Leituras Bíblicas
“Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna” (Jo 6,68)!
Dia 11 de novembro de 2010
Quinta-feira da 32ª semana do Tempo Comum
A Igreja celebra hoje: São Martinho de Tours (Séculos IV e V) – Conheça sua vida clicando: http://www.paulinas.org.br/diafeliz/santo.aspx?Dia=11&Mes=11
Carta a Filêmon 1,7-20:
De fato, foi grande a alegria e a consolação que tive com o teu amor, porque os corações dos santos foram reconfortados por meio de ti, irmão.
Por isso, embora tenha toda a autoridade em Cristo para te impor o que mais convém,
levado pelo amor, prefiro pedir como aquele que sou: Paulo, um ancião e, agora, até prisioneiro por causa de Cristo Jesus.
Peço-te pelo meu filho, que gerei na prisão: Onésimo,
que outrora te era inútil, mas agora é, para ti e para mim, bem útil.
É ele que eu te envio: ele, isto é, o meu próprio coração.
Eu bem desejava mantê-lo junto de mim, para, em vez de ti, se colocar ao meu serviço nas prisões que sofro por causa do evangelho.
Porém, nada quero fazer sem o teu consentimento, para que o bem que fazes não seja por obrigação, mas de livre vontade.
É que, afinal, talvez tenha sido por isto que ele foi afastado por breve tempo: para que o recebas para sempre,
não já como escravo, mas muito mais do que um escravo: como irmão querido; isto especialmente para mim, quanto mais para ti, que com ele estás relacionado tanto humanamente como no Senhor.
Se, pois, me consideras em comunhão contigo, recebe-o como a mim próprio.
E se ele te causou algum prejuízo ou alguma coisa te deve, põe isso na minha conta.
Sou eu, Paulo, que o escrevo pela minha própria mão: serei eu a pagar. Isto, para não te dizer que me deves a tua própria pessoa.
Sim, irmão, possa eu sentir-me satisfeito contigo no Senhor: reconforta o meu coração em Cristo.
Livro de Salmos 146(145),7-10:
Ele é eternamente fiel à sua palavra; salva os oprimidos, dá pão aos que têm fome; o Senhor liberta os prisioneiros.
O Senhor dá vista aos cegos, o Senhor levanta os abatidos; o Senhor ama o homem justo.
O Senhor protege os que vivem em terra estranha e ampara o órfão e a viúva, mas entrava o caminho aos pecadores.
O Sennor reinará eternamente! O teu Deus, ó Sião, reinará por todas as gerações!
Evangelho segundo S. Lucas 17,20-25:
Interrogado pelos fariseus sobre quando chegaria o Reino de Deus, Jesus respondeu-lhes: «O Reino de Deus não vem de maneira ostensiva.
Ninguém poderá afirmar: ‘Ei-lo aqui’ ou ‘Ei-lo ali’, pois o Reino de Deus está entre vós.»
Depois, disse aos discípulos: «Tempo virá em que desejareis ver um dos dias do Filho do Homem e não o vereis.
Vão dizer-vos: ‘Ei-lo ali’, ou então: ‘Ei-lo aqui.’ Não queirais ir lá nem os sigais.
Porque, como o relâmpago, ao faiscar, brilha de um extremo ao outro do céu, assim será o Filho do Homem no seu dia.
Mas, primeiramente, Ele tem de sofrer muito e ser rejeitado por esta geração.
Comentário ao Evangelho do dia feito por
Bem-aventurado John Henry Newman (1801-1890), presbítero, fundador de comunidade religiosa, teólogo
Sermão «The Invisible Word», PPS vol. 4, nº13
«O Reino de Deus está no meio de vós»
É difícil à fé admitir as palavras da Escritura respeitantes às nossas relações com um mundo que nos é superior? […] Esse mundo espiritual está presente, ainda que invisível; ele está no presente e não no futuro, não distante. Não está acima do céu, não está além do túmulo; está aqui e agora: «O Reino de Deus está entre nós». É disto que fala São Paulo: «Não olhamos para as coisas visíveis, mas para as invisíveis, porque as visíveis são passageiras, ao passo que as invisíveis são eternas» (2Cor 4,18). […]
Assim é o Reino escondido de Deus; e, tal como ele está agora escondido, assim será revelado no momento desejado. Os homens julgam ser os senhores do mundo e poder fazer dele o que querem. Julgam ser seus proprietários e deter poder sobre o seu curso. […] Mas este mundo é habitado pelos humildes de Cristo, que eles desprezam, e pelos Seus anjos, nos quais não acreditam. No fim serão estes que tomarão posse dele, quando forem manifestados. Agora «todas as coisas», em aparência, «continuam como eram depois do começo da criação» e os ridicularizadores perguntam: «Onde está a promessa da Sua vinda?» (2Pd 3,4). Mas, no tempo marcado, haverá uma «manifestação dos filhos de Deus» e os santos escondidos «resplandecerão como o sol no Reino de seu Pai» (Rm 8,19; Mt 13,43).
Quando os anjos apareceram aos pastores, foi uma aparição súbita: «De repente, juntou-se ao anjo uma multidão do exército celeste» (Lc 2,13). Anteriormente, a noite era como qualquer outra noite – os pastores guardavam os seus rebanhos; observavam o curso da noite; as estrelas seguiam o seu curso; era meia-noite; não pensavam de todo em algo parecido quando o anjo apareceu. Tais são o poder e a força escondidas nas coisas visíveis. Elas manifestam-se quando Deus quer.