Leituras Bíblicas
“Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna”(Jo 6,68)!
Dia 31 de julho de 2010
Sábado da 17ª semana do Tempo Comum
A Igreja celebra hoje: Santo Inácio de Loyola (1491-1566) – Leia sua vida clicando: http://www.paulinas.org.br/diafeliz/santo.aspx?Dia=31&Mes=7
Livro de Jeremias 26,11-16.24:
Então, os sacerdotes e os profetas falaram aos príncipes e à multidão: «Este homem merece a morte porque profetizou contra esta cidade, como todos vós ouvistes.»
Jeremias, porém, respondeu aos príncipes e ao povo: «Foi o Senhor que me enviou a profetizar contra este templo e contra esta cidade os oráculos que ouvistes.
Reformai, portanto, a vossa vida e as vossas obras, ouvi a palavra do Senhor, vosso Deus, e o Senhor afastará de vós o mal com que vos ameaça.
Quanto a mim, entrego-me nas vossas mãos. Fazei de mim o que quiserdes e o que melhor vos parecer.
Sabei, porém, que, se me condenardes à morte, sereis responsáveis pelo sangue inocente, assim como esta cidade e os seus habitantes porque, na verdade, foi o Senhor que me enviou para vos transmitir estes oráculos.»
Então, os príncipes e a multidão disseram aos sacerdotes e aos profetas: «Este homem não merece a morte! Foi em nome do Senhor, nosso Deus, que nos falou.»
Quanto a Jeremias, ele gozava da proteção de Aicam, filho de Chafan, para que não fosse entregue nas mãos do povo a fim de ser condenado à morte.
Livro de Salmos 69(68),15-16.30-31.33-34:
Tira-me do lodo, para que não me afunde! Salva-me dos que me odeiam e das águas profundas!
Não me cubram as ondas nem me engula o abismo; que a boca do poço não se feche sobre mim.
Mas a mim, triste e aflito, que a tua salvação, ó Deus, me restabeleça.
Louvarei, com cânticos, o nome de Deus; hei de glorificá-lo com ações de graças.
Que os humildes vejam isto e se alegrem, e os que buscam a Deus se encham de coragem,
porque o Senhor escuta os necessitados e não despreza o seu povo cativo.
Evangelho segundo S. Mateus 14,1-12:
Por aquele tempo, a fama de Jesus chegou aos ouvidos de Herodes, o tetrarca,
e ele disse aos seus cortesãos: «Esse homem é João Batista! Ressuscitou dos mortos e, por isso, se manifestam nele tais poderes miraculosos.»
De fato, Herodes tinha prendido João, algemara-o e metera-o na prisão, por causa de Herodíades, mulher de seu irmão Filipe.
Porque João dizia-lhe: «Não te é lícito possuí-la.»
Quisera mesmo dar-lhe a morte, mas teve medo do povo, que o considerava um profeta.
Ora, quando Herodes festejou o seu aniversário, a filha de Herodíades dançou perante os convidados e agradou a Herodes,
pelo que ele se comprometeu, sob juramento, a dar-lhe o que ela lhe pedisse.
Induzida pela mãe, respondeu: «Dá-me, aqui num prato, a cabeça de João Batista.»
O rei ficou triste, mas, devido ao juramento e aos convidados, ordenou que lha trouxessem
e mandou decapitar João Batista na prisão.
Trouxeram, num prato, a cabeça de João e deram-na à jovem, que a levou à sua mãe.
Os discípulos de João vieram buscar o corpo e sepultaram-no; depois, foram dar a notícia a Jesus.
Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Pedro Damião (1007-1072), eremita e seguidamente bispo, Doutor da Igreja
Sermões 24-25
Precursor na vida e na morte
João foi Precursor de Cristo pelo nascimento, pela pregação, pelo batismo e pela morte. […] Seremos capazes de descobrir uma única virtude, um só gênero de santidade que o Precursor não tenha possuído no mais alto grau? Entre os santos eremitas, nunca nenhum impôs a si mesmo esta regra de ter apenas por alimento mel silvestre, ao qual se junta essa coisa incomestível: gafanhotos! Alguns renunciam ao mundo e fogem dos homens para viver santamente, mas João era apenas uma criança […] quando se adentrou no deserto e escolheu resolutamente viver em solidão. Renunciou a suceder a seu pai no cargo de sacerdote, a fim de poder anunciar com toda a liberdade o Pai verdadeiro e soberano. Os profetas predisseram antecipadamente a vinda do Salvador, os apóstolos e os outros mestres da Igreja atestam que essa vinda teve realmente lugar, mas João mostrou-O presente entre os homens. Muitos guardaram a virgindade e não sujaram a brancura das suas túnicas (cf. Ap 14,4), mas João renunciou a toda a companhia humana, a fim de arrancar pela raiz os mais intensos desejos da carne e, cheio de fervor espiritual, viveu entre os animais selvagens.
João preside ao próprio cerne do coração escarlate dos mártires, como mestre de todos eles: combateu valentemente pela verdade e morreu por ela. Tornou-se o chefe de todos aqueles que lutam por Cristo e, primeiro que todos eles, cravou no céu o estandarte triunfal do martírio.