De pouco adianta ao mundo dispor de filosofias esporádicas, que costumam ser volúveis ao extremo. Periodicamente se apresentam ideologias que, num primeiro momento, parecem ser a palavra derradeira da humanidade. Mas não há nenhuma que ultrapasse os 100 anos de vigência, para depois ser vítima da voragem dos tempos, e ser substituída por outras. São todos louváveis esforços humanos, mas padecem de autoridade para se impor. Os conceitos de bom senso, de justiça, de direito, de fraternidade, de verdadeira vida familiar, que de fato vigem entre os povos, direta ou indiretamente nascem da Igreja Católica. Os próprios Direitos Humanos tem sua origem nas páginas do Evangelho – e ó curiosidade – às vezes são usados contra a própria Igreja, cujos filhos se esquecem desses valores perenes. É a vontade do divino Mestre que se cumpre, pois Ele queria que sua Igreja fosse sal da terra.
Há um aspecto pouco comentado, que transmite uma força incrível ao mundo moderno. É a presença do Papa, como mestre de pensamentos sólidos de teologia, de moralidade, de convivência pacífica, e de justiça. Haver essa pessoa, revestida de autoridade, cheia de fé e de zelo pela humanidade, é da vontade do próprio Mestre. Ele emprestou uma autoridade a São Pedro, que não foi concedida a nenhuma outra pessoa. Tu, uma vez convertido, confirma os teus irmãos na fé (Lc 22, 32). As Escrituras do Novo Testamento são muito claras em dar a esse Apóstolo uma importância inequívoca de palavra e de decisões. Se Jesus queria esse serviço, então não restringiu sua iniciativa a São Pedro. Mas alargou essa missão para os seus sucessores, através dos tempos. As intervenções do Santo Padre não gozam de unanimidade. Muitos de seus ensinamentos são apodados de retrógrados, o até de medievais. Mas são a palavra do bom senso, do respeito pela pessoa humana. Como se está verificando na questão das células – tronco embrionárias. A ciência, discretamente envergonhada, já descobriu que as células- tronco somáticas, substituem, com vantagens, as primeiras, sem eliminar vidas em formação. Ouçamos sempre com carinho os sábios ensinamentos de Bento XVI, e rezemos diariamente por ele, para que consiga cumprir sua missão.
Dom Aloísio Roque Oppermann (Fonte: Site CNBB, 29 Jun 2009)