4ª-feira da 1ª Semana da Quaresma
9 de Março de 2022
Cor: Roxo
Evangelho – Lc 11,29-32
Nenhum sinal será dado a esta geração
a não ser o sinal de Jonas.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 11,29-32:
Naquele tempo:
29 Quando as multidões se reuniram em grande quantidade,
Jesus começou a dizer:
‘Esta geração é uma geração má.
Ela busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado,
a não ser o sinal de Jonas.
30 Com efeito, assim como Jonas
foi um sinal para os ninivitas,
assim também será o Filho do Homem para esta geração.
31 No dia do julgamento,
a rainha do Sul se levantará
juntamente com os homens desta geração,
e os condenará.
Porque ela veio de uma terra distante
para ouvir a sabedoria de Salomão.
E aqui está quem é maior do que Salomão.
32 No dia do julgamento, os ninivitas
se levantarão juntamente com esta geração e a condenarão.
Porque eles se converteram
quando ouviram a pregação de Jonas.
E aqui está quem é maior do que Jonas.’
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
São Pedro Crisólogo (c. 406-450)
bispo de Ravena, doutor da Igreja
Sermão 37; PL 52, 304-306
O sinal de Jonas
Toda a história de Jonas no-lo revela como uma prefiguração perfeita do Salvador. […] Jonas desceu a Jope para apanhar um barco com destino a Tarsis […]; o Senhor desceu do Céu à Terra, a divindade à humanidade, a Potestade soberana à nossa miséria […], para embarcar no navio da sua Igreja […]. É Jonas que toma a iniciativa de se deitar ao mar — «pegai em mim e lançai-me ao mar» –, anunciando assim a Paixão voluntária do Senhor. Quando a salvação de uma multidão depende da morte de um só, essa morte está nas mãos do homem que tem o poder de a atrasar, ou, pelo contrário, de a apressar, antecipando-se ao perigo.
Todo o mistério do Senhor está aqui prefigurado. Para Ele, a morte não é uma necessidade; releva da sua livre iniciativa: «Ninguém Ma tira [a vida], mas sou Eu que a dou. Tenho poder de a dar e poder de a retomar» (Jo 10,18) […] Reparai no enorme peixe, imagem horrível e cruel do inferno. Ao devorar o profeta, ele sente a força do Criador […] e oferece a este viajante vindo do alto a permanência nas suas entranhas. […]
Três dias depois, […] dá-o à luz, para o dar aos pagãos. […] Foi este o sinal, o único sinal, que Cristo consentiu em dar aos escribas e aos fariseus (cf Mt 12,39), para lhes fazer compreender que a glória que eles esperavam que lhes viesse de Cristo também se voltaria para os pagãos, pois os ninivitas são um símbolo das nações que creram nele. […] Que felicidade para nós, meus irmãos! Nós veneramos, vemos e possuímos, face a face e em toda a sua verdade, Aquele que tinha sido anunciado e prometido simbolicamente.
Com o Papa e toda a Igreja, neste mês de março, rezemos:
Pela resposta cristã aos desafios da bioética:
Rezemos para que nós, cristãos, diante dos novos desafios da bioética, promovamos sempre a defesa da vida com a oração e a ação social.