Dia 28 de outubro de 2017 – S. Simão e S. Judas, Apóstolos – Festa
No Brasil, Ano Mariano, instituído pela CNBB em comemoração do 300º aniversário do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida nas águas do Rio Paraíba, em São Paulo – “Bem-aventurada é aquela que acreditou” (Lc 1,45)!
Evangelho segundo S. Lucas 6,12-19:
Naqueles dias, Jesus subiu ao monte para rezar e passou a noite em oração a Deus.
Quando amanheceu, chamou os discípulos e escolheu doze entre eles, a quem deu o nome de apóstolos:
Simão, a quem deu também o nome de Pedro, e seu irmão André; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu,
Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado o Zelota;
Judas, irmão de Tiago, e Judas Iscariotes, que veio a ser o traidor.
Depois desceu com eles do monte e deteve-Se num sítio plano, com numerosos discípulos e uma grande multidão de pessoas de toda a Judeia, de Jerusalém e do litoral de Tiro e de Sidónia.
Tinham vindo para ouvir Jesus e serem curados das suas doenças. Os que eram atormentados por espíritos impuros também ficavam curados.
Toda a multidão procurava tocar Jesus, porque saía d’Ele uma força que a todos sarava.
Comentário do dia
Orígenes (c. 185-253), presbítero, teólogo
Contra Celso, I, 62
A palavra dos apóstolos Simão e Judas ressoou por toda a terra
Se Jesus tivesse escolhido para ministros dos seus ensinamentos homens sábios segundo a opinião pública, capazes de compreender e de exprimir ideias caras à multidão, poderiam tê-lo acusado de pregar segundo o método dos filósofos de escola, e o carácter divino da sua doutrina não se teria mostrado com toda a sua evidência. A sua doutrina e a sua pregação teriam consistido «em sabedoria de palavras» (1Cor 1,17) […]; e a nossa fé, semelhante àquela com que se adere às doutrinas dos filósofos deste mundo, assentaria na sabedoria dos homens e não no poder de Deus (cf 1Cor 2,5). Mas, quando vemos pescadores e publicanos sem instrução terem a ousadia de discutir com os judeus a fé em Jesus Cristo, de a pregar ao resto do mundo, e de conseguir lá chegar, não podemos deixar de procurar a origem deste poder de persuasão. Como não podemos deixar de confessar que Jesus cumpriu a sua palavra – «Vinde após Mim e Eu farei de vós pescadores de homens» (Mt 4,19) – nos seus apóstolos por meio de um poder divino.
Também Paulo manifesta este poder quando escreve: «A minha palavra e a minha pregação não consistiram em discursos persuasivos da sabedoria humana, mas na manifestação do Espírito e do poder divino» (1Cor 2,4) […]. O mesmo haviam já dito os profetas, quando anunciaram a pregação do Evangelho: «O Senhor dá a palavra e os anunciadores da Boa Nova são uma multidão», a fim de que «rápida corra a sua palavra» (Sl 67, 12; 147, 4). E, de facto, vemos que «a voz» dos apóstolos de Jesus ressoa «por toda a terra, até aos confins do universo a sua palavra» (Sl 18, 5; Rom 10, 18). É por este motivo que aqueles que escutam a palavra de Deus poderosamente enunciada se enchem de poder, manifestando-o pela sua conduta e pela sua luta em prol da verdade até à morte.
Neste mês de outubro, as intenção apresentada pelo Papa para todos rezarmos é a seguinte:
Universal: Pelo mundo do trabalho, para que sejam assegurados a todos o respeito e a tutela dos direitos e seja dada aos desempregados a possibilidade de contribuírem para a edificação do bem comum.