“Perdoa ao próximo que te prejudicou: assim, quando orares, teus pecados serão perdoados” (Eclo 28,2) http://migre.me/kK9Z0
Dia 10 de agosto de 2014 – 19º Domingo do Tempo Comum – Ano A
Na Diocese de Blumenau, Triênio Missionário – Ano da Missão com as Lideranças
Evangelho segundo S. Mateus 14,22-33:
Depois de ter saciado a fome à multidão, Jesus obrigou os discípulos a embarcar e a ir adiante para a outra margem, enquanto Ele despedia as multidões.
Logo que as despediu, subiu a um monte para orar na solidão. E, chegada a noite, estava ali só.
O barco encontrava-se já a várias centenas de metros da terra, açoitado pelas ondas, pois o vento era contrário.
De madrugada, Jesus foi ter com eles, caminhando sobre o mar.
Ao verem-no caminhar sobre o mar, os discípulos assustaram-se e disseram: «É um fantasma!» E gritaram com medo.
No mesmo instante, Jesus falou-lhes, dizendo: «Tranquilizai-vos! Sou Eu! Não temais!»
Pedro respondeu-lhe: «Se és Tu, Senhor, manda-me ir ter contigo sobre as águas.»
«Vem» disse-lhe Jesus. E Pedro, descendo do barco, caminhou sobre as águas para ir ter com Jesus.
Mas, sentindo a violência do vento, teve medo e, começando a ir ao fundo, gritou: «Salva-me, Senhor!»
Imediatamente Jesus estendeu-lhe a mão, segurou-o e disse-lhe: «Homem de pouca fé, porque duvidaste?»
E, quando entraram no barco, o vento amainou.
Os que se encontravam no barco prostraram-se diante de Jesus, dizendo: «Tu és, realmente, o Filho de Deus!»
Comentário do dia
Orígenes (c. 185-253), presbítero e teólogo
Comentário sobre o evangelho de Mateus, livro 11, cap. 5-6
«Passemos à outra margem» (Lc 8,22)
Jesus obrigou os discípulos a subirem para o barco e a irem à sua frente para a outra margem, enquanto Ele despedia a multidão. A multidão não podia ir até à outra margem; não eram hebreus, no sentido espiritual da palavra, que se traduz como: «povos da outra margem». Essa obra estava reservada aos discípulos de Jesus: partirem para a outra margem, ultrapassarem o visível e o corpóreo, as realidades temporárias, e serem os primeiros a alcançar o invisível e o eterno. […] E, no entanto, os discípulos não conseguiram chegar antes de Jesus à outra margem […]; talvez Ele quisesse ensinar-lhes, através da experiência, que sem Ele não conseguiriam lá chegar. […] E que barco era esse no qual Jesus obrigou os discípulos entrar? Não seria a luta contra as tentações e as circunstâncias difíceis? […]
Depois subiu à montanha a sós para orar. Por quem orava? Provavelmente pelas multidões, para que, ao serem enviadas depois de terem comido o pão bendito, não fizessem nada de contrário a esse envio de Jesus. Também pelos discípulos […], para que nada de mal lhes acontecesse no mar, com as vagas e o vento contrário. Apetece-me dizer que foi graças a essa oração de Jesus a seu Pai que os discípulos não sofreram nenhum mal, apesar de o mar, as vagas e o vento se encarniçarem contra eles. […]
E nós, se um dia depararmos com tentações inevitáveis, lembremo-nos de que foi Jesus que nos mandou embarcar; não é possível chegar à outra margem sem suportar a prova das vagas e do vento contrário. Depois, quando nos virmos rodeados por inúmeras e penosas dificuldades, cansados de navegar no meio delas com a pobreza dos nossos meios, pensemos que a nossa barca está no meio do mar e que essas vagas tentam «fazer naufragar na nossa fé» (cf 1Tm 1,19). […] Tenhamos então a certeza de que «a noite adianta-se e o dia está próximo» (Rm 13,12), de que o Filho de Deus chegará junto de nós para amansar o mar, caminhando sobre as suas águas.
Neste mês, com o Papa e a Igreja, rezemos nas seguintes intenções:
Universal – Acolher os refugiados
Para que os refugiados, obrigados a abandonar as suas casas por causa da violência, sejam acolhidos com generosidade e vejam respeitados os seus direitos.
Pela Evangelização – Cristãos na Oceânia
Para que os cristãos na Oceânia anunciem com alegria a fé aos povos do continente.