Dia 29 de janeiro de 2018 – Segunda-feira da 4ª semana do Tempo Comum
Ano do Laicato, instituído pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, tendo se iniciado no Domingo de Cristo Rei, 26 de novembro de 2017, e estendendo-se até o Domingo de Cristo Rei de 2018. Objetivo: “Como Igreja, Povo de Deus, celebrar a presença e a organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil; aprofundar a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão; e testemunhar Jesus Cristo e seu Reino na sociedade”.
Evangelho segundo S. Marcos 5,1-20:
Naquele tempo, Jesus e os seus discípulos chegaram ao outro lado do mar, à região dos gerasenos.
Logo que Ele desembarcou, saiu ao seu encontro, dos túmulos onde morava, um homem possesso de um espírito impuro.
Já ninguém conseguia prendê-lo, nem sequer com correntes,
pois estivera preso muitas vezes com grilhões e cadeias e ele despedaçava os grilhões e quebrava as cadeias. Ninguém era capaz de dominá-lo.
Andava sempre, de dia e de noite, entre os túmulos e pelos montes, a gritar e a ferir-se com pedras.
Ao ver Jesus de longe, correu a prostrar-se diante dEle e disse,
clamando em alta voz: «Que tens a ver comigo, Jesus, Filho de Deus Altíssimo? Conjuro-Te, por Deus, que não me atormentes».
Porque Jesus dizia-lhe: «Espírito impuro, sai desse homem».
E perguntou-lhe: «Qual é o teu nome?». Ele respondeu: «O meu nome é ‘Legião’, porque somos muitos».
E suplicava instantemente que não os expulsasse daquela região.
Ora, ali junto do monte, andava pastando uma grande vara de porcos.
Os espíritos impuros pediram a Jesus: «Manda-nos para os porcos e entraremos neles».
Jesus consentiu. Então os espíritos impuros saíram do homem e entraram nos porcos. A vara, que era de cerca de dois mil, lançou-se ao mar, do precipício abaixo, e os porcos afogaram-se.
Os guardadores fugiram e levaram a notícia à cidade e aos campos; e, de lá, vieram ver o que tinha acontecido.
Ao chegarem junto de Jesus, viram, sentado e em perfeito juízo, o possesso que tinha tido a legião; e ficaram cheios de medo.
Os que tinham visto narraram o que havia acontecido ao possesso e o que se passara com os porcos.
Então pediram a Jesus que Se retirasse do seu território.
Quando Ele ia subindo para o barco, o homem que tinha sido possesso pediu-Lhe que o deixasse ir com Ele.
Jesus não lhe permitiu, mas disse-lhe: «Vai para casa, para junto dos teus, conta-lhes tudo o que o Senhor te fez e como teve compaixão de ti».
Então ele foi-se embora e começou a apregoar na Decápole o que Jesus tinha feito por ele. E todos ficavam admirados.
Comentário do dia
Beato Charles de Foucauld (1858-1916), eremita e missionário no Saara
Meditações sobre os Evangelhos, n.° 194
«Quando Ele ia subindo para o barco, o homem que tinha sido possesso pediu-Lhe que o deixasse ir com Ele. Jesus não lhe permitiu»
A verdadeira, a única perfeição, não é ter este ou aquele tipo de vida, é fazer a vontade de Deus; é ter a vida que Deus quer, onde Ele quer, e vivê-la como Ele próprio a viveria. Quando Ele nos permite escolher, então sim, procuremos segui-lo passo a passo o mais exatamente possível, partilhar a sua vida tal como ela foi, como os apóstolos fizeram ao longo da sua vida e após a sua morte […]. Se Deus permite esta escolha, esta liberdade, é precisamente porque quer que abramos as nossas velas ao vento do puro amor e, empurrados por ele, «corramos atrás do seu perfume» (Ct 1,4 LXX), em imitação perfeita, como S. Pedro e S. Paulo. […]
E se um dia Deus quiser tirar-nos, durante algum tempo ou para sempre, deste caminho tão belo e tão perfeito, não nos perturbemos nem nos surpreendamos. Os seus desígnios são insondáveis: poderá fazer por nós, a meio ou no fim da caminho, o que fez ao geraseno no início. Obedeçamos, façamos a sua vontade […], andemos por onde Ele quiser, levemos a vida que a sua vontade designar. Mas aproximemo-nos dele com todas as nossas forças em toda a parte, e vivamos todas as situações, todas as condições, como Ele próprio as teria vivido, comportando-nos como Ele Se teria comportado se, por vontade do Pai, Se tivesse encontrado na situação em que nós nos encontramos.
Com o Papa e toda a Igreja, neste mês de janeiro, rezemos na seguinte intenção:
Pela evangelização: Minorias religiosas na Ásia
Para que, nos países asiáticos, os cristãos, bem como as outras minorias religiosas, possam viver a sua fé com toda a liberdade.