«Que fostes ver ao deserto?» – Bem-aventurado Charles de Foucauld, eremita e missionário

Leituras Bíblicas

“Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna” (Jo 6,68)!

Dia 16 de dezembro de 2010

 Quinta-feira da 3a semana do Advento

A Igreja celebra hoje: Santa Adelaide (Século X) – Conheça sua vida clicando: http://www.paulinas.org.br/diafeliz/santo.aspx?Dia=16&Mes=12&SantoID=530

Livro de Isaías 54,1-10:

Exulta de alegria, estéril, tu que não tinhas filhos, entoa cânticos de júbilo, tu que não davas à luz, porque os filhos da desamparada são mais numerosos do que os da mulher casada. É o Senhor quem o diz.
Alarga o espaço da tua tenda, estende sem medo as lonas que te abrigam, e estica as tuas cordas, fixa bem as tuas estacas,
porque vais aumentar por todos os lados. Os teus descendentes possuirão as nações, e povoarão cidades desertas.
Não tenhas medo, porque não voltarás a ser humilhada. Não te envergonhes, porque não voltarás a ser desonrada. Esquecer-te-ás da vergonha do teu estado de solteira, e não te lembrarás do opróbrio da tua viuvez.
Com efeito, o teu criador é que é o teu esposo, o seu nome é Senhor do universo. O teu redentor é o Santo de Israel, chama-se Deus de toda a terra.
O Senhor chamou-te novamente como a uma mulher abandonada e angustiada. Na verdade, como se pode repudiar a esposa da juventude? É o teu Deus quem o diz.
Por um curto momento Eu te abandonei, mas, com grande amor, volto a unir-me contigo.
Num acesso de ira, e por um instante, escondi de ti a minha face, mas Eu tenho por ti um amor eterno. É o Senhor teu redentor quem o diz.
Vou agir como no tempo de Noé: jurei que nunca mais o dilúvio se abateria sobre a terra. Do mesmo modo, juro nunca mais me irritar contra ti, nem te ameaçar.
Ainda que os montes sejam abalados e tremam as colinas, o meu amor por ti nunca mais será abalado, e a minha aliança de paz nunca mais vacilará. Quem o diz é o Senhor, que tanto te ama.

Livro de Salmos 30,2.4.5-6.11-12.13:
 
Senhor, eu te enalteço, porque me salvaste e não permitiste que os inimigos se rissem de mim.
Senhor, livraste a minha alma da mansão dos mortos, poupaste-me a vida, para eu não descer ao túmulo.
Cantai salmos ao Senhor, vós que o amais, e dai-lhe graças, lembrando a sua santidade.
A sua indignação dura apenas um instante, mas a sua benevolência é para toda a vida. Ao cair da noite, vem o pranto; e, ao amanhecer, volta a alegria.
Ouve-me, Senhor, tem compaixão de mim; Senhor, vem em meu auxílio.
Tu converteste o meu pranto em festa, tiraste-me o luto e vestiste-me de júbilo.
Por isso o meu coração te cantará sem cessar. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre.

Evangelho segundo S. Lucas 7,24-30:

Depois de os mensageiros de João se terem retirado, Jesus começou a dizer à multidão acerca dele: «Que fostes ver no deserto? Uma cana agitada pelo vento?
Que fostes ver, então? Um homem vestido com roupas finas? Os que usam trajes sumtuosos vivem regaladamente e estão nos palácios dos reis.
Que fostes ver, então? Um profeta? Sim, Eu vo-lo digo, e mais do que um profeta.
É aquele de quem está escrito: ‘Vou mandar à tua frente o meu mensageiro, que preparará o caminho diante de ti.’
Digo-vos: Entre os nascidos de mulher não há profeta maior do que João; mas, o mais pequeno do Reino de Deus é maior do que ele.»
E todo o povo que o escutou, bem como os cobradores de impostos, reconheceram a justiça de Deus, recebendo o batismo de João.
Mas, não se deixando baptizar por ele, os fariseus e os doutores da Lei anularam os desígnios de Deus a seu respeito.

Comentário ao Evangelho do dia feito por
Bem-aventurado Charles de Foucauld (1858-1916), eremita e missionário no Saara
Carta ao Padre Jerónimo de 19 de Maio 1898

«Que fostes ver ao deserto?»

É preciso passar pelo deserto e aí permanecer para receber a graça de Deus; é lá que nos esvaziamos, que extraímos de nós tudo o que não é de Deus e que esvaziamos completamente esta pequena casa da nossa alma para deixar todo o espaço apenas para Deus. Os judeus passaram pelo deserto, Moisés viveu lá antes de receber a sua missão, São Paulo e São João Crisóstomo prepararam-se no deserto. […] É um tempo de graça, é um período pelo qual toda a alma que quer produzir frutos tem necessariamente de passar. Ela precisa deste silêncio, deste recolhimento, deste esquecimento de todo o criado, no meio dos quais Deus estabelece o Seu reino e forma nela o espírito interior: a vida íntima com Deus, a conversa da alma com Deus na fé, na esperança e na caridade. Mais tarde, a alma produzirá frutos exatamente na medida em que o homem interior se tiver formado nela (Ef 3,16). […]

Não se dá o que se não tem e é na solidão, nesta vida apenas e só com Deus, neste recolhimento profundo da alma que esquece tudo para viver exclusivamente em união com Deus, que Deus Se dá inteiramente àquele que se dá assim a Ele. Dai-vos inteiramente somente a Ele […] e Ele Se dará inteiramente a vós. […] Vede São Paulo, São Bento, São Patrício, São Gregório Magno e tantos outros, quão longos tempos de recolhimento e de silêncio! Subi mais acima: olhai para São João Batista, olhai para Nosso Senhor. Nosso Senhor não tinha necessidade disso, mas quis dar-nos o exemplo.

 

 

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