lugar de solidariedade, de fraternidade e de acolhimento, vivendo cada vez mais a sinodalidade.