2ª-feira da Semana Santa da Páscoa
6 de Abril de 2020
Cor: Roxo
Evangelho – Jo 12,1-11
Deixa-a; ela fez isto
em vista do dia de minha sepultura.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 12,1-11:
1 Seis dias antes da Páscoa,
Jesus foi para Betânia,
onde morava Lázaro,
que ele havia ressuscitado dos mortos.
2 Ali ofereceram a Jesus um jantar;
Marta servia
e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele.
3 Maria, tomando quase meio litro de perfume
de nardo puro e muito caro,
ungiu os pés de Jesus e enxugou-os com seus cabelos.
A casa inteira ficou cheia do perfume do bálsamo.
4 Então, falou Judas Iscariotes,
um dos seus discípulos,
aquele que o havia de entregar:
5 ‘Por que não se vendeu este perfume
por trezentas moedas de prata,
para as dar aos pobres?’
6 Judas falou assim, não porque se preocupasse com os pobres,
mas porque era ladrão;
ele tomava conta da bolsa comum
e roubava o que se depositava nela.
7 Jesus, porém, disse:
‘Deixa-a; ela fez isto
em vista do dia de minha sepultura.
8 Pobres, sempre os tereis convosco,
enquanto a mim, nem sempre me tereis.’
9 Muitos judeus, tendo sabido que Jesus estava em Betânia,
foram para lá,
não só por causa de Jesus,
mas também para verem Lázaro,
que Jesus havia ressuscitado dos mortos.
10 Então, os sumos sacerdotes decidiram matar também Lázaro,
11 porque, por causa dele,
muitos deixavam os judeus
e acreditavam em Jesus.
Palavra do Senhor.
Comentário do dia
Santa Gertrudes de Helfta (1256-1301)
monja beneditina
«O Arauto», Livro IV, SC 255
Receber o Senhor
Recordando-se da condescendência do Senhor, que, no final daquele dia, como está dito, foi a Betânia (cf Mc 11,11), a casa de Marta e Maria, Gertrudes foi inflamada por um vivo desejo de O receber. Aproximando-se de uma imagem do Crucificado, beijou-lhe com profundo sentimento a chaga do santíssimo lado, deixando-se penetrar inteiramente pelo desejo do coração amantíssimo do Filho de Deus, e suplicou-Lhe, pela força de todas as orações que jamais subiram àquele coração infinitamente suave, que Se dignasse descer à pequena e indigna estalagem do seu coração. Na sua benignidade, o Senhor, que está sempre perto de quantos O invocam (cf Sl 144,18), fez-lhe sentir a sua presença tão desejada e disse-lhe com suave tristeza: «Eis-Me aqui! Que queres oferecer-Me?» E ela: «Sede bem-vindo, Vós sois a minha única salvação e todo o meu bem – que digo? O meu único bem».
E acrescentou: «Meu Senhor, na minha indignidade, nada preparei que convenha à vossa divina magnificência; mas ofereço todo o meu ser à vossa bondade. Cheia de desejos, peço-Vos que Vos digneis preparar Vós em mim o que pode convir melhor à vossa divina benignidade». O Senhor disse-lhe: «Se Me concedes ter em ti essa liberdade, dá-me a chave que me permitirá tomar e pôr sem dificuldade tudo o que Me aprouver, tanto para o meu bem-estar como para minha reparação».
Ela perguntou-Lhe: «E que chave é essa?» Resposta do Senhor: «A tua vontade». Estas palavras permitiram-lhe compreender que, se alguém deseja receber o Senhor como hóspede, terá de Lhe consagrar a chave da sua vontade, submetendo-se por completo a Ele e confiando em absoluto na sua doce benignidade, a fim de realizar a sua salvação em todas as coisas. Quando tal acontece, o Senhor entra nesse coração e nessa alma, a fim de realizar tudo quanto o seu comprazimento divino possa exigir.
Com o Papa e toda a Igreja, neste mês de abril, rezemos na seguinte intenção:
Intenção de oração universal – Libertação das dependências
Rezemos para que todas as pessoas sob a influência de dependências sejam bem ajudadas e acompanhadas.