Leituras Bíblicas
“Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna” (Jo 6,68)!
Dia 21 de novembro de 2010
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, REI DO UNIVERSO – Solenidade
A Igreja celebra hoje: São Gelásio I, Papa (Século V) – Conheça sua vida clicando: http://www.paulinas.org.br/diafeliz/santo.aspx?Dia=21&Mes=11
Livro de 2º Samuel 5,1-3:
Todas as tribos de Israel foram ter com Davi em Hebron e disseram-lhe: «Aqui nos tens: não somos nós da tua carne e do teu sangue?
Tempos atrás, quando Saul era nosso rei, eras tu quem dirigia as campanhas de Israel e o Senhor disse-te: ‘Tu apascentarás o meu povo de Israel e serás o seu chefe.’»
Vieram, pois, todos os anciãos de Israel ter com o rei em Hebron. Davi fez com eles uma aliança diante do Senhor, e eles sagraram-no rei de Israel.
Livro de Salmos 122(121),1-2.4-5:
Que alegria, quando me disseram: «Vamos para a casa do Senhor!»
Os nossos pés detêm-se às tuas portas, ó Jerusalém!
Para lá sobem as tribos, as tribos do Senhor, segundo o costume de Israel, para louvar o nome do Senhor.
Nela estão os tribunais da justiça, os tribunais da casa de Davi.
Carta aos Colossenses 1,12-20:
Dai graças ao Pai, que vos tornou capazes de tomar parte na herança dos santos na luz.
Foi Ele que nos libertou do poder das trevas e nos transferiu para o Reino do seu amado Filho,
no qual temos a redenção, o perdão dos pecados.
É Ele a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criatura;
porque foi nele que todas as coisas foram criadas, no céu e na terra, as visíveis e as invisíveis, os Tronos e as Dominações, os Poderes e as Autoridades, todas as coisas foram criadas por Ele e para Ele.
Ele é anterior a todas as coisas e todas elas subsistem nele.
É Ele a cabeça do Corpo, que é a Igreja. É Ele o princípio, o primogénito de entre os mortos, para ser Ele o primeiro em tudo;
porque foi nele que aprouve a Deus fazer habitar toda a plenitude
e, por Ele e para Ele, reconciliar todas as coisas, pacificando pelo sangue da sua cruz, tanto as que estão na terra como as que estão no céu.
Evangelho segundo S. Lucas 23,35-43:
O povo permanecia ali, a observar; e os chefes zombavam, dizendo: «Salvou os outros; salve-se a si mesmo, se é o Messias de Deus, o Eleito.»
Os soldados também caçoavam dele. Aproximando-se para lhe oferecerem vinagre,
diziam: «Se és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo!»
E por cima dele havia uma inscrição: «Este é o rei dos judeus.»
Ora, um dos malfeitores que tinham sido crucificados insultava-o, dizendo: «Não és Tu o Messias? Salva-te a ti mesmo e a nós também.»
Mas o outro, tomando a palavra, repreendeu-o: «Nem sequer temes a Deus, tu que sofres o mesmo suplício?
Quanto a nós, fez-se justiça, pois recebemos o castigo que as nossas ações mereciam; mas Ele nada praticou de condenável.»
E acrescentou: «Jesus, lembra-te de mim, quando estiveres no teu Reino.»
Ele respondeu-lhe: «Em verdade te digo: hoje estarás comigo no Paraíso.»
Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Gregório de Nissa (c. 335-395), monge e bispo
5.º Sermão da Santa Páscoa (PG 46, 683; Leccionário, p. 367 rev.)
«Pilatos disse: "Aqui está o vosso Rei"» (Jo 19,14).
Bendito seja Deus! Festejemos o Filho único, o Criador dos céus, que lá ascendeu após ter descido às profundezas do inferno, e que envolve a terra inteira com os raios da Sua luz. Festejemos o sepultamento do Filho único e a Sua Ressurreição de vencedor, o júbilo do mundo inteiro e a vida de todos os povos. […]
Tudo isto nos foi obtido assim que o Criador ressurgiu dos mortos, ao rejeitar a ignomínia e transformando, no Seu esplendor divino, o perecível em imperecível. E qual foi a ignomínia rejeitada? Isaías dá-nos a resposta: «Sem figura nem beleza, vimo-Lo sem aspecto atraente, desprezado e abandonado pelos homens» (53, 2-3). E quando ficou Ele sem a Sua glória? Quando carregou aos ombros a madeira da cruz como troféu da Sua vitória sobre o diabo. Assim que Lhe foi posta na cabeça uma coroa de espinhos, a Ele, que coroa os Seus fiéis. Assim que foi revestido de púrpura Aquele que reveste de imortalidade os que renascem da água e do Espírito Santo. Assim que pregaram à madeira o Senhor da vida e da morte. […]
Aquele, porém, que ficou sem a Sua glória foi transfigurado na luz, e o júbilo do mundo despertou com o Seu corpo. […] «O Senhor é Rei, vestido de majestade» (Sl 93 (92),1). De que majestade Se vestiu Ele? De incorruptibilidade, de imortalidade, do chamamento dos Apóstolos, da coroa da Igreja. […] São Paulo é disso testemunho, ao dizer: «É, de fato, necessário que este ser mortal se revista de imortalidade» (1Cor 15,53). E o salmista diz também: «O Teu trono, Senhor, está firme desde sempre, e Tu existes desde a eternidade; o Teu reino é um reino para toda a eternidade, e o Teu domínio estende-se por todas as gerações» (Sl 93 (92),2; 145 (144),13). E ainda: «O Senhor é Rei: alegre-se a terra e rejubile a multidão das ilhas!» (Sl 97 (96),1). A Ele a glória e o poder, amém!