“Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna” (João 6, 68)!
Dia 12 de dezembro d3e 2012 – Segunda feira da 3ª semana do Advento
Evangelho segundo S. Mateus 21,23-27:
Em seguida, entrou no templo. Quando estava ensinando, foram ter com Ele os sumos sacerdotes e os anciãos do povo e disseram-lhe: «Com que autoridade fazes isto? E quem te deu tal poder?»
Jesus respondeu-lhes: «Também Eu vou fazer vos uma pergunta. Se me responderdes, digo-vos com que autoridade faço isto.
De onde provinha o batismo de João: do Céu ou dos homens?» Mas eles começaram a pensar entre si: «Se respondermos: 'Do Céu’, vai dizer-nos: 'Porque não lhe destes crédito?’
E, se respondermos: 'Dos homens’, ficamos com receio da multidão, pois todos têm João por um profeta.»
E responderam a Jesus: «Não sabemos.» Disse-lhes Ele, por seu turno: «Também Eu vos não digo com que autoridade faço isto.»
Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Cirilo de Jerusalém (313-350), bispo de Jerusalém e doutor da Igreja
Catequese batismal 12, 6-8
«Porque não lhe destes crédito?»
Os profetas foram enviados com Moisés para curar Israel; mas cuidavam de Israel chorando, sem conseguirem dominar o mal, como disse um deles: «Ai de mim! Desapareceram da terra os justos» (Mq 7,1-2). […] Grande era a ferida da humanidade; «desde a planta dos pés até ao alto da cabeça, não há nada de são em vós. Tudo são feridas, contusões, chagas vivas, que não foram curadas, nem ligadas, nem suavizadas com azeite» (Is 1,6). Os profetas, esgotados pelas lágrimas, diziam: «Quem dera que viesse de Sião a salvação de Israel!» (Sl 13,7) […] E outro profeta suplicava nestes termos: «Senhor, abaixa os céus e desce» (Sl 143,5). As feridas da humanidade excedem os nossos remédios. «Derrubaram os Teus altares e assassinaram os Teus profetas.» (1R 19,10). A nossa miséria não pode ser curada por nós; é de Ti que necessitamos para nos reerguemos.
O Senhor satisfez a oração dos profetas. O Pai não desprezou a nossa raça mortificada; enviou do céu o Seu próprio Filho como médico. «O Senhor que procurais virá brevemente» disse um profeta. Onde? «No Seu santuário» (Ml 3,1), onde apedrejastes o Seu profeta (2Cr 24,21). […] O próprio Deus disse ainda: «Eis que Eu venho para morar no meio de ti, e muitas nações se unirão ao Senhor» (Zc 2,14-15). […] Agora venho reunir todos os povos de todas as línguas, porque «veio para o que era Seu, e os Seus não O receberam» (Jo 1,11).
Vens; e que dás Tu às nações? «Eu virei para reunir os povos e colocarei no meio deles um sinal» (Is 66,18-19). Com efeito, na sequência do Meu combate na cruz, cada um dos Meus soldados levará sobre a fronte o selo real (Ap 7,3). E outro profeta disse: «Inclinou os céus e desceu, com densas nuvens debaixo dos Seus pés». (Sl 17,10). Mas a Sua descida dos céus permaneceu desconhecida dos homens.
Com o Papa e toda a Igreja, neste mês de dezembro, rezemos nas seguintes intenções:
Geral: Para que todos os povos da terra, através do conhecimento e do respeito recíprocos, cresçam na concórdia e na paz.
Missionária: Para que as crianças e os jovens sejam mensageiros do Evangelho e para que sua dignidade seja sempre respeitada e preservada de toda a violência e abuso.