Leituras Bíblicas
"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna" (Jo 6,68)!
Dia 10 de maio de 2010
Segunda-feira da 6ª semana da Páscoa
A Igreja celebra hoje: Damião de Molokai, Bem-aventurado (1840-1889) – Leia sua vida clicando: http://www.paulinas.org.br/diafeliz/santo.aspx?Dia=10&Mes=5
Livro dos Atos dos Apóstolos 16,11-15:
Embarcamos em Trôade e fomos diretamente a Samotrácia; no dia seguinte, fomos a Neápoles
e de lá, a Filipos, cidade de primeira categoria deste distrito da Macedônia, e colônia. Estivemos aí durante alguns dias.
No dia de sábado, saímos fora de portas, em direção à margem do rio, onde era costume haver oração. Depois de nos sentarmos, começamos a falar às mulheres que lá se encontravam reunidas.
Uma das mulheres chamada Lídia, negociante de púrpura, da cidade de Tiatira e temente a Deus, pôs-se a escutar. O Senhor abriu-lhe o coração para aderir ao que Paulo dizia.
Depois de ter sido batizada, bem como os de sua casa, fez este pedido: «Se me considerais fiel ao Senhor, vinde ficar na minha casa.» E obrigou-nos a isso.
Livro de Salmos 149(148),1-2.3-4.5-6.9:
Cantai ao SENHOR um cântico novo; louvai-o na assembleia dos fiéis!
Alegre-se Israel no seu criador; regozije-se o povo de Sião no seu rei!
Louvem o seu nome com danças; cantem-lhe ao som de harpas e tambores!
O SENHOR ama o seu povo e honra os humildes com a vitória!
Exultem de alegria os fiéis pelo triunfo de Deus e cantem jubilosos em seus leitos!
Entoem bem alto os louvores de Deus, com a espada de dois gumes na mão,
para lhes aplicarem a sentença que estava determinada. Esta é a glória de todos os seus fiéis.
Evangelho segundo S. João 15,26-27.16,1-4:
«Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, que procede do Pai, e que Eu vos hei de enviar da parte do Pai, Ele dará testemunho a meu favor.
E vós também haveis de dar testemunho, porque estais comigo desde o princípio.»
«Dei-vos a conhecer estas coisas para não vos perturbardes.
Sereis expulsos das sinagogas; há de chegar mesmo a hora em que quem vos matar julgará que presta um serviço a Deus!
E farão isto por não terem conhecido o Pai nem a mim.
Deixo-vos ditas estas coisas, para que, quando chegar a hora, vos lembreis de que Eu vo-las tinha dito. Não vo-las disse, porém, desde o princípio, porque Eu estava convosco.»
Comentário ao Evangelho do dia feito por
Paulo VI, Papa de 1963 a 1978
Exortação apostólica «Evangelii nuntiandi», cap. 7, § 75 – Copyright © Libreria Editrice Vaticana
«Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, […] Ele dará testemunho a Meu favor
Repleta do conforto do Espírito Santo, a Igreja vai crescendo. Ele é a alma desta mesma Igreja. É Ele que faz com que os fiéis possam entender os ensinamentos de Jesus e o Seu mistério. Ele é Aquele que, hoje ainda, como nos inícios da Igreja, age em cada um dos evangelizadores que se deixa possuir e conduzir por Ele, e põe na sua boca as palavras que ele sozinho não poderia encontrar, ao mesmo tempo que predispõe a alma daqueles que escutam, a fim de a tornar aberta e acolhedora para a Boa Nova e para o reino anunciado.
As técnicas da evangelização são boas, obviamente; mas ainda as mais aperfeiçoadas não podem substituir a ação discreta do Espírito Santo. A preparação mais apurada do evangelizador nada faz sem Ele. De igual modo, a dialética mais convincente, sem Ele, permanece impotente em relação ao espírito dos homens. E ainda os mais bem elaborados esquemas com base sociológica e psicológica, sem Ele, em breve se demonstram desprovidos de valor.
Vivemos na Igreja um momento privilegiado do Espírito. Procura-se por toda a parte conhecê-Lo melhor, tal como a Escritura O revela. De bom grado as pessoas se colocam sob a Sua moção. Fazem-se assembleias em torno Dele. Aspira-se, enfim, a deixar-se conduzir por Ele. É um fato que o Espírito de Deus tem um lugar eminente em toda a vida da Igreja; mas é na missão evangelizadora da mesma Igreja que Ele mais age.
Não foi por acaso que o grande ponto de partida da evangelização sucedeu na manhã do Pentecostes, sob a inspiração do Espírito. Pode-se dizer que o Espírito Santo é o agente principal da evangelização […]. Mas pode-se dizer igualmente que Ele é o termo da evangelização: de fato, se Ele suscita a nova criação, a humanidade nova que a evangelização há de ter como objetivo, com a unidade na variedade que a mesma evangelização intenta promover na comunidade cristã. Através Dele, do Espírito Santo, o Evangelho penetra no coração do mundo, porque é Ele que faz discernir os sinais dos tempos – os sinais de Deus -, que a evangelização descobre e valoriza no interior da história.