Dia 06 de julho de 2017 – Quinta-feira da 13ª semana do Tempo Comum
No Brasil, Ano Mariano, instituído pela CNBB em comemoração do 300º aniversário do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida nas águas do Rio Paraíba, em São Paulo – “Bem-aventurada é aquela que acreditou” (Lc 1,45)!
Evangelho segundo S. Mateus 9,1-8:
Naquele tempo, Jesus subiu para um barco, atravessou o mar e foi para a cidade de Cafarnaum.
Apresentaram-Lhe então um paralítico que jazia numa maca. Ao ver a fé daquela gente, Jesus disse ao paralítico: «Filho, tem confiança; os teus pecados estão perdoados».
Alguns escribas disseram para consigo: «Este homem está a blasfemar».
Mas Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse: «Porque pensais mal em vossos corações?
Na verdade, que é mais fácil: dizer: ‘Os teus pecados estão perdoados’, ou dizer: ‘Levanta-te e anda’?
Pois bem. Para saberdes que o Filho do homem tem na terra o poder de perdoar os pecados, ‘Levanta-te __ disse Ele ao paralítico __ toma a tua maca e vai para casa’.
O homem levantou-se e foi para casa.
Ao ver isto, a multidão ficou cheia de temor e glorificava a Deus por ter dado tal poder aos homens.
Comentário do dia
Isaac da Estrela (?-c. 1171), monge cisterciense
Homilia 11, PL 194, 1728A–1729C
«Quem pode perdoar os pecados se não só Deus?» (Mc 2,7)
Há duas coisas que pertencem apenas a Deus: a honra de receber a confissão e o poder de perdoar. Devemos confessar-nos a Ele e esperar dele o perdão. Com efeito, perdoar os pecados pertence unicamente a Deus; por isso é apenas a Ele que devemos confessá-los. Mas o Todo-Poderoso, o Altíssimo, tendo tomado uma esposa fraca e insignificante, fez dela uma rainha. E colocou-a a seu lado, ela que estava a seus pés; pois foi do seu lado que ela saiu e foi por aí que Ele a desposou (Gn 2,22; Jo 19,34). E, tal como tudo o que pertence ao Pai é do Filho e tudo o que é do Filho é do Pai, pela unidade da sua natureza (Jo 17,10), assim também o esposo deu todos os seus bens à esposa e tomou sobre Si tudo o que pertence à esposa, que uniu a Si mesmo e também a seu Pai. […]
Foi por isso que o Esposo, que é uno com o Pai e uno com a esposa, lhe retirou tudo o que nela havia de estranho, fixando-o na cruz em que carregou os pecados dela, pregando-os ao madeiro e destruindo-os pelo madeiro. Ele assumiu o que era natural e próprio da esposa; e deu à esposa o que era divino e próprio dele. […] Deste modo, Ele partilha a fraqueza da esposa e os seus gemidos, e tudo é comum ao Esposo e à esposa: a honra de receber a confissão e o poder de perdoar. Tal é a razão desta frase: «Vai mostrar-te ao sacerdote» (Mc 1,44).
Neste mês de julho, com e Papa e toda a Igreja, rezemos na seguinte intenção:
Pela Evangelização: Pelos nossos irmãos que se afastaram da fé, para que, através da nossa oração e do nosso testemunho evangélico, possam redescobrir a proximidade do Senhor misericordioso e a beleza da vida cristã.