Leituras Bíblicas
“Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna” (Jo 6,68)!
Dia 20 de setembro de 2010
Segunda-feira da 25ª semana do Tempo Comum
A Igreja celebra hoje: Santa Cândida (séc. III) – Leia sua vida clicando: http://www.paulinas.org.br/diafeliz/santo.aspx?Dia=20&Mes=9
Livro de Provérbios 3,27-34:
Não negues um benefício a quem dele precisa, se estiver nas tuas mãos poder concedê-lo.
Não digas ao teu próximo: «Vai, e volta depois, amanhã te darei», quando o puderes logo atender.
Não maquines o mal contra teu próximo, quando ele deposita confiança em ti.
Não litigues contra ninguém, sem motivo, quando não te fez mal algum.
Não invejes o homem violento, nem adotes o seu procedimento,
porque o Senhor abomina o homem perverso, mas reserva para os retos a sua intimidade.
A maldição do Senhor cai sobre a casa do ímpio, mas Ele abençoa a morada dos justos.
Ele escarnece dos escarnecedores, mas concede a sua graça aos humildes.
Livro de Salmos 15(14),2-3.4.5:
Aquele que leva uma vida sem mancha, pratica a justiça e diz a verdade com todo o coração;
aquele cuja língua não levanta calúnias e não faz mal ao seu próximo, nem causa prejuízo a ninguém;
aquele que despreza o que é desprezível, mas estima os que temem o Senhor; aquele que não falta ao juramento, mesmo em seu prejuízo;
aquele que não empresta o seu dinheiro com usura, nem se deixa subornar contra o inocente. Quem assim proceder não há de sucumbir para sempre.
Evangelho segundo S. Lucas 8,16-18:
«Ninguém acende uma candeia para a cobrir com um vaso ou para a esconder debaixo da cama; mas coloca-a no candelabro, para que vejam a luz aqueles que entram.
Porque não há coisa oculta que não venha a manifestar-se, nem escondida que não se saiba e venha à luz.
Vede, pois, como ouvis, porque àquele que tiver, ser-lhe-á dado; mas àquele que não tiver, ser-lhe-á tirado mesmo o que julga possuir.»
Comentário ao Evangelho do dia feito por:
São Josemaría Escrivá de Balaguer (1902-1975), presbítero, fundador
Homilia «Trabalho de Deus», em «Amigos de Deus», §§ 61-62
Pôr a candeia no candelabro
«Cristo», escreve um Padre da Igreja, «escolheu-nos para que fôssemos como lâmpadas; para que nos convertêssemos em mestres dos demais; para que atuássemos como fermento; para que vivêssemos como anjos entre os homens, como adultos entre crianças, como espirituais entre gente somente racional; para que fôssemos semente; para que produzíssemos fruto. Não seria necessário abrir a boca, se a nossa vida resplandecesse desta maneira. Sobrariam as palavras, se mostrássemos as obras. Não haveria um só pagão, se nós fôssemos verdadeiramente cristãos.»
Temos de evitar o erro de considerar que o apostolado se reduz ao testemunho de algumas práticas piedosas. Tu e eu somos cristãos mas, ao mesmo tempo e sem solução de continuidade, cidadãos e trabalhadores, com obrigações bem nítidas que temos de cumprir exemplarmente, se deveras queremos santificar-nos. É Jesus Cristo que nos estimula: «Vós sois a luz do mundo. Não se pode ocultar uma cidade situada sobre um monte. Nem se acende uma candeia para a colocar debaixo do alqueire, mas sim sobre o candelabro, e assim alumia quantos estão em casa. Brilhe do mesmo modo a vossa luz diante dos homens, a fim de que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem vosso Pai que está nos céus» (Mt 5,14-16).
Seja qual for, o trabalho profissional converte-se numa luz que ilumina os vossos colegas e amigos. Por isso, costumo repetir […]: que me importa que me digam que fulano de tal é um bom filho meu – um bom cristão -, se é mau sapateiro?! Se não se esforçar por aprender bem o seu ofício, ou por executar o seu trabalho com esmero, não poderá santificá-lo nem oferecê-lo ao Senhor. Ora, a santificação do trabalho ordinário constitui como que o fundamento da verdadeira espiritualidade para aqueles que, como nós, estão decididos a viver na intimidade de Deus, imersos nas realidades temporais.