30/05/2011 12.00.27
Cidade do Vaticano, 30 mai (Radio Vaticano)
Bento XVI começou esta semana de trabalho recebendo os participantes da Plenária do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização: um grupo de cardeais, bispos e sacerdotes membros do dicastério.
Este Conselho foi criado em junho do ano passado como resposta à crise da vida cristã que se verifica em muitos países de tradições antigas. Como presidente, o papa nomeou Dom Salvatore Fisichella, que na audiência desta manhã, ilustrou a Bento XVI os trabalhos da primeira Assembleia.
A Nova Evangelização e a transmissão da fé cristã serão o tema da XIII Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, em outubro de 2012.
Para o papa, a atual crise traz consigo a exclusão de Deus da vida das pessoas, a indiferença generalizada em relação à fé e a tentativa de marginalizá-la da vida pública. Enquanto no passado a fé plasmou a cultura dos povos, hoje o drama da fragmentação dificulta o sentimento de pertença. Muitas vezes, as pessoas desejam fazer parte da Igreja, mas se deixam dominar por uma visão da vida contrastante com a fé.
Anunciar Jesus Cristo hoje é mais complicado do que no passado; em nossos dias, o anúncio precisa de novo vigor para convencer o homem contemporâneo, distraído e insensível. Nesta difícil relação com a modernidade, é bom esclarecer que ser cristão não é um hábito íntimo a ser praticado em ocasiões especiais, mas é algo vivo e totalizador.
Neste contexto, Bento XVI ressaltou a urgência de uma boa formação das novas gerações, através de um projeto que evidencie a presença da Igreja neste momento tão peculiar.
Ao encerrar seu discurso, o papa recomendou que “o estilo de vida dos cristãos seja crível e coerente com a condição de vida das pessoas às quais se dirigem” e recordou que é mediante a sua conduta que a Igreja pode evangelizar o mundo: com o exemplo de pobreza, despojo e liberdade diante dos poderes mundanos, ou seja, sendo modelo de santidade.
(CM)