5ª-feira da 4ª Semana da Páscoa – 16 de Maio de 2019 – Cor: Branco
Evangelho – Jo 13,16-20
Quem recebe aquele que eu enviar, me recebe a mim
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 13,16-20:
Depois de lavar os pés dos discípulos,
Jesus lhes disse:
16 Em verdade, em verdade vos digo:
o servo não está acima do seu senhor
e o mensageiro não é maior que aquele que o enviou.
17 Se sabeis isto, e o puserdes em prática,
sereis felizes.
18 Eu não falo de vós todos.
Eu conheço aqueles que escolhi,
mas é preciso que se realize o que está na Escritura:
‘Aquele que come o meu pão
levantou contra mim o calcanhar.’
19 Desde agora vos digo isto,
antes de acontecer,
a fim de que, quando acontecer,
creiais que eu sou.
20 Em verdade, em verdade vos digo,
quem recebe aquele que eu enviar,
me recebe a mim;
e quem me recebe,
recebe aquele que me enviou.’
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
Concílio Vaticano II
Constituição Dogmática sobre a Revelação, «Dei Verbum», §§ 7-8
«Quem recebe aquele que Eu enviar, a Mim recebe»
Deus dispôs amorosamente que permanecesse íntegro e fosse transmitido a todas as gerações tudo quanto tinha sido revelado para salvação de todos os povos. Por isso, Cristo Senhor, em quem se consuma toda a revelação do Deus Altíssimo (2Cor 1,20; 3,16-4,6), mandou aos Apóstolos que pregassem a todos, como fonte de toda a verdade salutar e de toda a disciplina de costumes, o Evangelho prometido antes pelos profetas e por Ele cumprido e promulgado pessoalmente, comunicando-lhes assim os dons divinos.
Isto foi realizado com fidelidade, tanto pelos Apóstolos que, na sua pregação oral, exemplos e instituições transmitiram aquilo que tinham recebido dos lábios, do trato e das obras de Cristo, e o que tinham aprendido por inspiração do Espírito Santo, como por aqueles Apóstolos e varões apostólicos que, sob a inspiração do mesmo Espírito Santo, escreveram a mensagem da salvação.
Porém, para que o Evangelho fosse perenemente conservado íntegro e vivo na Igreja, os Apóstolos deixaram os bispos como seus sucessores, «entregando-lhes o seu próprio ofício de magistério» (Santo Irineu). Portanto, esta Sagrada Tradição e a Sagrada Escritura dos dois Testamentos são como um espelho no qual a Igreja peregrina na Terra contempla a Deus, de quem tudo recebe, até ser conduzida a vê-lO face a face tal qual Ele é (1Jo 3,2). […]
Esta Tradição apostólica progride na Igreja sob a assistência do Espírito Santo. Com efeito, progride a percepção, tanto das coisas como das palavras transmitidas, quer mercê da contemplação e do estudo dos crentes, que as meditam no seu coração (Lc 2,19.51), quer mercê da íntima inteligência que experimentam das coisas espirituais, quer mercê da pregação daqueles que, com a sucessão do episcopado, receberam o carisma da verdade. Isto é, a Igreja tende continuamente, no decurso dos séculos, para a plenitude da verdade divina, até que nela se realizem as palavras de Deus.
Com o Papa e toda a Igreja, neste mês de maio, rezemos na seguinte intenção:
Pela evangelização
A missão dos leigos
Para que os fiéis leigos realizem a sua missão específica colocando a sua criatividade ao serviço dos desafios do mundo atual.