Quem recebeu Zilda Arns no céu? Dom Angélico S. Bernardino, Bispo Emérito de Blumenau

Em oceano de dor, lágrimas, mortes, nossa querida irmã Zilda Arns partiu, do Haiti, para a Casa do Pai. Profetisa da esperança, essa notável mulher, cidadã do mundo, vibrante discípula missionária de Jesus, sempre anunciou a vitória da vida sobre a morte. Abraçou com entusiasmo a recomendação do apóstolo Paulo: "Sejam alegres na esperança, firmes na tribulação, perseverantes na oração" (Rm 12,12). 

 Na vida de nossa Zilda Arns, sempre contemplei a realização das palavras do poeta: "Nada é pequeno quando a alma é grande". Com a fibra de santa Teresa de Jesus, Zilda era animada por "determinada determinação" nas pastorais "dos dois extremos", pelas quais entregou a vida: Pastoral da Criança e Pastoral da Pessoa Idosa. Incansável, inteligente, prática, formou coordenadoras, líderes! Não foi subserviente. Líder de punho firme, esta adulta menina de Forquilhinha, na bela e Santa Catarina, foi tida por alguns como amante do poder, quando sua paixão eram as crianças pobres, carentes. Mulher livre, da liberdade que Cristo alcançou" (Gl 5,1), estabeleceu parcerias, visando sempre o bem das crianças sofridas. Nem sempre foi fácil porque não faltaram os que viam limitações nos parceiros e conivência com eles. Certa ocasião, dizia-me Zilda: "Não estou fazendo parcerias com mosteiros e, sim, com entidades, com as quais não concordo em tudo, mas que podem e devem promover o bem das crianças, dos pobres. 

No o Natal, recebi da amada Zilda, mensagem que oferece resposta a esta indagação: "Conhecer a Jesus pela fé é nossa alegria; segui-lo é uma graça; e dar testemunho, na doação aos outros, é um serviço que ELE nos confiou". Discípula missionária de Jesus e por ele apaixonada, Zilda, apóstola das Pastorais da Criança e da Pessoa Idosa, viveu a mística do Reino: "Eu tive fome e me deste de comer. Tive sede e me deste de beber…" (Mt 25,31-45). Viveu a dinâmica do Evangelho que é a dinâmica da história, do outro, da justiça, do amor, da paz. Para a Igreja, não tenho dúvida alguma, é exemplo de leiga, marcada pela índole secular; trata-se de  santa secular: esposa, mãe, médica, missionária! Seu endereço, agora, é o Coração do Pai, acolhida que foi por Jesus-criança, Jesus dos cabelos brancos da pessoa idosa. De lá, abençoa, de modo especial, as Pastorais pelas quais doou a vida.  

                           Dom Angélico Sândalo Bernardino

                             Bispo  emérito de Blumenau (SC).

 

 (Recebemos esta matéria no dia 16 de janeiro de 2010)

 

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