6ª-feira da 3ª Semana da Páscoa
23 de Abril de 2021
Cor: Vermelho
Evangelho – Jo 6,52-59
A minha carne é verdadeira comida
e o meu sangue, verdadeira bebida.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 6,52-59:
Naquele tempo:
52 Os judeus discutiam entre si, dizendo:
‘Como é que ele pode dar a sua carne a comer?’
53 Então Jesus disse:
‘Em verdade, em verdade vos digo,
se não comerdes a carne do Filho do Homem
e não beberdes o seu sangue,
não tereis a vida em vós.
54 Quem come a minha carne
e bebe o meu sangue
tem a vida eterna,
e eu o ressuscitarei no último dia.
55 Porque a minha carne é verdadeira comida
e o meu sangue, verdadeira bebida.
56 Quem come a minha carne
e bebe o meu sangue
permanece em mim e eu nele.
57 Como o Pai, que vive, me enviou,
e eu vivo por causa do Pai,
assim o que me come
viverá por causa de mim.
58 Este é o pão que desceu do céu.
Não é como aquele que os vossos pais comeram.
Eles morreram.
Aquele que come este pão viverá para sempre.’
59 Assim falou Jesus,
ensinando na sinagoga em Cafarnaum.
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
Simeão
o Novo Teólogo (c. 949-1022), monge grego
«Hinos», 51, SC 196
«Quem comer deste pão viverá eternamente»
Assim como, no passado, o mar aberto pela vara de Moisés e o maná descido do Céu eram apenas figuras e símbolos da verdade — o mar, do batismo, e o maná, do Salvador –, assim também as coisas de que falamos são símbolo e figura de realidades dotadas de incomparável transcendência e de glória, na medida em que o incriado transcende por natureza o criado. Com efeito, o maná que os homens comeram no deserto, chamado «pão e alimento dos anjos», cessou, desapareceu, e todos os que dele comeram morreram já; porque esse maná não participava da vida verdadeira, ao passo que a carne do meu Senhor, estando divinizada e cheia de vida, permite que todos os que dela comerem participem na vida, tornando-os imortais. […]
Ele começou por me despojar da corrupção e da morte, tornando-me inteiramente livre, sensível e conscientemente, e — mistério mais espantoso que todos os outros — Ele, que é o Criador de todas as coisas, fez de mim um novo Céu e fixou em mim a sua morada, favor de que nenhum dos santos dos tempos antigos foi considerado digno.
Com efeito, no passado, Ele falava por meio do Espírito divino, e era pela operação deste Espírito que realizava as suas maravilhas, mas nunca por nunca Deus Se uniu substancialmente a ninguém antes de Cristo, meu Deus, Se tornar homem. Foi Cristo que, tendo tomado um corpo, deu o seu Espírito divino e, por meio dele, Se uniu substancialmente a todos os crentes, formando entre eles uma união inseparável.
Com o Papa e toda a Igreja, neste mês, rezemos pela Intenção universal:
Os direitos fundamentais
Rezemos por aqueles que arriscam a vida lutando pelos direitos fundamentais nas ditaduras, nos regimes autoritários e também nas democracias em crise.