«Para congregar na unidade todos os filhos de Deus que estavam dispersos» – São Cirilo de Alexandria (380-444), bispo, doutor da Igreja

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Dia 08 de abril de 2017 – Sábado da 5ª semana da Quaresma

No Brasil, Ano Mariano (2016 – 12.10 – 2017), instituído pela CNBB em comemoração do 300º aniversário do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida nas águas do Rio Paraíba, em São Paulo  – “Bem-aventurada é aquela que acreditou” (Lc 1,45)!

 

 

Evangelho segundo S. João 8,1-11:

 

Naquele tempo, Jesus foi para o monte das Oliveiras.

Mas de manhã cedo, apareceu outra vez no templo, e todo o povo se aproximou d’Ele. Então sentou-Se e começou a ensinar.

Os escribas e os fariseus apresentaram a Jesus uma mulher surpreendida em adultério, colocaram-na no meio dos presentes e disseram a Jesus:

«Mestre, esta mulher foi surpreendida em flagrante adultério.

Na Lei, Moisés mandou-nos apedrejar tais mulheres. Tu que dizes?».

Falavam assim para Lhe armarem uma cilada e terem pretexto para O acusar. Mas Jesus inclinou-Se e começou a escrever com o dedo no chão.

Como persistiam em interrogá-l’O, ergueu-Se e disse-lhes: «Quem de entre vós estiver sem pecado atire a primeira pedra».

Inclinou-Se novamente e continuou a escrever no chão.

Eles, porém, quando ouviram tais palavras, foram saindo um após outro, a começar pelos mais velhos, e ficou só Jesus e a mulher, que estava no meio.

Jesus ergueu-Se e disse-lhe: «Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?».

Ela respondeu: «Ninguém, Senhor». Disse então Jesus: «Nem Eu te condeno. Vai e não tornes a pecar».

 

 

 

Comentário do dia

São Cirilo de Alexandria (380-444), bispo, doutor da Igreja

Comentário sobre a Carta aos Romanos, 15, 7

«Para congregar na unidade todos os filhos de Deus que estavam dispersos»

 

 

 

Está escrito: «Nós, que somos muitos, constituímos um só corpo em Cristo» (Rm 12,5), porque Cristo nos congrega na unidade, pelos laços do amor: «Ele que, de dois povos, fez um só, destruindo o muro de inimizade que os separava, anulando pela sua carne a Lei, os preceitos e as prescrições» (Ef 2,14-15). Temos, pois, de ter os mesmos sentimentos recíprocos: «Se um membro sofre, todos os membros sofrem com ele; se um membro é honrado, todos os membros se alegram com ele» (1Cor 12,26). Por isso, prossegue São Paulo, «acolhei-vos uns aos outros, como Cristo também vos acolheu, para glória de Deus» (Rm 15,7). Acolhamo-nos uns aos outros, se queremos ter os mesmos sentimentos, «suportando-nos uns aos outros com caridade, solícitos em conservar a unidade de espírito, mediante o vínculo da paz» (Ef 4,2-3) Foi assim que Deus nos acolheu em Cristo, que disse: «Deus amou de tal modo o mundo, que lhe deu o seu Filho único» (Jo 3,16). Com efeito, o Filho foi dado em resgate pela vida de todos nós, e nós fomos libertados da morte, resgatados da morte e do pecado.

 

São Paulo esclarece as perspetivas deste plano de salvação quando afirma que «Cristo Se fez servidor dos circuncisos, a fim de mostrar a veracidade de Deus» (Rm 15,8). Porque Deus tinha prometido aos patriarcas, pais dos judeus, que abençoaria a sua descendência, que seria tão numerosa como as estrelas do céu. Foi por isso que o Verbo, que é Deus, Se manifestou na carne e Se fez homem. Ele mantém na existência toda a criação e assegura o bem de tudo quanto existe, pois é Deus. Mas veio a este mundo e encarnou, «não para ser servido, mas», como Ele próprio afirmou, «para servir e dar a vida em resgate pela multidão» (Mc 10,45).

 

Neste mês de ABRIL, com o Papa e toda a Igreja, rezemos na seguinte intenção:

Universal: Pelos jovens, para que saibam responder com generosidade à própria vocação, considerando seriamente também a possibilidade de se consagrarem ao Senhor no sacerdócio ou na vida consagrada.

 

 

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