“Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna” (João 6, 68)!
Dia 01 de fevereiro de 2012 – Quinta-feira da 5ª semana do Tempo Comum
Na Diocese de Blumenau, 1º ano de Triênio Missionário – Ano da Família
Evangelho segundo S. Marcos 7,24-30:
Partindo dali, Jesus foi para a região de Tiro e de Sídon. Entrou numa casa e não queria que ninguém o soubesse, mas não pôde passar despercebido,
porque logo uma mulher que tinha uma filha possessa de um espírito maligno, ouvindo falar dele, veio lançar-se a seus pés.
Era gentia, siro-fenícia de origem, e pedia-lhe que expulsasse da filha o demônio.
Ele respondeu: «Deixa que os filhos comam primeiro, pois não está bem tomar o pão dos filhos para o lançar aos cachorrinhos.»
Mas ela replicou: «Dizes bem, Senhor; mas até os cachorrinhos comem debaixo da mesa as migalhas dos filhos.»
Jesus disse: «Em atenção a essa palavra, vai; o demônio saiu de tua filha.»
Ela voltou para casa e encontrou a menina recostada na cama. O demônio tinha-a deixado.
Comentário ao Evangelho do dia feito por
São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero em Antioquia e depois bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Homilias sobre o Evangelho de Mateus, nº 52, § 2
«Os cachorrinhos comem debaixo da mesa as migalhas dos filhos»
Ao aproximar-se de Jesus, a Cananeia só diz estas palavras: «Tem piedade de mim» (Mt 15,22), e os seus gritos redobrados atraem um grande número de pessoas. Era um espetáculo comovente, ver uma mulher gritar com tanta emoção, uma mãe implorar pela sua filha, uma criança tão duramente maltratada. […] Ela não diz: «tem piedade da minha filha», mas: «tem piedade de mim». «A minha filha não se apercebe do seu mal; eu, pelo contrário, experimento mil sofrimentos, fico doente de a ver naquele estado, fico quase louca de a ver assim.» […]
Jesus responde-lhe: «Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel» (Mt 15,24). Que faz a Cananeia depois de ter escutado estas palavras? Vai-se embora em silêncio? Perde a coragem? Não! Insiste ainda mais. Não é isso que nós fazemos: quando não somos atendidos, retiramo-nos desencorajados, quando o que era preciso era insistir com mais ardor. Quem, na verdade, não ficaria desencorajado com a resposta de Jesus? O Seu silêncio seria suficiente para eliminar toda a esperança. […] Mas esta mulher não perde a coragem, pelo contrário, aproxima-se mais e prostra-se dizendo: «Socorre-me, Senhor (v. 25). […] Se eu fosse um cãozinho nesta casa, já não seria uma estrangeira. Sei muito bem que a comida é necessária aos filhos […], mas não se pode proibi-los de dar as migalhas aos cães. Não as deves recusar-me […], porque eu sou o cãozinho que não se pode mandar embora.»
E, como já previa a Sua resposta, Cristo demorou a satisfazer-lhe a prece. […] As Suas respostas não se destinavam a fazer sofrer a mulher, mas a revelar esse tesouro escondido.
Com o Papa e toda a Igreja, neste mês, rezemos nas seguintes intenções:
Geral – Acesso à água
Para que todos os povos tenham acesso à água e aos recursos necessários ao sustento quotidiano.
Missionária – Profissionais da saúde
Para que o Senhor sustente o esforço dos profissionais de saúde das regiões mais pobres no serviço aos doentes e aos idosos.