Neste mês de agosto, dias 11, 12, 13, 18 e 19, realizaram-se reuniões presenciais com os padres de cada uma das cinco comarcas pastorais da Diocese de Blumenau com os respectivos responsáveis da administração, que tem a coordenação do Pe. Almir Negherbon. Pela primeira vez, depois quase seis meses de distanciamento, recomendado pelas normas sanitárias, a alegria de um encontro físico acontecia.
Sob a presidência de Dom Rafael Biernaski, bispo diocesano, cada encontro iniciava-se com a invocação da Trindade, especialmente do Espírito Santo, dezena do terço pelas vocações, leitura do Evangelho e o edificante comentário de Dom Rafael, distribuindo o alimento da Palavra. Em seguida, os padres partilhavam um pouco da sua vida, suas dificuldades e esperanças à luz da Palavra ouvida e acolhida.
Assim, tornaram-se momentos muito ricos em que se davam a conhecer, ainda que suscintamente, a situação emocional, ministerial, pastoral e administrativa de cada padre em sua paróquia. Análises e perspectivas individuais socializadas construíam solidariedade, fraternidade sacerdotal e ocasião de somar no mutirão evangelizador que sofre um desafio não pequeno diante da pandemia do Covid.
Após breve coffee break, constava da agenda a prestação de contas da administração, liderada pelo citado ecônomo diocesano com a assessoria da Sra. Alice Simas Felisberto e do Sr. Ricardo Schaefer. Detalhadas as receitas e despesas da Diocese, de seus diversos setores, seguiam-se comentários e sugestões.
Abraçava-se, por parte de todos os presentes, o apelo da realidade deveras desafiadora que se apresentava concreta, até com certa urgência de encaminhamentos. Afloravam carências, geradas pela falta dos fiéis em celebrações presenciais, pela queda na arrecadação do dízimo, pelo cancelamento de promoções costumeiras. Por outro lado, encorajadoras experiências de superação pelo zelo persistente e pela criatividade que obviamente são obras do Espírito Santo, vinham socializadas.
Diz o Papa Francisco que “tudo será diferente após a pandemia, para melhor ou pior”. Como o eucalipto que, golpeado pelo vento, vai se fortalecendo, assim pode ocorrer, certamente, com nossa fé, nossa esperança e nosso amor. Dessa forma, a pandemia nos tornará melhores cristãos, melhores diocesanos e paroquianos. E porque não dizer, melhores padres!
Texto e imagem: Pe. Raul Kestring