«Quem tem duas túnicas reparta com quem não tem nenhuma, e quem tem mantimentos faça o mesmo» (Lc 3,11) – – Palavra de vida sugerida pelo Movimento dos Focolares para este mês de dezembro
Dia 27 de dezembro de 2014 – S. JOÃO, apóstolo e evangelista – Festa
Na Diocese de Blumenau, 15º aniversário de criação da Diocese– Ano da Missão Diocesana
Evangelho segundo S. João 20,2-8:
No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ter com Simão Pedro e com o outro discípulo, o que Jesus amava, e disse-lhes: «O Senhor foi levado do túmulo e não sabemos onde o puseram.»
Pedro saiu com o outro discípulo e foram ao túmulo.
Corriam os dois juntos, mas o outro discípulo correu mais do que Pedro e chegou primeiro ao túmulo.
Inclinou-se para observar e viu que os panos de linho estavam espalmados no chão, mas não entrou.
Entretanto, chegou também Simão Pedro, que o seguira. Entrou no túmulo e ficou admirado ao ver os panos de linho espalmados no chão,
ao passo que o lenço que tivera em volta da cabeça não estava espalmado no chão juntamente com os panos de linho, mas de outro modo, enrolado noutra posição.
Então, entrou também o outro discípulo, o que tinha chegado primeiro ao túmulo. Viu e acreditou,
Comentário do dia
João Escoto Erígena (?-c. 870), beneditino inglês
Homilia sobre o prólogo do evangelho de João, § 2
«O que existia desde o princípio, o que contemplamos, isso vos anunciamos» (1Jo 1,1-3)
Pedro e João correm para o túmulo. O túmulo de Cristo é a Sagrada Escritura, na qual os mistérios mais obscuros da divindade e da humanidade de Jesus estão defendidos, por assim dizer, por uma muralha de rocha. Mas João corre mais depressa que Pedro, pois o poder da contemplação totalmente purificada penetra os segredos das obras divinas com um olhar mais agudo e mais vivo que o poder da ação ainda não totalmente pura.
Contudo, é Pedro quem entra primeiro no sepulcro; João segue-o. Os dois correm e entram os dois. Aqui, Pedro é a imagem da fé e João representa a inteligência. […] Portanto, a fé deve entrar em primeiro lugar no sepulcro, que é imagem da Sagrada Escritura, e a inteligência deve segui-la. […]
Pedro, que representa também a prática das virtudes, vê, pelo poder da fé e da ação, o Filho de Deus encerrado dum modo inexprimível e maravilhoso nos limites da carne. João, que representa a mais alta contemplação da verdade, admira o Verbo de Deus, perfeito em Si próprio e infinito na sua origem, isto é, em seu Pai. Pedro, conduzido pela revelação divina, olha ao mesmo tempo para as coisas eternas e para as coisas deste mundo, unidas em Cristo. João contempla e anuncia a eternidade do Verbo para O dar a conhecer às almas crentes.
Digo, portanto, que João é uma águia espiritual de voo rápido, que vê Deus; chamo-lhe teólogo. Ele domina toda a criação visível e invisível, vai para além das faculdades do intelecto, e entra divinizado em Deus, que com ele partilha a sua própria vida divina.
Com o Papa e toda a Igreja, neste mês de dezembro, rezemos nas seguintes intenções:
Universal – Natal, esperança para a humanidade
Para que o nascimento do Redentor traga paz e esperança a todos os homens de boa vontade.
Pela Evangelização – Pais evangelizadores
Para que os pais sejam autênticos evangelizadores, transmitindo aos filhos o dom precioso da fé.