Dia 09 de dezembro de 2016 – Sexta-feira da 2a semana do Advento
No Brasil, Ano Mariano, instituído pela CNBB em comemoração do 300º aniversário do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida nas águas do Rio Paraíba, em São Paulo – “Bem-aventurada é aquela que acreditou” (Lc 1,45)!
Evangelho segundo S. Mateus 11,16-19:
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «A quem poderei comparar esta geração? É como os meninos sentados nas praças, que se interpelam uns aos outros, dizendo:
“Tocamos flauta e não dançastes; entoamos lamentações e não chorastes”.
Veio João Batista, que não comia nem bebia, e dizem que tinha o demônio com ele.
Veio o Filho do homem, que come e bebe, e dizem: ‘É um glutão e um ébrio, amigo de publicanos e pecadores’. Mas a sabedoria foi justificada pelas suas obras».
Comentário do dia
São Máximo de Turim (?-c. 420), bispo
Homilia CC 61a; PL 57, 233
Responder aos apelos de Deus, que nos chama a convertermo-nos do fundo do coração
Mesmo que eu nada vos dissesse, irmãos, o tempo em que nos encontramos basta para nos advertir de que está próximo o aniversário da natividade de Cristo Nosso Senhor. A própria criação exprime a iminência de um acontecimento que restaura todas as coisas: também ela deseja impacientemente que as trevas sejam iluminadas pela claridade de um sol mais brilhante que o sol comum. Esta espera da criação pela renovação do seu ciclo anual convida-nos a esperar o nascimento do novo sol, que é Cristo, que ilumina as trevas dos nossos pecados. O sol da justiça (Ml 3,20), que surgirá em todo o seu esplendor, há de dissipar a obscuridade dos nossos pecados, que durou já demasiado tempo. Ele não suporta que o curso da nossa vida seja sufocado pelas trevas da existência; quer dilatá-la pelo seu poder.
Assim, da mesma maneira que, nestes dias do solstício, a criação difunde mais amplamente a sua luz, manifestemos também nós a nossa justiça. Da mesma maneira que a claridade deste dia é um bem comum a pobres e ricos, que também a nossa generosidade se alargue aos viajantes e aos pobres. Nestes tempos em que o mundo limita a duração das trevas, suprimamos nós as sombras da nossa avareza. […] Que o gelo derreta em nossos corações; que a semente da justiça se desenvolva, aquecida pelos raios do Salvador.
Preparemo-nos, pois, irmãos, para acolher o dia do nascimento do Senhor, dispondo para nós vestes estonteantes de brancura; falo das que cobrem a alma, e não o corpo. A veste que nos cobre o corpo é uma túnica sem importância; mas o corpo, objeto precioso, cobre a alma. A primeira veste é tecida por mãos humanas; a segunda é obra das mãos de Deus. E é por isso que temos de velar com a maior solicitude, a fim de preservar de toda a mancha a obra de Deus. […] Com a natividade do Senhor, purifiquemos a nossa consciência de toda a mancha. Apresentemo-nos, não revestidos de seda, mas de obras de valor. […] Comecemos, pois, por ornamentar o nosso santuário interior.
Neste mês de Dezembro, com o Papa e toda a Igreja, rezemos nas seguintes intenções:
Universal: O fim dos meninos-soldados
Para que seja eliminada em todo o mundo a praga dos meninos-soldados.
Pela Evangelização: Redescobrir o Evangelho na Europa
Para que os povos europeus redescubram a beleza, a bondade e a verdade do Evangelho, que dá alegria e esperança à vida.