Dia 07 de agosto de 2018 – 3ª-feira da 18ª Semana do Tempo Comum – Cor: Verde
Ano do Laicato, instituído pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, tendo se iniciado no Domingo de Cristo Rei, 26 de novembro de 2017, e estendendo-se até o Domingo de Cristo Rei de 2018. Objetivo: “Como Igreja, Povo de Deus, celebrar a presença e a organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil; aprofundar a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão; e testemunhar Jesus Cristo e seu Reino na sociedade”.
1ª Leitura – Jr 30,1-2.12-15.18-22
Eu te tratei com rudeza
por causa do teu endurecimento no pecado.
Mudarei a sorte das tendas de Jacó.
Leitura do Livro do Profeta Jeremias 30,1-2.12-15.18-22:
1 Palavra que foi dirigida a Jeremias,
da parte do Senhor:
2′ Isto diz o Senhor, Deus de Israel:
Escreve para ti, num livro,
todas as palavras que te falei.
12 Isto diz o Senhor:
Incurável é tua ferida,
maligna tua chaga;
13 não há quem conheça teu diagnóstico;
uma úlcera tem remédio,
mas em ti não se produz cicatrização.
14 Todos os teus amigos te esqueceram,
não te procuram mais;
eu te causei uma ferida, como se fosses inimigo,
como um castigo cruel:
por causa do grande número de maldades
que te fez endurecer no pecado.
15 Por que gritas em teu sofrimento?
É insanável a tua dor.
Eu te tratei com rudeza
por causa das tuas inúmeras maldades
e por causa do teu endurecimento no pecado.
18 Isto diz o Senhor:
Eis que eu mudarei a sorte das tendas de Jacó
e terei compaixão de suas moradias,
a cidade ressurgirá das suas ruínas
e a fortaleza terá lugar para suas fundações;
19 de lá sairão cânticos de louvor e sons festivos.
Hei de multiplicá-los, eles não diminuirão,
hei de glorificá-los, eles não serão humilhados.
20 Teus filhos serão felizes como outrora,
e sua comunidade, estável na minha presença;
e agirei contra todos os que os molestarem.
21 Para chefe será escolhido um dos seus,
e o soberano sairá do seu meio;
eu o incitarei, e ele se aproximará de mim.
Quem dará a vida
em penhor da sua aproximação de mim?
– diz o Senhor.
22 Sereis meu povo
e eu serei vosso Deus.
Palavra do Senhor.
Salmo – Sl 101, 16-18. 19-21. 29.22-23 (R. 20b)
R. O Senhor olhou a terra do alto céu.
16 As nações respeitarão o vosso nome, *
e os reis de toda a terra, a vossa glória;
17 quando o Senhor reconstruir Jerusalém *
e aparecer com gloriosa majestade,
18 ele ouvirá a oração dos oprimidos *
e não desprezará a sua prece.R.
19 Para as futuras gerações se escreva isto, *
e um povo novo a ser criado louve a Deus.
20 Ele inclinou-se de seu templo nas alturas, *
e o Senhor olhou a terra do alto céu,
21 para os gemidos dos cativos escutar *
e da morte libertar os condenados.R.
29 Assim também a geração dos vossos servos +
terá casa e viverá em segurança, *
e ante vós se firmará sua descendência.
22 Para que cantem o seu nome em Sião *
e louve ao Senhor Jerusalém,
23 quando os povos e as nações se reunirem *
e todos os impérios o servirem.R.
Evangelho – Mt 14,22-36
‘Senhor,manda-me ir ao teu encontro,
caminhando sobre a água.’
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 14,22-36:
Depois que a multidão comera até saciar-se,
22 Jesus mandou que os discípulos entrassem na barco
e seguissem, à sua frente, para o outro lado do mar,
enquanto ele despediria as multidões.
23 Depois de despedi-las,
Jesus subiu ao monte, para orar a sós.
A noite chegou, e Jesus continuava ali, sozinho.
24 A barca, porém, já longe da terra,
era agitada pelas ondas, pois o vento era contrário.
25 Pelas três horas da manhã,
Jesus veio até os discípulos, andando sobre o mar.
26 Quando os discípulos o avistaram, andando sobre o mar,
ficaram apavorados, e disseram:
‘É um fantasma’. E gritaram de medo.
27 Jesus, porém, logo lhes disse:
‘Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!’
28 Então Pedro lhe disse:
‘Senhor, se és tu, manda-me ir ao teu encontro,
caminhando sobre a água.’
29 E Jesus respondeu: ‘Vem!’
Pedro desceu da barca e começou a andar sobre a água,
em direção a Jesus.
30 Mas, quando sentiu o vento, ficou com medo
e começando a afundar, gritou: ‘Senhor, salva-me!’
31Jesus logo estendeu a mão, segurou Pedro, e lhe disse:
‘Homem fraco na fé, por que duvidaste?’
32 Assim que subiram no barco, o vento se acalmou.
33 Os que estavam no barco,
prostraram-se diante dele, dizendo:
‘Verdadeiramente, tu és o Filho de Deus!’
34 Após a travessia desembarcaram em Genesaré.
35 Os habitantes daquele lugar, reconheceram Jesus
e espalharam a notícia por toda a região.
Então levaram a ele todos os doentes;
36 e pediam que pudessem, ao menos,
tocar a barra de sua veste.
E todos os que a tocaram, ficaram curados.
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
Isaac o Sírio (século VII)
monge perto de Mossul
Discursos ascéticos, 1.ª série, n.º 62
«Porque duvidaste?»
Àquele cujo coração está fundado na esperança da fé não falta coisa alguma. Embora nada tenha, tudo possui pela fé, como está escrito: «Tudo quanto pedirdes com fé na oração, recebê-lo-eis» e «O Senhor está perto. Não vos inquieteis por coisa alguma» (Mt 21,22; Fl 4,5-6). O intelecto está sempre à procura de meios que lhe permitam reter aquilo que adquiriu; mas a fé diz que, «se não for o Senhor a edificar a casa, em vão trabalham os construtores» (Sl 126,1).
Aquele que reza na fé nunca vive apenas do conhecimento intelectual. Esse saber faz o elogio do temor. O sábio disse: «Feliz aquele que teme no seu coração». Mas o que diz a fé? Que, quando teve medo, Pedro começou a afundar-se. E ainda: «Vós não recebestes um espírito de escravidão, para cair de novo no temor; recebestes, pelo contrário, um espírito de adoção» (Rm 8,15), que nos dá a liberdade da fé e da esperança em Deus.
À dúvida segue-se sempre ao medo […]; o medo e a dúvida manifestam-se na busca das causas e no exame dos fatos, porque o intelecto nunca alcança a paz. A alma está muitas vezes sujeita aos imprevistos, às dificuldades, às numerosas armadilhas que a fazem perigar, mas nem o intelecto nem as diferentes formas de sabedoria podem ajudá-la. Pelo contrário, a fé nunca se deixa vencer por estas dificuldades. […] Vês a fraqueza do conhecimento e o poder da fé? […]
A fé diz: «Tudo é possível a quem crê» (Mc 9,23), «pois a Deus tudo é possível» (10,27). Ó riqueza inefável! Ó mar que nas suas vagas transporta semelhante riqueza, tesouros maravilhosos que dele transbordam pelo poder da fé!
Com o Papa e toda a Igreja, neste mês de agostos rezemos na seguinte intenção:
Universal: As famílias, um tesouro
Para que as grandes escolhas econômicas e políticas protejam a família como um tesouro da humanidade.