Isabel da Hungria foi noiva aos quatro anos, casada aos catorze, mãe aos quinze e viúva aos vinte.
Era a filha do rei André II, da Hungria, e da rainha Gertrudes, de Merano, atual território da Itália. Nasceu no ano de 1207, e naquele mesmo dia foi dada como esposa a Luís, príncipe da Turíngia, atual Alemanha. Desde os quatro anos viveu no castelo do futuro marido, onde foram educados juntos.
O jovem príncipe Luís amava verdadeiramente Isabel, que se tornava cada dia mais bonita, amável e modesta. Eram católicos verdadeiros praticantes. Luís admirava a noiva, amável nas palavras e atitudes, que vivia em orações e era generosa em caridade com os necessitados e doentes.
A mãe do príncipe detestava a devoção de sua futura nora, e tentou convencer o filho a desistir do casamento, dizendo que Isabel seria uma rainha não bem aceita. A própria Corte a perseguia por causa de seu desapego dos bens e simplicidade cristã. Mas Luís foi categórico ao dizer preferir renunciar ao trono a desistir de Isabel.
Ao atingir a maioridade, foi corado rei e casou-se com Isabel, que se tornou rainha aos catorze anos de idade. Ela foi a única soberana que se recusou a usar a coroa, símbolo da realeza, durante a cerimônia realizada na Igreja. Revelou que, na presença do nosso Rei Eterno coroado de espinhos, não poderia usar uma coroa tão preciosa. Foi assim que o então rei Luís IV acompanhou o seu desejo e tornou-se rei sem usar a sua coroa, também, diante de Jesus Cristo.
O rei era sincero, paciente, inspirava confiança e miuto amado pelo povo. Nunca colocou obstáculos à vida de oração, penitência e caridade da rainha, sempre a incentivava. Na cidade de Marburg, Isabel construiu o Hospital de São Francisco de Assis para os andarilhos e doentes leprosos. Além de contribuir com seu dinheiro muitos asilos e orfanatos, os quais visitava com freqüência.
Aos 20 anos, a rainha Isabel ficou viúva, com três filhos pequenos. O rei Luís IV, participando de uma cruzada a caminho da Terra Santa, foi morto antes de voltar para a Alemanha. As hostilizações da Corte contra ela aumentaram. A tolerância quanto à sua caridade e dedicação religiosa desapareceu.
Seu cunhado, para assumir o trono, expulsou-a do palácio, sendo abandonada com os filhos herdeiros na mais negra miséria. Sofreu com admirável paciência toda espécie de humilhação, pois até mendigos que ela outrora socorrera tinha agora a baixeza e a ingratidão de a insultarem, porque sabiam que não se encontrava nas boas graças da Corte. Ofereceu-se para ajudar num hospital de leprosos e ali praticou atos de caridade heróica.
Quando os cruzados que haviam acompanhado seu marido retornaram à Alemanha, ficaram indignados com o tratamento inqualificável de que estava sendo objeto aquela que, até pouco antes, fora soberana do país, e conseguiram reconduzi-la à Corte, onde faleceu pouco depois,
Isabel da Hungria faleceu no dia 17 de novembro de 1231, aos 24 anos de idade, em Marburg, Alemanha.
Quatro anos depois, em 1235, foi canonizada pelo papa Gregório IX.
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