4ª-feira da 32ª Semana do Tempo Comum – 15 de Novembro de 2017 – Cor: Verde
Ano do Laicato, instituído pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, tendo se iniciado no Domingo de Cristo Rei, 26 de novembro de 2017, e estendendo-se até o Domingo de Cristo Rei de 2018. Objetivo: “Como Igreja, Povo de Deus, celebrar a presença e a organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil; aprofundar a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão; e testemunhar Jesus Cristo e seu Reino na sociedade”.
1ª Leitura – Sb 6,1-11
Escutai, ó reis, para que aprendais a Sabedoria.
Leitura do Livro da Sabedoria 6,1-11:
1 Escutai, ó reis, e compreendei.
Instrui-vos, governadores dos confins da terra!
2 Prestai atenção, vós que dominais as multidões
e vos orgulhais do número de vossos súditos.
3 Pois o poder vos foi dado pelo Senhor
e a soberania, pelo Altíssimo.
É ele quem examinará as vossas obras
e sondará as vossas intenções;
4 apesar de estardes ao serviço do seu reino,
não julgastes com retidão, nem observastes a Lei,
nem procedestes conforme a vontade de Deus.
5 Por isso, ele cairá de repente sobre vós, de modo terrível,
porque um julgamento implacável será feito sobre os poderosos.
6 O pequeno pode ser perdoado por misericórdia,
mas os poderosos serão examinados com poder.
7 O Senhor de todos não recuará diante de ninguém
nem se deixará impressionar pela grandeza,
porque o pequeno e o grande, foi ele quem os fez,
e a sua providência é a mesma para com todos;
8 mas para os poderosos, o julgamento será severo.
9A vós, pois, governantes, dirigem-se as minhas palavras,
para que aprendais a Sabedoria e não venhais a tropeçar.
10 Os que observam fielmente as coisas santas
serão justificados;
e os que as aprenderem
vão encontrar sua defesa.
11 Portanto, desejai ardentemente minhas palavras,
amai-as e sereis instruídos.
Palavra do Senhor.
Salmo – Sl 81 (82), 3-4. 6-7 (8a)
R. Levantai-vos, ó Senhor, julgai a terra!
3 Fazei justiça aos indefesos e aos órfãos, *
ao pobre e ao humilde absolvei!
4 Libertai o oprimido, o infeliz, *
da mão dos opressores arrancai-os!’ R.
6 Eu disse: ‘Ó juízes, vós sois deuses, *
sois filhos todos vós do Deus Altíssimo!
7 E, contudo, como homens morrereis, *
caireis como qualquer dos poderosos!’ R.
Evangelho – Lc 17,11-19
Não houve quem voltasse para dar glória
a Deus, a não ser este estrangeiro.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 17,11-19;
11 Aconteceu que, caminhando para Jerusalém,
Jesus passava entre a Samaria e a Galiléia.
12 Quando estava para entrar num povoado,
dez leprosos vieram ao seu encontro.
Pararam à distância,
13 e gritaram: ‘Jesus, Mestre, tem compaixão de nós!’
14 Ao vê-los, Jesus disse:
‘Ide apresentar-vos aos sacerdotes.’
Enquanto caminhavam, aconteceu que ficaram curados.
15 Um deles, ao perceber que estava curado,
voltou glorificando a Deus em alta voz;
16 atirou-se aos pés de Jesus, com o rosto por terra,
e lhe agradeceu.
E este era um samaritano.
17 Então Jesus lhe perguntou:
‘Não foram dez os curados?
E os outro nove, onde estão?
18 Não houve quem voltasse para dar glória a Deus,
a não ser este estrangeiro?’
19 E disse-lhe: ‘Levanta-te e vai! Tua fé te salvou.’
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
Orígenes (c. 185-253)
presbítero, teólogo
Tratado sobre a oração
«O reino de Deus está no meio de vós»
Tal como disse o nosso Senhor e Salvador: «O reino de Deus não vem de maneira visível, nem se dirá: “Está aqui ou ali”; porque o reino de Deus está no meio de vós». Com efeito, «está bem perto de nós, essa Palavra, está na nossa boca e no nosso coração» (Dt 30,14).
Sendo assim, é evidente que aquele que reza para que venha o reino de Deus tem razão em pedir que esse reino de Deus germine, dê fruto e se realize dentro de si próprio. Em todos os santos em quem Deus reina e que obedecem às suas leis espirituais, ele habita como numa cidade bem organizada. O Pai está presente nele e Cristo reina com o Pai nessa alma perfeita, tal como Ele próprio disse: «Viremos a ele e faremos nele a nossa morada» (Jo 14,23).
Uma vez que estamos sempre progredindo, o reino de Deus que está em nós atingirá a sua perfeição quando a palavra do apóstolo Paulo se cumprir: Cristo, «depois de ter submetido» todos os seus inimigos, «deporá o seu poder real nas mãos de Deus Pai, para que Deus seja tudo em todos» (1Cor 15,28). É por isso que, rezando sem desanimar, com disposições divinizadas pelo Verbo, nós dizemos: «Pai nosso que estais nos Céus, santificado seja o vosso nome, venha a nós o vosso reino» (Mt 6,9).
Neste mês de novembro, com o Papa e toda a Igreja, rezemos nas seguinte intenção:
Universal: Ao serviço da paz
Para que a linguagem do coração e do diálogo prevaleça sempre sobre a linguagem das armas.