Dia 31 de março de 2016 – 5ª-FEIRA NA OITAVA DA PÁSCOA
Ano Santo Extraordinário da Misericórdia – Sede misericordiosos como vosso Pai é misericordioso (Lc 6,36)!
Evangelho segundo S. Lucas 24,35-48:
Naquele tempo, os discípulos de Emaús contaram o que tinha acontecido no caminho e como tinham reconhecido Jesus ao partir do pão.
Enquanto diziam isto, Jesus apresentou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco».
Espantados e cheios de medo, julgavam ver um espírito.
Disse-lhes Jesus: «Porque estais perturbados e porque se levantam esses pensamentos nos vossos corações?
Vede as minhas mãos e os meus pés: sou Eu mesmo; tocai-Me e vede: um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que Eu tenho».
Dito isto, mostrou-lhes as mãos e os pés.
E como eles, na sua alegria e admiração, não queriam ainda acreditar, perguntou-lhes: «Tendes aí alguma coisa para comer?».
Deram-Lhe uma posta de peixe assado,
que Ele tomou e começou a comer diante deles.
Depois disse-lhes: «Foram estas as palavras que vos dirigi, quando ainda estava convosco: ‘Tem de se cumprir tudo o que está escrito a meu respeito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos’».
Abriu-lhes então o entendimento para compreenderem as Escrituras
e disse-lhes: «Assim está escrito que o Messias havia de sofrer e de ressuscitar dos mortos ao terceiro dia,
e que havia de ser pregado em seu nome o arrependimento e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém.
Vós sois as testemunhas de todas estas coisas».
Comentário do dia
Beato John Henry Newman (1801-1890), teólogo, fundador do Oratório em Inglaterra
Sermões sobre os temas do dia
«A paz esteja convosco»
O coração de cada cristão deve representar a Igreja Católica, dado que o próprio Espírito faz de toda a Igreja, e de cada um dos seus membros, Templo de Deus (1Cor 3,16). Assim como opera a unidade na Igreja que, entregue a si própria, se dividiria em numerosas parcelas, assim também o Espírito torna una a alma, apesar dos seus diversos gostos e das suas faculdades, das suas tendências contraditórias. Assim como dá a paz à multiplicidade das nações, que estão, por natureza, em discórdia umas com as outras, assim também submete a alma a uma gestão ordenada, estabelecendo a razão e a consciência como soberanas sobre os aspectos inferiores da nossa natureza. […] E tenhamos a certeza de que estas duas operações do nosso divino Consolador dependem uma da outra. Enquanto os cristãos não procurarem a unidade e a paz interiores no seu próprio coração, nunca a Igreja viverá em paz e unidade no seio deste mundo que a rodeia. E, de forma bastante semelhante, enquanto a Igreja se encontrar, por todo o mundo, no lamentável estado de desordem que constatamos, não haverá nenhum país específico – parte simples desta Igreja – que não se encontre necessariamente num estado de grande confusão religiosa.
É algo em que faremos bem em meditar na hora presente, porque nos equilibrará as esperanças e nos dissipará as ilusões; não podemos esperar ter paz em nós se estivermos em guerra fora de nós.
Com o Papa e toda a Igreja, neste mês de março, vamos rezar nas seguintes intenções:
Universal: Famílias em dificuldade
Para que as famílias em dificuldade recebam os apoios necessários e as crianças possam crescer em ambientes saudáveis e serenos.
Pela Evangelização: Cristãos perseguidos
Para que os cristãos discriminados ou perseguidos por causa da sua fé permaneçam fortes e fiéis ao Evangelho, graças à oração incessante de toda a Igreja.