Leituras Bíblicas
Dia 05 de julho de 2011
Ano da Liturgia, especialmente da Eucaristia
– Tema: “Eucaristia, fonte e cume da vida e missão da Igreja”
– Lema: Seus olhos se abriram, e eles o reconheceram” (Lc 24,31)
Terça-feira da 14ª semana do Tempo Comum
Livro de Gênesis 32,23-33:
Levantou-se naquela mesma noite, tomou as suas duas mulheres, as duas escravas e os seus onze filhos, e passou o vau de Jaboc.
Ajudou-os a atravessar a torrente, e passou tudo o que lhe pertencia.
Jacó tendo ficado só, alguém lutou com ele até ao romper da aurora.
Vendo que não podia vencer Jacó, bateu-lhe na coxa, e a coxa de Jacó deslocou-se, quando lutava com ele.
E disse-lhe: «Deixa-me partir, porque já rompe a aurora.» Jacó respondeu: «Não te deixarei partir enquanto não me abençoares.»
Perguntou-lhe então: «Qual é o teu nome?» Ao que ele respondeu: «Jacó.»
E o outro continuou: «O teu nome não será mais Jacó, mas Israel; porque combateste contra Deus e contra os homens e conseguiste resistir.»
Jacó interrogou-o, dizendo: «Peço-te que me digas o teu nome.» «Porque me perguntas o meu nome?» – respondeu ele. E então abençoou-o.
Jacó chamou àquele lugar Penuel; «porque vi um ser divino, face a face, e conservei a vida» – disse ele.
O sol principiara a levantar-se, quando Jacó deixou Penuel, coxeando por causa da sua coxa.
É por isso que os filhos de Israel não comem, ainda hoje, o nervo ciático que está na cavidade da coxa – porque Jacó foi ferido no nervo ciático da coxa, que ficou paralisado.
Livro de Salmos 17(16),1.2-3.6-7.8b.15:
Ouve, Senhor, a minha causa justa, atende ao meu clamor. Escuta a minha oração, que não sai de lábios mentirosos.
Venha de ti a minha sentença, pois os teus olhos descobrem o que é justo.
Perscruta o meu coração, mesmo durante a noite, submete-me à prova de fogo e não encontrarás em mim iniquidade; a minha boca não transgrediu.
Eu te invoco, ó Deus; responde-me! Inclina para mim o ouvido, escuta as minhas palavras.
Mostra-nos a tua misericórdia, Tu, que salvas dos agressores os que buscam refúgio na tua direita.
Guarda-me como à pupila dos teus olhos; esconde-me à sombra das tuas asas,
Eu, porém, pela justiça, contemplarei a tua face e, ao despertar, serei saciado com a tua presença.
Evangelho segundo S. Mateus 9,32-38:
Mal eles se tinham retirado, apresentaram-lhe um mudo, possesso do demônio.
Depois que o demônio foi expulso, o mudo falou; e a multidão, admirada, dizia: «Nunca se viu tal coisa em Israel.»
Os fariseus, porém, diziam: «É pelo chefe dos demônios que Ele expulsa os demônios.»
Jesus percorria as cidades e as aldeias, ensinando nas sinagogas, proclamando o Evangelho do Reino e curando todas as enfermidades e doenças.
Contemplando a multidão, encheu-se de compaixão por ela, pois estava cansada e abatida, como ovelhas sem pastor.
Disse, então, aos seus discípulos: «A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos.
Rogai, portanto, ao Senhor da messe para que envie trabalhadores para a sua messe.»
Comentário ao Evangelho do dia feito por
São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero em Antioquia, depois bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Homilias sobre o Evangelho de Mateus, n°32
«Proclamando o Evangelho do Reino e curando todas as enfermidades»
Jesus Cristo, coberto de desprezo e de insultos pelos Seus inimigos, aplica-Se ainda mais a fazer-lhes o bem. […] Percorria cidades, aldeias e sinagogas, ensinando-nos a responder às calúnias, não com calúnias, mas através de boas obras. Se, ao fazeres o bem ao teu próximo, tens em vista agradar a Deus e não aos homens, façam estes o que fizerem, não deixes tu de fazer o bem; a tua recompensa será maior. […] Eis a razão porque Cristo não esperava que os doentes fossem ter com Ele; Ele próprio ia ter com eles, levando-lhes simultaneamente dois bens essenciais: a Boa Nova do Reino e a cura de todos os seus males.
Para Cristo, isso ainda não era suficiente: manifestava ainda de outra maneira a Sua compaixão. «Contemplando a multidão, encheu-Se de compaixão por ela, pois estava cansada e abatida, como ovelhas sem pastor. Disse, então, aos Seus discípulos: «A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, portanto, ao Senhor da messe para que envie trabalhadores para a sua messe.»» Note-se uma vez mais o Seu desapego à vanglória. Não querendo que toda a gente O seguisse, enviava os Seus discípulos. Queria instruí-los, não apenas para as lutas que iriam suportar na Judeia, mas também para os combates que começariam por toda a terra. […]
Jesus deu aos Seus discípulos o poder de curar os corpos, esperando confiar-lhes o poder, não menos importante, de curar as almas. Repara como mostra ao mesmo tempo a facilidade e a necessidade desta obra. Efetivamente, que foi que Ele disse? «A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos.» Não é à sementeira que vos envio, mas à messe. […] Falando assim, nosso Senhor dava-lhes confiança e mostrava-lhes que o trabalho mais importante já tinha sido realizado.
Com o Papa e toda a Igreja, rezemos nas Intenções do Apostolado da Oração para este mês de julho:
Geral: Para que os cristãos contribuam a aliviar, especialmente nos países mais pobres, o sofrimento material e espiritual dos doentes de AIDS.
Missionária: Para as religiosas que atuam em terras de missão, a fim de que sejam testemunhas da alegria do Evangelho e sinal vivo do amor de Cristo.