Santa Inês sofreu o martírio em Roma, na segunda metade do século III ou, provavelmente, no começo do século IV. Conta-se que ela foi martirizada aos 12 anos de idade.
O papa Dâmaso ornou o seu túmulo com 16 versos sacros, narrando a sua vida e exaltando as suas virtudes. Muitos Padres da Igreja, seguindo o exemplo de Santo Ambrósio, falaram dela com muita admiração. Santo Ambrósio afirma que se monstruosa foi a crueldade que não poupou uma criança, muito maior foi o poder da fé que levou uma criatura de tão tenra idade a dar um testemunho tão veemente.
E continua dizendo que em um corpo tão pequeno não havia lugar onde ferir. As meninas de sua idade não resistem ao olhar repreensivo dos pais, e o cutucão de uma agulha as faz chorar. Inês, porém, ofereceu o corpo inteiro ao fio da espada… Ela nada sabia sobre a morte, mas já estava preparada para enfrentá-la. Embora fosse ainda tão criança para padecer tal punição, já tinha idade suficiente para a vitória.Tão criança para se expor ao combate, mas pronta para receber a coroa da vitória.
Oração
Prece do testemunho da fé: Hoje é natal de Santa Inês, virgem a Cristo dedicada, que hoje ao céu entrega o espírito, no próprio sangue consagrado. Madura já para o martírio, mas não ainda aos esponsais, vai ao suplício tão alegre qual noiva às festas nupciais. Devendo aos deuses incensar, diz sem nenhuma hesitação: Virgens a Cristo consagradas lâmpadas tais não portarão. Porque tal chama apaga a luz, tal fogo a fé extinguirá. Feri-me, e o sangue derramado o seu braseiro apagará. Ei-la ferida, e quanta glória do Rei divino recebeu! Com suas vestes se envolvendo, cai sobre a terra e voa para o céu. Jesus, nascido de uma Virgem, louvor a vós, ó Sumo Bem, com o Pai Santo e o Espírito, hoje e nos séculos. Amém. (Liturgia das Horas, Ofício das Leituras, no dia de Santa Inês, Ed. Paulinas – Vozes, São Paulo).