Dia 10 de dezembro de 2017 – 2º Domingo do Advento
Ano do Laicato, instituído pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, tendo se iniciado no Domingo de Cristo Rei, 26 de novembro de 2017, e estendendo-se até o Domingo de Cristo Rei de 2018. Objetivo: “Como Igreja, Povo de Deus, celebrar a presença e a organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil; aprofundar a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão; e testemunhar Jesus Cristo e seu Reino na sociedade”.
Evangelho segundo S. Marcos 1,1-8:
Princípio do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus. Está escrito no profeta Isaías:
«Vou enviar à tua frente o meu mensageiro, que preparará o teu caminho.
Uma voz clama no deserto: ‘Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas’».
Apareceu João Baptista no deserto, a proclamar um batismo de penitência para remissão dos pecados.
Acorria a ele toda a gente da região da Judeia e todos os habitantes de Jerusalém, e eram batizados por ele no rio Jordão, confessando os seus pecados.
João vestia-se de pelos de camelo, com um cinto de cabedal em volta dos rins, e alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre.
E, na sua pregação, dizia: «Vai chegar depois de mim quem é mais forte do que eu, diante do qual eu não sou digno de me inclinar para desatar as correias das suas sandálias.
Eu batizo na água, mas Ele batizar-vos-á no Espírito Santo».
Comentário
São Francisco de Sales (1567-1622), bispo de Genebra, doutor da Igreja
Sermão para o 4.º Domingo do Advento
«Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas»
Tendo o povo de Deus sido reduzido à escravatura pelos pagãos e enviado como cativo para o meio dos persas e dos medos, depois de ter sofrido um longo cativeiro, o rei Ciro resolveu livrá-lo dessa servidão e reconduzi-lo à Terra Prometida. Qual poesia divina, o profeta Isaías entoou então estas palavras cheias de beleza: «Povo de Israel, consolai-vos, consolai-vos, diz o Senhor nosso Deus; a vossa consolação não será vã nem inútil. Falai ao coração de Jerusalém […], porque a sua malícia chegou ao fim. E porque as suas iniquidades atingiram o máximo, serão perdoadas.» Por isso, dizia esse grande poeta ao povo de Israel: «Aplanai os vossos caminhos e endireitai as vossas veredas» (40, 1s). […]
Porque é que Deus diz que perdoará ao povo de Israel as suas iniquidades, se é verdade que ele atingiu o cúmulo da sua malícia? Os Padres antigos […] ensinam que estas palavras podem entender-se […] como se Deus dissesse: «Quando eles estão no auge das suas aflições e sentem vivamente o fardo das suas iniquidades nesta escravidão e neste cativeiro, depois de os ter punido pela sua maldade […], olhei-os e tive deles compaixão. Chegados ao pior dos seus dias, bastou-Me o que já tinham sofrido; por isso, as suas iniquidades ser-lhes-ão agora perdoadas. […] Quando atingiram o cúmulo da sua […] ingratidão, quando parecia não terem nenhuma lembrança nem memória de Deus e dos seus benefícios, a sua iniquidade ser-lhes-á perdoada.» […] Quando a Providência de Deus quis mostrar aos homens a sua bondade, isso foi admirável, porque Ele não quis ser induzido por motivação alguma: movido apenas pela sua bondade, comunicou-Se aos homens de uma forma absolutamente maravilhosa.
Quando Ele veio a este mundo, era o tempo em que os homens tinham chegado ao cúmulo da sua malícia: as leis estavam nas mãos de Anás e Caifás […], Herodes reinava e Pôncio Pilatos governava a Judeia; foi nesse tempo que Deus veio ao mundo para nos resgatar e nos libertar da tirania do pecado e da servidão do nosso inimigo.
Neste mês de dezembro, com o Papa e toda a Igreja, rezemos na seguinte intenção:
Universal: Pelos idosos, para que, sustentados pelas famílias e pelas comunidades cristãs, colaborem com a sua sabedoria e experiência na transmissão da fé e na educação das novas gerações.