“Irmãos, não vos queixeis uns dos outros” (Tg 5,9)
– É esta a Palavra do Evangelho proposta pelo Movimento dos Focolares para ser vivida durante todo este mês de abril. Mas como vive-la! Leia e medite o respectivo comentário escrito por Chiara Lubich: http://diocesedeblumenau.org.br/detalhe_00500.php?cod_select=5564&cod_002=5
Dia 07 de abril de 2013 – 2º Domingo da Páscoa (Divina Misericórdia) – Ano C
Na Diocese de Blumenau, Triênio Missionário – Ano da Missão com a Juventude
Evangelho segundo S. João 20,19-31:
Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, com medo das autoridades judaicas, veio Jesus, pôs-se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco!»
Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o peito. Os discípulos encheram-se de alegria por verem o Senhor.
E Ele voltou a dizer-lhes: «A paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, também Eu vos envio a vós.»
Em seguida, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo.
Àqueles a quem perdoardes os pecados, ficarão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ficarão retidos.»
Tomé, um dos Doze, a quem chamavam o Gêmeo, não estava com eles quando Jesus veio.
Diziam-lhe os outros discípulos: «Vimos o Senhor!» Mas ele respondeu-lhes: «Se eu não vir o sinal dos pregos nas suas mãos e não meter o meu dedo nesse sinal dos pregos e a minha mão no seu peito, não acredito.»
Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez dentro de casa e Tomé com eles. Estando as portas fechadas, Jesus veio, pôs-se no meio deles e disse: «A paz seja convosco!»
Depois, disse a Tomé: «Olha as minhas mãos: coloca aqui o teu dedo! Estende a tua mão e põe-na no meu peito. E não sejas incrédulo, mas fiel.»
Tomé respondeu-lhe: «Meu Senhor e meu Deus!»
Disse-lhe Jesus: «Porque me viste, acreditaste. Felizes os que crêem sem terem visto».
Muitos outros sinais miraculosos realizou ainda Jesus, na presença dos seus discípulos, que não estão escritos neste livro.
Estes, porém, foram escritos para acreditardes que Jesus é o Messias, o Filho de Deus, e, acreditando, terdes a vida nele.
Comentário ao Evangelho do dia feito por
Beato João Paulo II (1920-2005), papa
Encíclica «Dominum et vivificantem» §2
«Recebei o Espírito Santo»
Os eventos pascais — a paixão, a morte e a ressurreição de Cristo — são também o tempo da nova vinda do Espírito Santo, como Paráclito e Espírito da verdade (Jo 14,16-17). Eles constituem o tempo do «novo princípio» da comunicação de Si mesmo da parte de Deus uno e trino à humanidade, no Espírito Santo, por obra de Cristo Redentor. Este novo princípio é a Redenção do mundo: «Com efeito, Deus amou de tal modo o mundo que lhe deu o Seu Filho unigênito». (Jo 3,16). Ao «dar» o Filho, no dom do Filho, já se exprime a essência mais profunda de Deus, o qual, sendo Amor, é uma fonte inexaurível de generosidade. No dom concedido pelo Filho completam-se a revelação e a prodigalidade do Amor eterno: o Espírito Santo, que nas profundezas imperscrutáveis da divindade é uma Pessoa-Dom, por obra do Filho, isto é, mediante o mistério pascal de Cristo, é dado de uma maneira nova aos Apóstolos e à Igreja e, por intermédio deles, à humanidade e ao mundo inteiro.
A expressão definitiva deste mistério surge no dia da Ressurreição. Neste dia, Jesus de Nazaré, «nascido da descendência de Davi segundo a carne» — como escreve o apóstolo São Paulo —, é «constituído Filho de Deus com todo o poder, segundo o Espírito de santificação, mediante a ressurreição dos mortos» (Rm 1,3-4). Pode dizer-se, assim, que a «elevação» messiânica de Cristo no Espírito Santo atingiu o auge na Ressurreição, quando Ele Se revelou como Filho de Deus, «cheio de poder». E este poder, cujas fontes jorram da imperscrutável comunhão trinitária, manifesta-se, antes de mais nada, pelo duplo feito de Cristo Ressuscitado: realizar, por um lado, a promessa de Deus já expressa pela boca do Profeta: «Dar-vos-ei um coração novo. […] Porei dentro de vós um espírito novo, o Meu espírito»; (Ez 36,26-27), e cumprir, por outro lado, a Sua própria promessa, feita aos Apóstolos com estas palavras: «Quando Eu for, vo-Lo enviarei» (Jo 16,7). É Ele: o Espírito da verdade, o Paráclito enviado por Cristo Ressuscitado para nos transformar e fazer de nós a própria imagem do Ressuscitado.
Neste mês, com o Papa e toda a Igreja, rezemos nas seguintes intenções:
Geral: Para que a celebração pública e orante da fé seja fonte de vida para os fiéis.
Missionária: Para que as Igrejas particulares dos territórios de missão sejam sinal e instrumento de esperança e de ressurreição.