Dia 17 de agosto de 2016 – Quarta-feira da 20ª semana do Tempo Comum
Ano Santo Extraordinário da Misericórdia – Sede misericordiosos como vosso Pai é misericordioso (Lc 6,36)!
Evangelho segundo S. Mateus 20,1-16a:
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola: «O reino dos Céus pode comparar-se a um proprietário, que saiu muito cedo a contratar trabalhadores para a sua vinha.
Ajustou com eles um denário por dia e mandou-os para a sua vinha.
Saiu a meia manhã, viu outros que estavam na praça ociosos
e disse-lhes: ‘Ide vós também para a minha vinha e dar-vos-ei o que for justo’.
E eles foram. Voltou a sair, por volta do meio-dia e pelas três horas da tarde, e fez o mesmo.
Saindo ao cair da tarde, encontrou ainda outros que estavam parados e disse-lhes: ‘Porque ficais aqui todo o dia sem trabalhar?’.
Eles responderam-lhe: ‘Ninguém nos contratou’. Ele disse-lhes: ‘Ide vós também para a minha vinha’.
Ao anoitecer, o dono da vinha disse ao capataz: ‘Chama os trabalhadores e paga-lhes o salário, a começar pelos últimos e a acabar nos primeiros’.
Vieram os do entardecer e receberam um denário cada um.
Quando vieram os primeiros, julgaram que iam receber mais, mas receberam também um denário cada um.
Depois de o terem recebido, começaram a murmurar contra o proprietário, dizendo:
‘Estes últimos trabalharam só uma hora e deste-lhes a mesma paga que a nós, que suportámos o peso do dia e o calor’.
Mas o proprietário respondeu a um deles: ‘Amigo, em nada te prejudico. Não foi um denário que ajustaste comigo?
Leva o que é teu e segue o teu caminho. Eu quero dar a este último tanto como a ti.
Não me será permitido fazer o que quero do que é meu? Ou serão maus os teus olhos porque eu sou bom?’.
Assim, os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos».
Comentário do dia
São Gregório Magno (c. 540-604), papa, doutor da Igreja
Homilias sobre o Evangelho, n.º 19
Os trabalhadores da vinha do Senhor
O Reino dos Céus é comparado a um pai de família que contrata trabalhadores para cultivar a vinha. Ora, quem, a não ser o nosso Criador, merecerá com justiça ser comparado a tal pai de família, Ele que governa aqueles que criou, e que exerce neste mundo o direito de propriedade sobre os seus eleitos como um amo o faz com os servos de sua casa? Ele possui uma vinha, a Igreja universal, que produziu, por assim dizer, tantos sarmentos quantos os santos, desde Abel, o justo, até ao último eleito que nascerá no fim do mundo.
Este Pai de família contrata trabalhadores para cultivar a sua vinha ao nascer do dia, à terceira hora, à sexta, à nona e à décima primeira, dado que não cessa, desde o princípio do mundo até ao fim, de reunir pregadores para instruir a multidão dos fiéis. Para o mundo, o nascer do dia foi de Adão a Noé; a terceira hora, de Noé a Abraão; a sexta, de Abraão a Moisés; a nona, de Moisés até à vinda do Senhor; e a décima primeira, da vinda do Senhor até ao fim do mundo. Os santos apóstolos foram enviados a pregar nesta última hora e, apesar da sua vinda tardia, receberam o salário por completo.
O Senhor não pára, portanto, em tempo algum, de enviar trabalhadores para cultivar a sua vinha, isto é, para ensinar o seu povo. Porque, enquanto fazia frutificar os bons costumes do seu povo através dos patriarcas, dos doutores da Lei e dos profetas, e finalmente dos apóstolos, Ele trabalhava, por assim dizer, no cultivo da sua vinha por intermédio dos seus trabalhadores. Todos aqueles que, a uma fé justa, acrescentaram boas obras, foram os trabalhadores dessa vinha.
Neste mês de agosto, o Papa nos convida a rezarmos com ele nas seguintes intenções:
Universal: Fraternidade no desporto
Para que o desporto seja uma oportunidade de encontro fraterno entre os povos e contribua para a causa da paz no mundo.
Pela Evangelização: Viver o Evangelho
Para que os cristãos vivam o seguimento do Evangelho dando testemunho de fé, de honestidade e de amor pelo próximo.