Leituras Bíblicas
“Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna” (Jo 6,68)!
Dia 01 de julho de 2010
Quinta-feira da 13ª semana do Tempo Comum
A Igreja celebra hoje: São Galo (489-554) –Leia sua vida clicando: http://www.paulinas.org.br/diafeliz/santo.aspx?Dia=1&Mes=7
Livro de Amós 7,10-17:
Amacias, sacerdote de Betel, mandou dizer a Jeroboão, rei de Israel: "Amós conspira contra ti, no meio da casa de Israel. A terra não pode suportar mais os seus oráculos.
Pois Amós disse o seguinte: ‘Jeroboão morrerá pela espada e Israel será deportado para longe da sua terra.’"
Amacias disse, então, a Amós: "Sai daqui, vidente, foge para a terra de Judá e come lá o teu pão, profetizando.
Mas não continues a profetizar em Betel, porque aqui é o santuário do rei e o templo do reino."
Amós respondeu a Amacias: "Eu não era profeta, nem filho de profeta. Era pastor e cultivava frutos de sicômoros.
O Senhor pegou em mim, quando eu andava atrás do meu rebanho, e disse-me: ‘Vai, e profetiza ao meu povo de Israel’.
Ouve, pois, agora, a palavra do Senhor: Tu dizes-me: ‘Não profetizes contra Israel, nem profiras oráculos contra a casa de Isaac.’
Por isso, diz o Senhor: ‘A tua mulher será desonrada na cidade, os teus filhos e as tuas filhas cairão à espada, e a tua terra será repartida na corda; tu morrerás numa terra impura, e Israel será levado cativo para longe da sua terra!’"
Livro de Salmos 19,8.9.10.11:
A lei do Senhor é perfeita, reconforta o espírito; as ordens do Senhor são firmes, dão sabedoria ao homem simples.
Os mandamentos do Senhor são retos, alegram o coração; os preceitos do Senhor são claros, iluminam os olhos.
O temor do Senhor é puro, permanece para sempre. As sentenças do Senhor são verdadeiras, todas elas são justas.
São mais desejáveis que o ouro, o ouro mais fino; são mais doces que o mel, o puro mel dos favos.
Evangelho segundo S. Mateus 9,1-8:
Depois disto, subiu para o barco, atravessou o mar e foi para a sua cidade.
Apresentaram-lhe um paralítico, deitado numa cama. Vendo Jesus a fé deles, disse ao paralítico: «Filho, tem confiança, os teus pecados estão perdoados.»
Alguns doutores da Lei disseram consigo: «Este homem blasfema.»
Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse-lhes: «Porque alimentais esses maus pensamentos nos vossos corações?
Que é mais fácil dizer: ‘Os teus pecados te são perdoados’, ou: ‘Levanta-te e anda’?
Pois bem, para que saibais que o Filho do Homem tem, na terra, poder para perdoar pecados disse Ele ao paralítico: ‘Levanta-te, toma a tua cama e vai para tua casa.»
E ele, levantando-se, foi para sua casa.
Ao ver isto, a multidão ficou dominada pelo temor e glorificou a Deus, por ter dado tal poder aos homens.
Comentário ao Evangelho do dia feito por
Isaac de l’Étoile (?-c. 1171), monge cisterciense
Homilia 11 (a partir da trad. breviário; cf Orval)
«Quem pode perdoar os pecados se não só Deus?» (Mc 2, 7)
Há duas coisas que pertencem apenas a Deus: a honra de receber a confissão e o poder de perdoar. Devemos confessar-nos a Ele e esperar d’Ele o perdão. Com efeito, perdoar os pecados pertence unicamente a Deus; por isso é apenas a Ele que devemos confessá-los. Mas o Todo-Poderoso, o Altíssimo, tendo tomado uma esposa fraca e insignificante, fez dela uma rainha. E colocou-a a Seu lado, ela que estava a Seus pés; pois foi do Seu lado que ela saiu e foi por aí que Ele a desposou (Gn 2,22; Jo 19,34). E, tal como tudo o que pertence ao Pai é do Filho e tudo o que é do Filho é do Pai pela unidade da Sua natureza (Jo 17,10), assim também o esposo deu todos os Seus bens à esposa e tomou sobre Si tudo o que pertence à esposa, que uniu a Si mesmo e também a Seu Pai. […]
É por isso que o Esposo, que é uno com o Pai e com a esposa, lhe retirou tudo o que nela havia de estranho, fixando-o na cruz em que carregou os pecados dela, pregando-os ao madeiro e destruindo-os pelo madeiro. Ele assumiu o que era natural e próprio da esposa; e deu à esposa o que era divino e próprio d’Ele. […] Ele partilha assim a fraqueza da esposa e os seus gemidos, e tudo é comum ao Esposo e à esposa: a honra de receber a confissão e o poder de perdoar. Tal é a razão desta frase: «Vai mostrar-te ao sacerdote» (Mc 1,44).