Dia 05 de agosto de 2017 – Sábado da 17ª semana do Tempo Comum
No Brasil, Ano Mariano, instituído pela CNBB em comemoração do 300º aniversário do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida nas águas do Rio Paraíba, em São Paulo – “Bem-aventurada é aquela que acreditou” (Lc 1,45)!
Evangelho segundo S. Mateus 14,1-12:
Naquele tempo, o tetrarca Herodes ouviu falar da fama de Jesus
e disse aos seus familiares: «Esse homem é João Batista que ressuscitou dos mortos. Por isso é que nele se exercem tais poderes miraculosos».
De fato, Herodes tinha mandado prender João e algemá-lo no cárcere, por causa de Herodíades, a mulher de seu irmão Filipe.
Porque João dizia constantemente a Herodes: «Não te é permitido tê-la por mulher».
E embora quisesse dar-Lhe a morte, tinha receio da multidão, que o considerava como profeta.
Ocorreu entretanto o aniversário de Herodes e a filha de Herodíades dançou diante dos convidados. Agradou de tal maneira a Herodes,
que este lhe prometeu com juramento dar-lhe o que ela pedisse.
Instigada pela mãe, ela respondeu: «Dá-me agora mesmo num prato a cabeça de João Batista».
O rei ficou consternado, mas por causa do juramento e dos convidados, ordenou que lha dessem
e mandou decapitar João no cárcere.
A cabeça foi trazida num prato e entregue à jovem, que a levou a sua mãe.
Os discípulos de João vieram buscar o seu cadáver e deram-lhe sepultura. Depois foram dar a notícia a Jesus.
Comentário do dia
São Pedro Damião (1007-1072), eremita, bispo, doutor da Igreja
Sermões 24-25
Precursor na vida e na morte
João foi precursor de Cristo pelo seu nascimento, pela sua pregação, pelo seu batismo e pela sua morte. […] Seremos capazes de descobrir uma única virtude, um só gênero de santidade que o precursor não tenha possuído no mais alto grau? Entre os santos eremitas, nunca nenhum impôs a si mesmo a regra de ter por alimento apenas mel silvestre, ao qual se junta essa coisa incomestível: gafanhotos! Alguns renunciam ao mundo e fogem dos homens para viver santamente, mas João era apenas uma criança […] quando se adentrou no deserto e escolheu resolutamente viver em solidão. Renunciou a suceder a seu pai no cargo de sacerdote, a fim de poder anunciar com toda a liberdade o Pai verdadeiro e soberano.
Os profetas predisseram a vinda do Salvador, os apóstolos e os outros mestres da Igreja atestam que essa vinda teve realmente lugar, mas João mostrou-O presente entre os homens. Muitos guardaram a virgindade e não sujaram a brancura das suas túnicas (cf Ap 14,4), mas João renunciou a toda a companhia humana, a fim de arrancar pela raiz os mais intensos desejos da carne, e, cheio de fervor espiritual, viveu entre os animais selvagens.
João preside ao próprio cerne do coração escarlate dos mártires, como mestre de todos eles: combateu valentemente pela verdade e morreu por ela. Tornou-se assim o chefe de todos aqueles que lutam por Cristo e, primeiro que todos eles, cravou no Céu o estandarte triunfal do martírio.
Neste mês de agosto, com o Papa e toda a Igreja, rezemos na seguinte intenção:,
Universal: Pelos artistas do nosso tempo, para que, através das obras do seu engenho, ajudem todas as pessoas a descobrir a beleza da criação.